Os lampejos da memória em dois irmãos, de Milton Hatoum.

• Autor(a) principal: Negreiros, Loislene Barros
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4426
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS; Romance.; Dois Irmãos.; Memória.; Fragmentação.

Este trabalho discute o processo de construção da memória no romance Dois Irmãos, de Milton Hatoum (2000), a partir do elemento fragmentação. Para tanto, vale-se dos apontamentos teóricos de Giorgio Agamben (2009), sobre a obra literária contemporânea; Anthony Giddens (2002) e Stuart Hall (2013), com os apontamentos sobre Alta Modernidade e/ou Modernidade Tardia, bem como a ideia de hibridismo, discutidas por Hall (2013). Para compreender o jogo da memória na narrativa hatouniana, levando em consideração que há nas lembranças lacunas e silenciamentos, valeu-se dos estudos teóricos-críticos de Michael Pollak (1989), Maurice Halbwachs (2003), Didi-Huberman (2011) e Carlos Borges da Silva Júnior (2008). As concepções sobre o narrador pós-moderno são protagonizadas pelas incursões teóricas de Silviano Santiago (2002 [1986]) em contraste com os estudos de Walter Benjamin (2012). Para a análise, foram selecionados os excertos do livro Dois Irmãos, que destacam os fragmentos da memória das personagens Halim e Nael, tendo como metodologia a análise da narrativa literária. Como resultado do estudo, é possível apontar que as imagens do passado surgem como lampejos, um aspecto intermitente das lembranças.