Mal - estar na (pós) modernidade: apontamentos entre Bauman e Freud
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFT |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11612/2237 |
Resumo: | Este trabalho monográfico (TCC) trata sobre o tema do mal-estar na sociedade moderna e pós-moderna, bem como os porquês da infelicidade do ser humano nesse processo civilizatório, conforme preceitua Sigmund Freud em sua obra “O mal-estar da civilização” e Zygmunt Bauman em “O mal-estar da pós-modernidade”. Foi consultado também outras obras importantes como “Tudo que é sólido desmancha no ar” de Marshall Berman e “As origens da pós-modernidade” de Perry Anderson, além de outros pensadores importantes que tratam do assunto em questão. Inicialmente foi feito um breve resumo da contextualização histórica sobre a modernidade e pós-modernidade, ou modernidade líquida conforme preferiu denominar, ultimamente, Bauman. Segundo Freud toda a imposição visando a construção da civilização acarreta vários transtornos ao ser humano, justamente devido a cultura ou a civilização produzir um mal-estar ao impor “sacrifícios tão grandes, não apenas à sexualidade do homem, mas também à sua agressividade”, é devido tais frustrações, ao sacrificar suas pulsões, que reside a grande dificuldade de se viver e ser feliz nessa civilização. Ainda de acordo com o psicanalista, a felicidade do homem “não se acha incluída no plano da ‘Criação’” e a felicidade é algo passageiro ou repentino, quer dizer, apenas momentos de prazer, ou talvez, no mínimo para que não tenhamos momentos de desprazeres. Importante observar que Bauman faz uma releitura desenvolvendo um diálogo constante com o texto freudiano citado acima. O pensador polonês faz um contraponto de uma sociedade sólida com uma sociedade líquida. Liquidez caracterizada principalmente pela insegurança, incertezas, pelo descartável e pelo sentimento de fracasso da racionalidade ou da efêmera felicidade. Enquanto Marshall Berman define que uma das características da modernidade é viver uma vida de paradoxo e contradição, Bauman, afirma vivermos diante de um cenário de incertezas, chamando a atenção para uma constante busca de um consumo exacerbado, bem como a vulnerabilidade e fluidez nas relações interpessoais. O pensador polonês chega à conclusão que na estrutura de uma civilização concentrada na segurança, mais liberdade representa menos mal-estar, por outro lado, numa civilização onde a estrutura escolheu limitar a liberdade em nome da segurança, quanto mais ordem maior será o mal-estar. Bauman infere que houve apenas uma troca de lugar, pois os mal-estares da modernidade “provinham de uma espécie de segurança que tolerava uma liberdade pequena demais na busca da felicidade individual” enquanto que na pós modernidade os mal-estares surgem a partir de uma espécie de liberdade de procura de prazer que tolera uma segurança individual muito pequena. Pois, “os homens e as mulheres pós-modernos trocaram um quinhão de suas possibilidades de segurança por um quinhão de felicidade”. Portanto, Bauman asserta que a liberdade individual, em nossos tempos, seja apenas uma sensação de liberdade, ou seja, uma pseudoliberdade, concluindo que há uma impossibilidade de harmonia entre liberdade e segurança. |
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Franca, Joseilton BatistaAmaral, Roberto Antônio Penedo2021-02-03T12:55:14Z2021-02-03T12:55:14Z2021-01-11FRANCA, Joseilton Batista. Mal - estar na (pós) modernidade: apontamentos entre Bauman e Freud. 57 f. Monografia (Graduação) - Licenciatura em Filosofia, Universidade Federal do Tocantins, Palmas, 2020.http://hdl.handle.net/11612/2237Este trabalho monográfico (TCC) trata sobre o tema do mal-estar na sociedade moderna e pós-moderna, bem como os porquês da infelicidade do ser humano nesse processo civilizatório, conforme preceitua Sigmund Freud em sua obra “O mal-estar da civilização” e Zygmunt Bauman em “O mal-estar da pós-modernidade”. Foi consultado também outras obras importantes como “Tudo que é sólido desmancha no ar” de Marshall Berman e “As origens da pós-modernidade” de Perry Anderson, além de outros pensadores importantes que tratam do assunto em questão. Inicialmente foi feito um breve resumo da contextualização histórica sobre a modernidade e pós-modernidade, ou modernidade líquida conforme preferiu denominar, ultimamente, Bauman. Segundo Freud toda a imposição visando a construção da civilização acarreta vários transtornos ao ser humano, justamente devido a cultura ou a civilização produzir um mal-estar ao impor “sacrifícios tão grandes, não apenas à sexualidade do homem, mas também à sua agressividade”, é devido tais frustrações, ao sacrificar suas pulsões, que reside a grande dificuldade de se viver e ser feliz nessa civilização. Ainda de acordo com o psicanalista, a felicidade do homem “não se acha incluída no plano da ‘Criação’” e a felicidade é algo passageiro ou repentino, quer dizer, apenas momentos de prazer, ou talvez, no mínimo para que não tenhamos momentos de desprazeres. Importante observar que Bauman faz uma releitura desenvolvendo um diálogo constante com o texto freudiano citado acima. O pensador polonês faz um contraponto de uma sociedade sólida com uma sociedade líquida. Liquidez caracterizada principalmente pela insegurança, incertezas, pelo descartável e pelo sentimento de fracasso da racionalidade ou da efêmera felicidade. Enquanto Marshall Berman define que uma das características da modernidade é viver uma vida de paradoxo e contradição, Bauman, afirma vivermos diante de um cenário de incertezas, chamando a atenção para uma constante busca de um consumo exacerbado, bem como a vulnerabilidade e fluidez nas relações interpessoais. O pensador polonês chega à conclusão que na estrutura de uma civilização concentrada na segurança, mais liberdade representa menos mal-estar, por outro lado, numa civilização onde a estrutura escolheu limitar a liberdade em nome da segurança, quanto mais ordem maior será o mal-estar. Bauman infere que houve apenas uma troca de lugar, pois os mal-estares da modernidade “provinham de uma espécie de segurança que tolerava uma liberdade pequena demais na busca da felicidade individual” enquanto que na pós modernidade os mal-estares surgem a partir de uma espécie de liberdade de procura de prazer que tolera uma segurança individual muito pequena. Pois, “os homens e as mulheres pós-modernos trocaram um quinhão de suas possibilidades de segurança por um quinhão de felicidade”. Portanto, Bauman asserta que a liberdade individual, em nossos tempos, seja apenas uma sensação de liberdade, ou seja, uma pseudoliberdade, concluindo que há uma impossibilidade de harmonia entre liberdade e segurança.This monographic work (TCC) deals with the theme of malaise in modern and postmodern society, as well as the reasons for human unhappiness in this civilizing process, as stated by Sigmund Freud in his work “Civilization and its discontents” and Zygmunt Bauman in “Postmodernity and its discontents”. Other important works were also consulted, such as “All that is solid melts into air” by Marshall Berman and “The origins of postmodernity” by Perry Anderson, in addition to other important thinkers that deal with the subject in question. Initially, a brief summary was made of the historical contextualization about modernity and post-modernity, or liquid modernity, as Bauman preferred to call it lately. According to Freud, all the imposition aimed at the construction of civilization causes several disorders to the human being, precisely because culture or civilization produces a malaise by imposing “such great sacrifices, not only to the sexuality of man, but also to his aggressiveness”, it is due to such frustrations, in sacrificing their drives, that lies the great difficulty of living and being happy in this civilization. Still according to the psychoanalyst, the happiness of man “is not included in the plan of 'Creation'” and happiness is something fleeting or sudden, that is, only moments of pleasure, or perhaps, at least so that we do not have moments of displeasures. It is important to note that Bauman re-reads by developing a constant dialogue with the Freudian text mentioned above. The Polish thinker makes a counterpoint between a solid society and a liquid society. Liquidity characterized mainly by insecurity, uncertainties, the disposable and the feeling of failure of rationality or ephemeral happiness. While Marshall Berman defines that one of the characteristics of modernity is to live a life of paradox and contradiction, Bauman, affirms that we live in a scenario of uncertainty, calling attention to a constant search for exacerbated consumption, as well as vulnerability and fluidity in interpersonal relationships. The Polish thinker comes to the conclusion that in the structure of a civilization focused on security, more freedom represents less malaise, on the other hand, in a civilization where the structure has chosen to limit freedom in the name of security, the more order the greater the malaise. Bauman infers that there was only one change of place, because the malaise of modernity “came from a kind of security that tolerated too little freedom in the pursuit of individual happiness” whereas in postmodernity the malaise arises from a kind of freedom to seek pleasure that tolerates very little individual security. For, "postmodern men and women have exchanged a share of their possibilities of security for a share of happiness". Therefore, Bauman asserts that individual freedom, in our times, is only a sensation of freedom, that is, a pseudo-freedom, concluding that there is an impossibility of harmony between freedom and security.Universidade Federal do TocantinsPalmasCURSO::PALMAS::PRESENCIAL::LICENCIATURA::FILOSOFIAPalmasGraduaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAPós - modernidade; Mal - estar; Felicidade; LiberdadeMal - estar na (pós) modernidade: apontamentos entre Bauman e Freudinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFTinstname:Universidade Federal do Tocantins (UFT)instacron:UFTinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALJoseilton Batista Franca - Dissertação.pdfJoseilton Batista Franca - Dissertação.pdfapplication/pdf707327http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/2237/1/Joseilton%20Batista%20Franca%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdfa504b49d78b8cea9d062780937311d9eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/2237/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTJoseilton Batista Franca - Dissertação.pdf.txtJoseilton Batista Franca - Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain105631http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/2237/3/Joseilton%20Batista%20Franca%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txtdf9c6db6d3f7076d69573b5f7ab5ca66MD53THUMBNAILJoseilton Batista Franca - Dissertação.pdf.jpgJoseilton Batista Franca - Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1375http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/2237/4/Joseilton%20Batista%20Franca%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpgc4a1219c5937f68cae12940140756069MD5411612/22372021-02-05 09:32:13.127oai:repositorio.uft.edu.br:11612/2237Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uft.edu.br/oai/requestbiblioarraias@uft.edu.br || bibliogpi@uft.edu.br || bibliomira@uft.edu.br || bibliopalmas@uft.edu.br || biblioporto@uft.edu.br || biblioarag@uft.edu.br || dirbib@ufnt.edu.br || bibliocca@uft.edu.br || bibliotoc@uft.edu.bropendoar:2021-02-05T12:32:13Repositório Institucional da UFT - Universidade Federal do Tocantins (UFT)false |
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