Efeitos agudos da maratona na função pulmonar, mecânica e inflamação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gibson-Alves, Thiago Gonçalves [UNIFESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67193
Resumo: A maratona tem forte influência nos sistemas respiratório e imunológico. No entanto, nenhum estudo verificou o efeito da maratona na mecânica pulmonar. O presente estudo avaliou a influência da corrida de maratona na função pulmonar, mecânica e inflamação. 29 maratonistas amadores do sexo masculino (42,1 ± 6,2 anos) foram avaliados antes e imediatamente após uma maratona. A função pulmonar e a mecânica foram avaliadas por espirometria e oscilometria de impulso, respectivamente. A inflamação pulmonar foi avaliada por medidas dos níveis de óxido nítrico exalado fracionado (FeNO). E a fadiga muscular respiratória foi avaliada através da manovacuometria. A maratona induziu uma redução significativa na função pulmonar, conforme denotado pela redução: FVC (4,81 ± 0,72 vs 4,67 ± 0,62 p = 0,0095), VC IN (4,81 ± 0,72 vs 4,67 ± 0,62 p = 0,009), FEV1 (3,83 ± 0,62) vs 3,72 ± 0,59 p = 0,0232) e VEF6 (4,87 ± 0,68 vs 4,57 ± 0,63 p = 0,0006). Além disso, um comprometimento da mecânica pulmonar, denotado pela redução da impedância pulmonar (Z5Hz; 2.96±1.36 vs 2.67±1.11; p = 0,0305), resistência de todo o sistema respiratório (R5Hz; 2.76±1.27 vs 2.5±1.08; p = 0,0388), reatância pulmonar (X5Hz; -1.05±0.55 vs -0.91±0.36; p = 0,0101) e da resistência de vias aéreas centrais (R; 1.26±0.73 vs 1.06±0.86; p = 0,0377) após a maratona. Uma diminuição nos níveis de FeNO foi observada imediatamente após a maratona (p = 0,0359). Além disso, as pressões inspiratórias máxima (PImáx; 94.14±41.88 vs 72.52±25.50; p <0,0023) e expiratória (PEmáx; 99.31±31.84 vs 91.29±19.94; p <0,0454) foram comprometidas após a maratona. Em conclusão, a maratona causa um distúrbio agudo na função e mecânica pulmonar, enquanto diminui os níveis pulmonares de óxido nítrico.
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spelling Efeitos agudos da maratona na função pulmonar, mecânica e inflamaçãoAcute effects of marathon running on pulmonary, mechanical and physiological functionMaratonaFunção pulmonarMecânica pulmonarOscilometria de impulsoÓxido nítricoMarathonLung functionLung mechanicsImpulse oscillometryInflammationNitric oxideA maratona tem forte influência nos sistemas respiratório e imunológico. No entanto, nenhum estudo verificou o efeito da maratona na mecânica pulmonar. O presente estudo avaliou a influência da corrida de maratona na função pulmonar, mecânica e inflamação. 29 maratonistas amadores do sexo masculino (42,1 ± 6,2 anos) foram avaliados antes e imediatamente após uma maratona. A função pulmonar e a mecânica foram avaliadas por espirometria e oscilometria de impulso, respectivamente. A inflamação pulmonar foi avaliada por medidas dos níveis de óxido nítrico exalado fracionado (FeNO). E a fadiga muscular respiratória foi avaliada através da manovacuometria. A maratona induziu uma redução significativa na função pulmonar, conforme denotado pela redução: FVC (4,81 ± 0,72 vs 4,67 ± 0,62 p = 0,0095), VC IN (4,81 ± 0,72 vs 4,67 ± 0,62 p = 0,009), FEV1 (3,83 ± 0,62) vs 3,72 ± 0,59 p = 0,0232) e VEF6 (4,87 ± 0,68 vs 4,57 ± 0,63 p = 0,0006). Além disso, um comprometimento da mecânica pulmonar, denotado pela redução da impedância pulmonar (Z5Hz; 2.96±1.36 vs 2.67±1.11; p = 0,0305), resistência de todo o sistema respiratório (R5Hz; 2.76±1.27 vs 2.5±1.08; p = 0,0388), reatância pulmonar (X5Hz; -1.05±0.55 vs -0.91±0.36; p = 0,0101) e da resistência de vias aéreas centrais (R; 1.26±0.73 vs 1.06±0.86; p = 0,0377) após a maratona. Uma diminuição nos níveis de FeNO foi observada imediatamente após a maratona (p = 0,0359). Além disso, as pressões inspiratórias máxima (PImáx; 94.14±41.88 vs 72.52±25.50; p <0,0023) e expiratória (PEmáx; 99.31±31.84 vs 91.29±19.94; p <0,0454) foram comprometidas após a maratona. Em conclusão, a maratona causa um distúrbio agudo na função e mecânica pulmonar, enquanto diminui os níveis pulmonares de óxido nítrico.Marathon race has a strong influence on the respiratory and immune systems. However, no study has verified the effect of the marathon on lung mechanics. This study assessed the influence of marathon race on lung function, mechanics, and inflammation. 29 male amateur marathon runners (42.1 ± 6.2 years) were evaluated before and immediately after a marathon run. Pulmonary function and mechanics were assessed using spirometry and impulse oscillometry, respectively. Lung inflammation was assessed by measurements of the levels of fractional exhaled nitric oxide (FeNO). The fatigue of the respiratory muscles was assessed through manovacuometry. The marathon induced a significant reduction in the lung function, as denotated by reduced: FVC (4.81±0.72 vs 4.67±0.62 p=0.0095), VC IN (4.81±0.72 vs 4.67±0.62 p=0.009), FEV1 (3.83±0.62 vs 3.72±0.59 p =0.0232) and FEV6 (4.87±0.68 vs 4.57±0.63 p=0.0006). In addition, an impairment in the lung mechanics as denoted by reduced pulmonary impedance (Z5Hz; 2.96±1.36 vs 2.67±1.11; p = 0.0305), resistance of the whole respiratory system (R5Hz; 2.76±1.27 vs 2.5±1.08; p = 0.0388), pulmonary reactance (X5Hz; -1.05±0.55 vs -0.91±0.36; p = 0.0101) and of resistance of central airways (R; 1.26±0.73 vs 1.06±0.86; p = 0.0377) after the marathon. A decrease in FeNO levels was observed immediately after the marathon (p = 0.0359). In addition, maximal inspiratory (MIP; 94.14±41.88 vs 72.52±25.50; p<0.0023) and expiratory (MEP; 99.31±31.84 vs 91.29±19.94; p<0.0454) pressures were compromised after marathon. In conclusion, marathon running causes an acute disturbance in the lung function and mechanics, while decreases pulmonary levels of nitric oxide.Universidade Federal de São PauloVieira, Rodolfo de Paula [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/9213556008468472Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Gibson-Alves, Thiago Gonçalves [UNIFESP]2023-03-06T18:01:32Z2023-03-06T18:01:32Z2022-12-20info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion24 f.application/pdfGIBSON-ALVES, Thiago Gonçalves. Efeitos agudos da maratona na função pulmonar, mecânica e inflamação. 2022. 24 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano e Reabilitação) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2022.Processo SEI 23089.038658/2022-81https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67193porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-12T14:03:33Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/67193Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-12T14:03:33Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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description A maratona tem forte influência nos sistemas respiratório e imunológico. No entanto, nenhum estudo verificou o efeito da maratona na mecânica pulmonar. O presente estudo avaliou a influência da corrida de maratona na função pulmonar, mecânica e inflamação. 29 maratonistas amadores do sexo masculino (42,1 ± 6,2 anos) foram avaliados antes e imediatamente após uma maratona. A função pulmonar e a mecânica foram avaliadas por espirometria e oscilometria de impulso, respectivamente. A inflamação pulmonar foi avaliada por medidas dos níveis de óxido nítrico exalado fracionado (FeNO). E a fadiga muscular respiratória foi avaliada através da manovacuometria. A maratona induziu uma redução significativa na função pulmonar, conforme denotado pela redução: FVC (4,81 ± 0,72 vs 4,67 ± 0,62 p = 0,0095), VC IN (4,81 ± 0,72 vs 4,67 ± 0,62 p = 0,009), FEV1 (3,83 ± 0,62) vs 3,72 ± 0,59 p = 0,0232) e VEF6 (4,87 ± 0,68 vs 4,57 ± 0,63 p = 0,0006). Além disso, um comprometimento da mecânica pulmonar, denotado pela redução da impedância pulmonar (Z5Hz; 2.96±1.36 vs 2.67±1.11; p = 0,0305), resistência de todo o sistema respiratório (R5Hz; 2.76±1.27 vs 2.5±1.08; p = 0,0388), reatância pulmonar (X5Hz; -1.05±0.55 vs -0.91±0.36; p = 0,0101) e da resistência de vias aéreas centrais (R; 1.26±0.73 vs 1.06±0.86; p = 0,0377) após a maratona. Uma diminuição nos níveis de FeNO foi observada imediatamente após a maratona (p = 0,0359). Além disso, as pressões inspiratórias máxima (PImáx; 94.14±41.88 vs 72.52±25.50; p <0,0023) e expiratória (PEmáx; 99.31±31.84 vs 91.29±19.94; p <0,0454) foram comprometidas após a maratona. Em conclusão, a maratona causa um distúrbio agudo na função e mecânica pulmonar, enquanto diminui os níveis pulmonares de óxido nítrico.
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