Primeiro registro de ornitofilia confirmado em Calathea (Marantacea)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Csekö Nolasco, Erica
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Goes Coelho, Aline, Machado, Caio Graco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bioscience journal (Online)
Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/22394
Resumo: O presente estudo investigou a fenologia de floração, a biologia floral e os visitantes florais de Calatheacrocata. Os dados foram coletados no sub-bosque de um fragmento de Mata Atlântica no município de Igrapiúna, Bahia. Expedições mensais ocorreram de julho de 2009 a agosto de 2011. Mensalmente foram registrados dados da fenologia de floração de C. crocata. Foram obtidos dados de morfometria floral, de volume e concentração de néctar, além de registrado os atributos florais de C. crocata. As espécies de beija-flores visitantes florais foram registradas durante observações indivíduo-focal em plantas floridas, da aurora ao crepúsculo, determinando a frequência e o comportamento de forrageio. Testes de polinização natural e autopolinização foram realizados, além da eficiência na liberação do estilete. A floração desta espécie é anual e tem duração intermediária, possuindo correlação negativa com a temperatura. Calatheacrocata é uma espécie ornitófila; suas flores são tubulosas, com corola amarela, com comprimento médio de 24,3mm e abertura de 2,6mm. O néctar tem concentração média de 21% de açúcares, com volume médio produzido de 9,4µl. As flores foram visitadas legitimamente por quatro espécies de beija-flores, com frequência de 0,69 visitas por inflorescência/hora, sendo Phaethornisruber eficiente no disparo do gatilho. O principal vetor de pólen de C. Crocata foi Phaethornisruber. Calatheacrocata é uma espécie alógama e não se autopoliniza espontaneamente: somente houve produção de frutos no teste de polinização natural. Características mais pontuais, como a redução do gatilho, presentes nessa espécie, podem ser um indício da evolução da melitofilia para a ornitofilia, já observada na família Marantaceae, porém ainda pouco evidenciada no gênero.
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