Análise eletromiográfica de tronco e membros inferiores de indivíduos com síndrome de Down, encefalopatia crônica não progressiva da infância, deficiência intelectual durante a hipoterapia em comparação com a marcha independente e suas contribuições para o equilíbrio funcional

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Autor(a) principal: LAGE, Janaine Brandão
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM
Texto Completo: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1314
Resumo: O presente estudo teve como objetivos analisar e comparar a atividade elétrica muscular de tronco e membros inferiores de crianças com encefalopatia crônica não progressiva da infância (ECNPI), síndrome de Down (SD) e deficiência intelectual (DI) durante a hipoterapia e a marcha independente antes e após 15 atendimentos e suas contribuições para o equilíbrio funcional. Participaram do estudo 24 crianças, ambos os sexos, com idade entre oito e 15 anos, alocadas igualmente com oito participantes em cada grupo ECNPI (10,75 ± 2,49 anos), SD (11,88 ± 2,85 anos) e DI (11 ± 1,69 anos). Foram realizadas 15 intervenções, semanais, durante 30 minutos, no programa da hipoterapia com os materiais de montaria específicos para cada grupo, sendo manta sem apoio dos pés nos estribos para os grupos SD e DI e sela com os pés apoiados nos estribos para o grupo ECNPI, definidos a partir de um estudo preliminar. As avaliações da atividade elétrica muscular de tronco e membros inferiores foram obtidas por meio da eletromiografia (EMG) de superfície e do equilíbrio funcional utilizando a Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP), antes do 1º e após o 15° atendimento (pré e pós-atendimentos) durante cada uma das condições, marcha e hipoterapia. Para as análises estatísticas foram utilizados os softwares Sigma Stat 3.5® (artigo 1) e Statistica 10.0® (artigo 2 e demais resultados). Para normalidade dos dados, adotou-se o teste Shapiro-Wilk e o teste Bartlett para homogeneidade das variâncias. Para comparação (intra grupos) entre hipoterapia e marcha (pré e pósatendimentos) o teste t-pareado para os dados com normalidade e homogeneidade ou Wilcoxon para os dados não normais e não homogêneos. Para as análises de múltiplas variáveis o teste de Kruskal-Wallis seguido do pós-teste de Dunn (casos com distribuição não normal). Para o equilíbrio funcional (pré e pós-atendimentos), o teste t-pareado (intra grupos) e ANOVA com testes de múltiplas comparações de Bonferroni (inter grupos). Para todos os resultados, foi determinado como diferenças estatisticamente significativas o p<0,05. Os resultados do artigo 1 demonstraram maior atividade da musculatura de tronco e membros inferiores com o material manta sem os pés apoiados nos estribos para o grupo SD (H=15,078, p=0,002), assim como ocorreu no grupo DI (H=8,302, p=0,040), enquanto para o grupo ECNPI foi a sela com pés apoiados nos estribos (H=11,137, p=0,011). No artigo 2, as crianças com DI apresentaram maior atividade muscular de tronco e membros inferiores durante a marcha em comparação com a hipoterapia, com predomínio da musculatura de 8 membros inferiores, independente do momento analisado (p<0,05). Durante a hipoterapia, ao analisar os momentos pré e pós-atendimentos, houve aumento da atividade muscular após o 15° atendimento com significância para o músculo reto femural esquerdo (p=0,012), enquanto que durante a marcha houve redução da ativação muscular após o 15° atendimento com significância para os músculos reto femural direito (p=0,017), tibial anterior esquerdo (p=0,028) e multífido direito (p=0,024). Para os demais resultados referentes à EMG dos grupos ECNPI e SD, houve maior atividade muscular de tronco e membros inferiores durante a marcha em comparação com a hipoterapia, independente do momento analisado (p<0,05) com exceção dos abdominais para o grupo SD. Ao analisar os momentos pré e pósatendimentos, durante a hipoterapia, houve redução da atividade muscular, principalmente da musculatura de membros inferiores, após o 15° atendimento para os grupos SD e ECNPI com significância apenas no músculo tibial anterior direito das crianças com ECNPI (p=0,042). No entanto, ao analisar os momentos pré e pósatendimentos durante a marcha, verificou-se comportamento diferente entre os músculos com aumento da ativação muscular após o 15° atendimento para maioria dos músculos nos grupos SD e ECNPI e significância para multífidos direito (p=0,012) e esquerdo (p=0,018) nas crianças com SD. Os resultados do equilíbrio funcional demonstram aumento na pontuação da EEP no momento pós-atendimento para os três grupos, com significância para as crianças com DI (p=0,003) e SD (p=0,033) e menores pontuações para o grupo ECNPI em comparação com os grupos SD e DI independente dos momentos pré (p=0,003) ou pós (p=0,002) atendimentos. A partir dos resultados, podemos concluir que a escolha do material de montaria na hipoterapia influencia diretamente no padrão de ativação muscular de tronco e dos membros inferiores de acordo com os processos patológicos de cada grupo de crianças, sendo um aspecto importante a ser considerado no planejamento terapêutico. A hipoterapia contribui para melhora do equilíbrio funcional de crianças com ECNPI, SD e DI após 15 atendimentos com comportamentos musculares distintos e específicos durante as condições, marcha independente e hipoterapia.
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Participaram do estudo 24 crianças, ambos os sexos, com idade entre oito e 15 anos, alocadas igualmente com oito participantes em cada grupo ECNPI (10,75 ± 2,49 anos), SD (11,88 ± 2,85 anos) e DI (11 ± 1,69 anos). Foram realizadas 15 intervenções, semanais, durante 30 minutos, no programa da hipoterapia com os materiais de montaria específicos para cada grupo, sendo manta sem apoio dos pés nos estribos para os grupos SD e DI e sela com os pés apoiados nos estribos para o grupo ECNPI, definidos a partir de um estudo preliminar. As avaliações da atividade elétrica muscular de tronco e membros inferiores foram obtidas por meio da eletromiografia (EMG) de superfície e do equilíbrio funcional utilizando a Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP), antes do 1º e após o 15° atendimento (pré e pós-atendimentos) durante cada uma das condições, marcha e hipoterapia. Para as análises estatísticas foram utilizados os softwares Sigma Stat 3.5® (artigo 1) e Statistica 10.0® (artigo 2 e demais resultados). Para normalidade dos dados, adotou-se o teste Shapiro-Wilk e o teste Bartlett para homogeneidade das variâncias. Para comparação (intra grupos) entre hipoterapia e marcha (pré e pósatendimentos) o teste t-pareado para os dados com normalidade e homogeneidade ou Wilcoxon para os dados não normais e não homogêneos. Para as análises de múltiplas variáveis o teste de Kruskal-Wallis seguido do pós-teste de Dunn (casos com distribuição não normal). Para o equilíbrio funcional (pré e pós-atendimentos), o teste t-pareado (intra grupos) e ANOVA com testes de múltiplas comparações de Bonferroni (inter grupos). Para todos os resultados, foi determinado como diferenças estatisticamente significativas o p<0,05. Os resultados do artigo 1 demonstraram maior atividade da musculatura de tronco e membros inferiores com o material manta sem os pés apoiados nos estribos para o grupo SD (H=15,078, p=0,002), assim como ocorreu no grupo DI (H=8,302, p=0,040), enquanto para o grupo ECNPI foi a sela com pés apoiados nos estribos (H=11,137, p=0,011). No artigo 2, as crianças com DI apresentaram maior atividade muscular de tronco e membros inferiores durante a marcha em comparação com a hipoterapia, com predomínio da musculatura de 8 membros inferiores, independente do momento analisado (p<0,05). Durante a hipoterapia, ao analisar os momentos pré e pós-atendimentos, houve aumento da atividade muscular após o 15° atendimento com significância para o músculo reto femural esquerdo (p=0,012), enquanto que durante a marcha houve redução da ativação muscular após o 15° atendimento com significância para os músculos reto femural direito (p=0,017), tibial anterior esquerdo (p=0,028) e multífido direito (p=0,024). Para os demais resultados referentes à EMG dos grupos ECNPI e SD, houve maior atividade muscular de tronco e membros inferiores durante a marcha em comparação com a hipoterapia, independente do momento analisado (p<0,05) com exceção dos abdominais para o grupo SD. Ao analisar os momentos pré e pósatendimentos, durante a hipoterapia, houve redução da atividade muscular, principalmente da musculatura de membros inferiores, após o 15° atendimento para os grupos SD e ECNPI com significância apenas no músculo tibial anterior direito das crianças com ECNPI (p=0,042). No entanto, ao analisar os momentos pré e pósatendimentos durante a marcha, verificou-se comportamento diferente entre os músculos com aumento da ativação muscular após o 15° atendimento para maioria dos músculos nos grupos SD e ECNPI e significância para multífidos direito (p=0,012) e esquerdo (p=0,018) nas crianças com SD. Os resultados do equilíbrio funcional demonstram aumento na pontuação da EEP no momento pós-atendimento para os três grupos, com significância para as crianças com DI (p=0,003) e SD (p=0,033) e menores pontuações para o grupo ECNPI em comparação com os grupos SD e DI independente dos momentos pré (p=0,003) ou pós (p=0,002) atendimentos. A partir dos resultados, podemos concluir que a escolha do material de montaria na hipoterapia influencia diretamente no padrão de ativação muscular de tronco e dos membros inferiores de acordo com os processos patológicos de cada grupo de crianças, sendo um aspecto importante a ser considerado no planejamento terapêutico. A hipoterapia contribui para melhora do equilíbrio funcional de crianças com ECNPI, SD e DI após 15 atendimentos com comportamentos musculares distintos e específicos durante as condições, marcha independente e hipoterapia.The present study aimed to analyze and compare the muscular electrical activity of the trunk and lower limbs of children with cerebral palsy (CP), Down syndrome (DS) and intellectual disability (ID) during hippotherapy and the independent gait before and after fifteen sessions and their contributions to functional balance. Twenty-four children, both genders, with aged between eight and fifteen years, participated in the study, allocated equally with eight participants in each CP group (10,75 ± 2,49 years), DS (11,88 ± 2,85 years) and ID (11 ± 1,69 years). There were 15 interventions, weekly for 30 minutes, in the hippotherapy program with horse riding equipment specific to each group, blanket without feet supported on stirrups for DS and ID groups and saddle with feet resting on the stirrups for CP group, defined based on a preliminary study. The evaluations of the muscular electrical activity of the trunk and lower limbs were obtained by means of surface electromyography (SEMG) and functional balance using the Pediatric Balance Scale (PBS), before the first and after the fifteenth session (pre and post sessions) during each of the conditions, gait and hippotherapy. For statistical analysis, the software Sigma Stat 3.5® (article 1) and Statistica 10.0® (article 2 and other results). For normality of data was adopted the Shapiro-Wilk test and the Bartlett test for homogeneity of variances. For comparison (intra groups) between hippotherapy and gait (pre and post sessions), the paired t-test for normal and homogeneous data or Wilcoxon for non-normal and non-homogeneous data. For the analysis of multiple variables, the Kruskal-Wallis test followed by the Dunn post-test (cases with non-normal distribution). For functional balance (pre and post sessions), the t-paired test (intra groups) and ANOVA with tests of multiple comparisons of Bonferroni (inter groups). For all results, p<0,05 was determined as statistically significant differences. The results of article 1 demonstrated greater activity of the trunk and lower limb muscles with the blanket equipment without the feet supported in the stirrups for the DS group (H=15,078, p=0,002), as well as in the ID group (H=8,302, p=0,040), while for the CP group it was the saddle with feet supported on the stirrups (H=11,137, p=0,011). In article 2, children with ID showed greater muscular activity of the trunk and lower limbs during gait compared to hippotherapy, with a predominance of the musculature of the lower limbs, regardless of the moment analyzed (p<0,05). During hippotherapy, when analyzing the pre and post sessions, there was an increase in muscle activity after the fifteenth session with significance for the left femoral rectus 10 muscle (p=0,012), while during gait there was a reduction in muscle activation after the fifteenth significant for the right rectus femoris (p=0,017), left anterior tibialis (p=0,028) and right multifidus (p=0,024). For the other results regarding the SEMG of the CP and DS groups, there was greater muscular activity of the trunk and lower limbs during gait compared to the hippotherapy, regardless of the analyzed moment (p<0,05) with the exception of the abdominals for the DS group. When analyzing the pre and post sessions moments during hippotherapy, there was a reduction in muscle activity, mainly in the lower limb muscles, after the fifteenth session for the DS and CP groups, with significance only in the right anterior tibial muscle of children with CP (p=0,042). However, when analyzing the pre and post sessions moments during gait, there was a different behavior between the muscles with increased muscle activation after the fifteenth session for most of the muscles in the DS and CP groups, with significance for the right multifidus (p=0,012) and left (p=0,018) in children with DS. The functional balance results demonstrate an increase in the PBS score after hippotherapy for the three groups and significance for children with ID (p=0,003) and DS (p=0,033) and lower scores for the CP group compared to the DS and ID groups regardless of the pre moments (p=0,003) or post (p=0,002) sessions. From the results, we can conclude that the choice of horse riding equipment used in hippotherapy directly influences with the pattern of muscular activation of the trunk and lower limbs according to the pathological processes of each group of children, being an important aspect to be considered in therapeutic planning. The hippotherapy contributes to the improvement in the functional balance of children with CP, DS and ID after 15 interventions with distinct and specific muscular behaviors during the conditions, independent gait and hippotherapy.Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESFundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba - FUNEPUFundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIGUniversidade Federal do Triângulo MineiroInstituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeBrasilUFTMPrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeESPÍNDULA, Ana Paula04546449658http://lattes.cnpq.br/6964518972629491TEIXEIRA, Vicente de Paula Antunes19278063649http://lattes.cnpq.br/6788700810093027LAGE, Janaine Brandão2022-07-18T17:52:57Z2021-02-122022-07-18T17:52:57Z2021-02-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1314porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTMinstname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)instacron:UFTM2022-07-19T02:02:38Zoai:bdtd.uftm.edu.br:123456789/1314Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.uftm.edu.br/PUBhttp://bdtd.uftm.edu.br/oai/requestbdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.bropendoar:2022-07-19T02:02:38Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)false
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