A escritura do fato gramatical e a questão da “variação linguística”: uma gramática normativa em foco.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Irismar de Freitas 
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4086
Resumo: Neste trabalho, a partir de teorizações de Orlandi (2001) e de Milner (1983), vamos nos ocupar de uma discussão teórico-analítica que tem como objetivo geral: analisar e problematizar o papel e a natureza da “variação linguística”, proposta por uma gramática normativa da Língua Portuguesa, qual seja: Nova gramática do português contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (2001). Essa proposta de discussão nasceu da inquietação, com que líamos a tentativa de se contemplar, normativamente, via o construto teórico “variação linguística”, a existência e a pertinência de outras variedades de língua, além daquela considerada como a “norma culta”. Em vista disso, as teorizações de Orlandi (2001), mais notadamente o princípio de que as gramáticas normativas estão pautadas na perspectiva de definição de uma língua nacional, mostraram-se extremamente relevantes para pensarmos em outros termos a trama de inscrição desse construto teórico nas gramáticas normativas. Em Milner (1983), encontramos aporte teórico para pensar que toda gramática é resultante entre: (1) Todo Ligado e (2) limite construtível. É que a escritura do fato gramatical nasce desse jogo entre (1) e (2). Para tanto, propusemo-nos o seguinte questionamento de pesquisa: Por que o construto teórico “variação linguística”, tal qual apresentado por determinadas gramáticas normativas da Língua Portuguesa, e a gramática enfocada neste trabalho, inscrevese nesse funcionamento, pode produzir, de certo modo, ao contrário do que se propõe, o acirramento do papel e da natureza do valor normativo atribuído à língua nacional? Assim, por meio de sequências discursivas, construiremos o nosso trabalho de análise, de modo a enfatizar a relação entre a escritura normativa do fato gramatical e o construto teórico em tela. 
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Essa proposta de discussão nasceu da inquietação, com que líamos a tentativa de se contemplar, normativamente, via o construto teórico “variação linguística”, a existência e a pertinência de outras variedades de língua, além daquela considerada como a “norma culta”. Em vista disso, as teorizações de Orlandi (2001), mais notadamente o princípio de que as gramáticas normativas estão pautadas na perspectiva de definição de uma língua nacional, mostraram-se extremamente relevantes para pensarmos em outros termos a trama de inscrição desse construto teórico nas gramáticas normativas. Em Milner (1983), encontramos aporte teórico para pensar que toda gramática é resultante entre: (1) Todo Ligado e (2) limite construtível. É que a escritura do fato gramatical nasce desse jogo entre (1) e (2). Para tanto, propusemo-nos o seguinte questionamento de pesquisa: Por que o construto teórico “variação linguística”, tal qual apresentado por determinadas gramáticas normativas da Língua Portuguesa, e a gramática enfocada neste trabalho, inscrevese nesse funcionamento, pode produzir, de certo modo, ao contrário do que se propõe, o acirramento do papel e da natureza do valor normativo atribuído à língua nacional? Assim, por meio de sequências discursivas, construiremos o nosso trabalho de análise, de modo a enfatizar a relação entre a escritura normativa do fato gramatical e o construto teórico em tela. In this work, based on theories of Orlandi (2001) and Milner (1983), we will deal with a theoretical-analytical discussion whose general objective is to analyze and problematize the role and nature of "linguistic variation" proposed by a normative grammar of the Portuguese Language, namely: New grammar of contemporary Portuguese, by Celso Cunha and Lindley Cintra (2001). This proposal of discussion was born of the restlessness, with which we read the normative attempt to contemplate via the theoretical construct "linguistic variation", the existence and pertinence of other varieties of language, in addition to that considered as the "cultured norm". In view of this, theorizations of Orlandi (2001), most notably the principle that normative grammars are based on the perspective of defining a national language, have proved extremely relevant in order to think in other terms the plot of inscription of this theoretical construct in normative grammars. In Milner (1983), we find theoretical contribution to think that all grammar is resultant between: (1) All Linked and (2) constructible limit. It is that the writing of the grammatical fact is born of this game between (1) and (2). To that end, we proposed the following research question: Why is the theoretical construct "linguistic variation", as presented by certain normative grammars of the Portuguese Language, and the grammar focused in this work, part of this work, can produce, in in a certain way, contrary to what is proposed, the intensification of the role and nature of the normative value attributed to the national language? Thus, through discursive sequences, we will construct our analysis work in order to emphasize the relation between the normative writing of grammatical fact and the theoretical construct on canvas. Universidade Federal do TocantinsAraguaínaCURSO::ARAGUAÍNA::PRESENCIAL::LICENCIATURA::LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA E SUAS RESPECTIVAS LITERATURASAraguaínaGraduaçãoCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESAFato gramatical.Variação linguística.Língua nacional.A escritura do fato gramatical e a questão da “variação linguística”: uma gramática normativa em foco.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFTinstname:Universidade Federal do Tocantins (UFT)instacron:UFTORIGINALIRISMAR DE FREITAS SANTOS - TCC - LETRAS.pdfIRISMAR DE FREITAS SANTOS - TCC - LETRAS.pdfapplication/pdf512621http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4086/1/IRISMAR%20DE%20FREITAS%20SANTOS%20-%20TCC%20-%20LETRAS.pdf43bfb96a9443f5e9a28efcf2112488a1MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4086/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTIRISMAR DE FREITAS SANTOS - TCC - LETRAS.pdf.txtIRISMAR DE FREITAS SANTOS - TCC - LETRAS.pdf.txtExtracted texttext/plain137131http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4086/3/IRISMAR%20DE%20FREITAS%20SANTOS%20-%20TCC%20-%20LETRAS.pdf.txt0f5381ebb552bfa5cd092070bf2b9b34MD53THUMBNAILIRISMAR DE FREITAS SANTOS - TCC - LETRAS.pdf.jpgIRISMAR DE FREITAS SANTOS - TCC - LETRAS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1323http://repositorio.uft.edu.br/bitstream/11612/4086/4/IRISMAR%20DE%20FREITAS%20SANTOS%20-%20TCC%20-%20LETRAS.pdf.jpgd965f7dc3b5d561a210d2b63f957848bMD5411612/40862022-08-02 03:02:21.392oai:repositorio.uft.edu.br:11612/4086Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uft.edu.br/oai/requestbiblioarraias@uft.edu.br || bibliogpi@uft.edu.br || bibliomira@uft.edu.br || bibliopalmas@uft.edu.br || biblioporto@uft.edu.br || biblioarag@uft.edu.br || dirbib@ufnt.edu.br || bibliocca@uft.edu.br || bibliotoc@uft.edu.bropendoar:2022-08-02T06:02:21Repositório Institucional da UFT - Universidade Federal do Tocantins (UFT)false
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