Influência do parasito e do hospedeiro no potencial patogênico de populações de Trypanosoma cruzi I na fase aguda da infecção experimental em camundongos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM |
Texto Completo: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/62 |
Resumo: | As populações do Trypanosoma cruzi (Tc) apresentam elevada variabilidade biológica e genética e são classificadas em seis grupos TcI a TcVI. Atualmente, os dados referentes à patogenicidade do TcI são conflitantes e podem decorrer do componente genético do hospedeiro e da propagação ao homem de populações de T. cruzi restritas ao ambiente silvestre. Contudo, a inserção de novos vetores no ambiente doméstico possibilita o contato do T. cruzi silvestre com novos hospedeiros, elevando a variabilidade genotípica, modificando seu potencial patogênico. O estudo do comportamento biológico foi realizado utilizando grupos de 15 camundongos Swiss, e duas linhagens isogênicas Balb/c e C57BL/6, machos, que foram infectados via intraperitoneal com 1 x 104 tripomastigotas para a avaliação da infectividade, virulência, parasitismo sanguíneo e tecidual, patogenicidade, tropismo e variabilidade genética pela LSSP-PCR (Low Stringency Single Specific Primer - PCR). Utilizou-se quatro amostras de T. cruzi isoladas de triatomíneos em diferentes regiões brasileiras devidamente criopreservadas em cultura e posteriormente reativadas, sendo os isolados ALVANI,AQ1-7 e MUTUM classificados como TcI e o isolado PV como TcIV. Em relação ao estudo biológico, os isolados de TcI apresentaram parasitemia subpatente, e uma variação no potencial patogênico e na infectividade acompanhado de baixa virulência na fase aguda pela sobrevida de 100% dos animais. Os isolados ALVANI e AQ1-7 foram considerados patogênicos, porém, com baixa infectividade, ao passo que, MUTUM e PV (TcIV) evidenciaram elevada infectividade e baixa patogenicidade. O tropismo tecidual apresentado pelos isolados de TcI foi predominantemente por musculatura estriada e lisa, no entanto, o isolado PV demonstrou tropismo pelo coração. Os resultados relacionados ao componente genético demonstraram a existência de uma ampla variabilidade genética entre populações sanguíneas e teciduais, ao passo que, as populações do inóculo, sangue e cultura demonstraram uma importante homogeneidade intra-específica relacionada aos quatro isolados de T. cruzi, não evidenciando diferenças entre as linhagens de camundongos. As diferenças entre os isolados de TcI podem ser atribuídas à existência de populações polares associada com a ausência ou capacidade de produzir lesões. Estes fatores podem explicar as controvérsias clínicas encontradas nas infecções humanas pelo TcI em diferentes regiões endêmicas. |
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Influência do parasito e do hospedeiro no potencial patogênico de populações de Trypanosoma cruzi I na fase aguda da infecção experimental em camundongosTrypanosoma cruziTripanossomoseTrypanosoma cruziTrypanosomiasisCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAAs populações do Trypanosoma cruzi (Tc) apresentam elevada variabilidade biológica e genética e são classificadas em seis grupos TcI a TcVI. Atualmente, os dados referentes à patogenicidade do TcI são conflitantes e podem decorrer do componente genético do hospedeiro e da propagação ao homem de populações de T. cruzi restritas ao ambiente silvestre. Contudo, a inserção de novos vetores no ambiente doméstico possibilita o contato do T. cruzi silvestre com novos hospedeiros, elevando a variabilidade genotípica, modificando seu potencial patogênico. O estudo do comportamento biológico foi realizado utilizando grupos de 15 camundongos Swiss, e duas linhagens isogênicas Balb/c e C57BL/6, machos, que foram infectados via intraperitoneal com 1 x 104 tripomastigotas para a avaliação da infectividade, virulência, parasitismo sanguíneo e tecidual, patogenicidade, tropismo e variabilidade genética pela LSSP-PCR (Low Stringency Single Specific Primer - PCR). Utilizou-se quatro amostras de T. cruzi isoladas de triatomíneos em diferentes regiões brasileiras devidamente criopreservadas em cultura e posteriormente reativadas, sendo os isolados ALVANI,AQ1-7 e MUTUM classificados como TcI e o isolado PV como TcIV. Em relação ao estudo biológico, os isolados de TcI apresentaram parasitemia subpatente, e uma variação no potencial patogênico e na infectividade acompanhado de baixa virulência na fase aguda pela sobrevida de 100% dos animais. Os isolados ALVANI e AQ1-7 foram considerados patogênicos, porém, com baixa infectividade, ao passo que, MUTUM e PV (TcIV) evidenciaram elevada infectividade e baixa patogenicidade. O tropismo tecidual apresentado pelos isolados de TcI foi predominantemente por musculatura estriada e lisa, no entanto, o isolado PV demonstrou tropismo pelo coração. Os resultados relacionados ao componente genético demonstraram a existência de uma ampla variabilidade genética entre populações sanguíneas e teciduais, ao passo que, as populações do inóculo, sangue e cultura demonstraram uma importante homogeneidade intra-específica relacionada aos quatro isolados de T. cruzi, não evidenciando diferenças entre as linhagens de camundongos. As diferenças entre os isolados de TcI podem ser atribuídas à existência de populações polares associada com a ausência ou capacidade de produzir lesões. Estes fatores podem explicar as controvérsias clínicas encontradas nas infecções humanas pelo TcI em diferentes regiões endêmicas.The populations of Trypanosoma cruzi (Tc) show high biological and genetic variability and are classified into six groups TcI - TcVI. Currently, data concerning the pathogenicity of the TcI are conflicting and may be due to host genetic component and spread to humans in populations of T. cruzi restricted to a wild environment. However, the insertion of new vectors in the domestic environment enables contact T. cruzi wild with new hosts, increasing the genotypic variability by modifying their pathogenic potential. The study of biological behavior was conducted using groups of 15 Swiss, Balb/c and C57BL/6 male mice that were infected intraperitoneally with 1 x 104 trypomastigotes to evaluate the infectivity, virulence, blood and tissue parasitism, pathogenicity, tissue tropism and genetic variability of the LSSP-PCR (Low Stringency Single Specific Primer - PCR). We used four samples of T. cruzi isolates from triatomines in different Brazilian regions properly cryopreserved in culture and subsequently reactivated; isolates ALVANI, AQ1-7 and MUTUM classified as TcI and PV isolated as TcIV. In relation to the biological study, the TcI isolates showed parasitemia subpatent, and a variation in the infectivity and pathogenic potential followed by a low virulence in the acute phase by a 100% survival of animals. The isolates ALVANI and AQ1-7 were considered pathogenic, but with low infectivity, whereas, MUTUM and PV (TcIV) showed the high infectivity and low pathogenicity. The tissue tropism presenting by isolates of TcI was smooth and striated muscle, however, the isolated PV showed tropism for the heart. The results related to the genetic component demonstrated the existence of a large genetic variability among populations of blood and tissue, while the populations of the inoculum, and blood culture showed a significant intra-specific homogeneity related to the four isolates of T. cruzi, showing no differences between strains of mice. Most of the tissues analyzed inter-specific manner was grouped according to isolate analyzed showing the maintenance of characteristics within each population. TcI strains differences could be attributed to the polar populations associated with and without the capacity to produce lesions. These facts may explain the clinical controversies found in TcI human infections in different endemic regions.Universidade Federal do Triângulo MineiroBioquímica, Fisiologia e FarmacologiaBRUFTMCurso de Pós-Graduação em Ciências FisiológicasSilva, Eliane LagesCPF:37306634615http://lattes.cnpq.br/9387494555377448Mattos Júnior, Márden Estevão2015-11-27T18:51:05Z2012-09-212010-09-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfMATTOS JÚNIOR, Márden Estevão. Influência do parasito e do hospedeiro no potencial patogênico de populações de Trypanosoma cruzi I na fase aguda da infecção experimental em camundongos. 2010. 121 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica, Fisiologia e Farmacologia) - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2010.http://localhost:8080/tede/handle/tede/62porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTMinstname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)instacron:UFTM2019-06-26T20:04:53Zoai:bdtd.uftm.edu.br:tede/62Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.uftm.edu.br/PUBhttp://bdtd.uftm.edu.br/oai/requestbdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.bropendoar:2019-06-26T20:04:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)false |
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