Piometra canina: relato de caso

• Autor(a) principal: Fleury, Luana Dorta Mendes
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Relatório
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4990
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA; Piometra; Progestágenos; Gonadectomia; Hiperplasia Endometrial Cística; Pyometra; Progestins; Gonadectomy; Cystic Endometrial Hyperplasia

A Piometra como distúrbio reprodutivo mais comum em fêmeas domésticas, além da neoplasia mamária, é de maior importância quando se trata de cadelas, uma vez que sua etiopatogenia não está muito clara em gatas, e a castração preventiva ser muito mais prevalente em felinas do que em caninas. Acredita-se que o processo de desenvolvimento da Piometra canina se inicie com a Hiperplasia Endometrial Cística (HEC), por influências da progesterona, seja advinda do corpo lúteo (diestro), seja exógena (aplicações anticoncepcionais), cujo estímulo secretório por estas glândulas endometriais seja excelente meio de cultura e a imunidade uterina seja diminuída como influencia hormonal também. Além disso, apresenta-se de forma inespecífica em sua maioria, podendo haver ou não febre, distensão abdominal e corrimento vulvar, mas dois pontos devem ser considerados o mais rapidamente possível, histórico de uso de progestágenos e/ou cio recente, e imagem compatível com o diagnóstico. Quanto à análise laboratorial achados condizentes com anemia, leucocitose, sinais de toxicidade leucocitária, alterações de perfil hepático e renal, indicam o quadro de endotoxemia em curso, que pode evoluir para distúrbios metabólicos importantes e até mesmo choque séptico se não diagnosticada e revertida há tempo. Visando relatar o caso de uma cadela de 3 anos da raça Shih tsu, com queixa de prostração, emagrecimento intenso e anorexia, além de cio recente e, consequentemente a isso, uso de progestágeno, este trabalho procurou analisar na literatura dados mais recentes sobre este distúrbio de acordo com o ocorrido no relato, tanto em achados laboratoriais como em desfecho do caso. O tratamento escolhido foi o mais indicado, ovariohisterectomia terapêutica, e não a lavagem uterina, uma vez que não apenas apresenta boa taxa de sucesso, como evita recidivas.