Gramática contextualizada: por que ainda encontra resistência?

• Autor(a) principal: Nascimento, Edileuza Santiago
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4129
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS; Gramática.; Contextualização.; Ensino-aprendizagem.

O ensino de Língua Portuguesa tem sido tema de muitas controvérsias no contexto atual da escola brasileiro, considerado por muitos, ineficaz e obsoleto, devido ao uso de metodologias conceituais com pouca (ou nenhuma) aplicabilidade no cotidiano dos alunos. Diante desse contexto, este trabalho tem como meta, investigar razões pelas quais a perspectiva contextualizada do ensino de gramática ainda encontra resistência, na prática da educação básica, buscando compreender de que forma o ensino de gramática pode ser concebido em uma vertente mais dinâmica e estimulante, aderindo à perspectiva da contextualização gramatical, considerando a concepção sociointeracionista da linguagem. O trabalho consiste em uma pesquisa qualitativa, de caráter bibliográfico e documental, subsidiada pela apresentação de possível proposta de ensino contextualizado da gramática, pautada nas orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nos estudos de Antunes (2003, 2007, 2014) e de outros estudiosos que comungam do mesmo pensamento. Com este trabalho, procuramos mostrar que não poucos docentes têm se mostrado, resistentes à implementação efetiva desta abordagem, ainda que esta venha sendo proposta há décadas e tenha se mostrado eficaz na efetivação do ensino aprendizagem. Como resultado, com base na análise de alguns autores que se debruçam sobre esse tema e alguns documentos que são apresentados no corpus desse trabalho, notamos que a escola cumpre ou cumprirá seu papel, quando trabalhar de modo contextualizado o ensino de língua/gramática, para que, com esse tipo de abordagem, a escola favoreça o desenvolvimento do indivíduo como sujeito de sua própria realidade. Nossa análise tomou como foco de pesquisa algumas informações: De que formas estão acontecendo as abordagens gramaticais nas escolas; o olhar dos documentos, que norteiam a educação brasileiras, quanto ao tema; quais contextos educacionais já aderiram a referida abordagem. Dessa forma, entendemos que, no atual contexto histórico brasileiro, é imperativo que o professor busque reconhecer a heterogeneidade da nossa língua bem como o seu caráter dialógico, e, a partir disto, desenvolver um processo de ensino-aprendizagem que fomente as reais necessidades de interação dos educandos.