Dinâmica de transmissão do dengue na cidade de Uberlândia, MG: uma abordagem ecoepidemiológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Almerinda dos
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/27742
http://doi.org/10.14393/ufu.di.2001.28
Resumo: A paisagem é um elemento importante na transmissão de várias doenças, principalmente daquelas transmitidas por vetores. A forma como o homem se organiza no espaço e interage com o meio natural pode causar danos irreversíveis ao ambiente e essa interação negativa afeta a sua saúde. Desde 1993, anualmente ocorrem surtos epidêmicos de dengue em Uberlândia, MG. Medidas emergenciais e permanentes de combate ao vetor Aedes aegypti e de conscientização da população quanto aos riscos da doença têm sido tomadas. Entretanto, a doença tem aumentado de forma preocupante. O presente estudo objetivou: determinar os coeficientes de incidência de dengue na área urbana do município, segundo sexo, grupo etário e localidade; avaliar a distribuição da incidência do dengue na população, no tempo e no espaço; analisar a possível associação dos índices de infecção e de infestação com variáveis ambientais selecionadas, incluindo: altitude e drenagem, índice de infestação, densidade populacional, adensamento domiciliar, frequência de coleta de lixo, número de centrais de entulho e de lotes vagos. O quadro epidemiológico da dengue foi estabelecido por meio da incidência da doença e da infestação por Aedes aegypti, tendo como referência os dados do ano de 1999, obtidos junto à Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia. O zoneamento da área de estudo foi realizado por meio de uma análise gráfica da distribuição dos bairros da área urbana (mapeamento). A divisão da cidade em setores correspondeu, grosso modo, à nova distribuição dos bairros integrados. Cada setor incluiu dez unidades espaciais (correspondentes a bairros e/ou bairros integrados). Foram aplicados métodos estatísticos não-paramétricos, com nível de significância de 0,05. Foram registrados 2.424 casos de dengue na área pesquisada, o que correspondeu a um coeficiente geral de incidência de 52,677ooohab. A incidência não apresentou correlação com grupos etários (rs=0,6071, p=0,148), entretanto foi diferente entre as diversas faixas etárias (Z=2,5766, p=0,01) e entre os períodos (seco e chuvoso) do ano (Z=2,6785, p=0,0074). Em relação ao espaço, a incidência do dengue foi significantemente diferente (X2=9,98, p=0,0408). A incidência não diferiu segundo sexo nos setores, mas variou para o sexo feminino (X2 =9,57, p=0,0483). Houve diferença significante nas faixas etárias entre 0 a 09 anos (grupo menos infectado), entre os setores (X2=ll,84, p=0,0186) sendo que os índices mais elevados ocorreram nos setores Norte e Oeste e entre 20 a 29 anos (grupo com o maior índice de infecção e a maior discrepância entre os setores), (X2=ll,46, p=0,0219). A incidência foi significante também nos setores Oeste e Norte (X2= 16,32, p=0,0120; X2= 12,92, p=0,0444, respectivamente) A incidência de dengue foi diferente entre os setores nos meses: janeiro, março e abril (X2=10,87, p=0,0280; X2=12,13, p=0,0164; X2=l 1,10, p=0,0254, respectivamente). A infestação por Aedes aegypti, não foi estatisticamente diferente entre os setores: (Central, 0,80%, Leste, 1,25%, Oeste, 1,16%, Sul, 1,81% e Norte, 0,99%). Não houve correlação entre infestação x infecção (rs=0,0144, p=0,921). Houve correlação entre: adensamento domiciliar x infestação na área de estudo (rs= -0,3015, p=O.O33), altitude x infecção no Setor Central (rs=0,6758, p= 0,032), altitude x infecção no Setor Leste (rs= - 0,6636, p=0,036) e adensamento de lotes vagos x infecção no Setor Oeste (rs=0,6606, p=0,038). Conclui-se que a situação epidemiológica do dengue em Uberlândia, MG é preocupante e muito complexa, apresentando uma multiplicidade de fatores mantenedores da infecção, o que exige uma urgente avaliação das estratégias de controle do dengue adotadas na cidade, bem como, uma política de uso e ocupação do solo que não permita a especulação imobiliária, fato que vem contribuindo para a ocorrência de lotes vagos e servirem de depósitos de lixo, formando potenciais criadouros para vetores nesses espaços.
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spelling 2019-12-17T13:39:48Z2019-12-17T13:39:48Z2001SANTOS, Almerinda dos. Dinâmica de transmissão do dengue na cidade de Uberlândia, MG: uma abordagem ecoepidemiológica. 2001. 102 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019. Disponível em: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2001.28https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/27742http://doi.org/10.14393/ufu.di.2001.28A paisagem é um elemento importante na transmissão de várias doenças, principalmente daquelas transmitidas por vetores. A forma como o homem se organiza no espaço e interage com o meio natural pode causar danos irreversíveis ao ambiente e essa interação negativa afeta a sua saúde. Desde 1993, anualmente ocorrem surtos epidêmicos de dengue em Uberlândia, MG. Medidas emergenciais e permanentes de combate ao vetor Aedes aegypti e de conscientização da população quanto aos riscos da doença têm sido tomadas. Entretanto, a doença tem aumentado de forma preocupante. O presente estudo objetivou: determinar os coeficientes de incidência de dengue na área urbana do município, segundo sexo, grupo etário e localidade; avaliar a distribuição da incidência do dengue na população, no tempo e no espaço; analisar a possível associação dos índices de infecção e de infestação com variáveis ambientais selecionadas, incluindo: altitude e drenagem, índice de infestação, densidade populacional, adensamento domiciliar, frequência de coleta de lixo, número de centrais de entulho e de lotes vagos. O quadro epidemiológico da dengue foi estabelecido por meio da incidência da doença e da infestação por Aedes aegypti, tendo como referência os dados do ano de 1999, obtidos junto à Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia. O zoneamento da área de estudo foi realizado por meio de uma análise gráfica da distribuição dos bairros da área urbana (mapeamento). A divisão da cidade em setores correspondeu, grosso modo, à nova distribuição dos bairros integrados. Cada setor incluiu dez unidades espaciais (correspondentes a bairros e/ou bairros integrados). Foram aplicados métodos estatísticos não-paramétricos, com nível de significância de 0,05. Foram registrados 2.424 casos de dengue na área pesquisada, o que correspondeu a um coeficiente geral de incidência de 52,677ooohab. A incidência não apresentou correlação com grupos etários (rs=0,6071, p=0,148), entretanto foi diferente entre as diversas faixas etárias (Z=2,5766, p=0,01) e entre os períodos (seco e chuvoso) do ano (Z=2,6785, p=0,0074). Em relação ao espaço, a incidência do dengue foi significantemente diferente (X2=9,98, p=0,0408). A incidência não diferiu segundo sexo nos setores, mas variou para o sexo feminino (X2 =9,57, p=0,0483). Houve diferença significante nas faixas etárias entre 0 a 09 anos (grupo menos infectado), entre os setores (X2=ll,84, p=0,0186) sendo que os índices mais elevados ocorreram nos setores Norte e Oeste e entre 20 a 29 anos (grupo com o maior índice de infecção e a maior discrepância entre os setores), (X2=ll,46, p=0,0219). A incidência foi significante também nos setores Oeste e Norte (X2= 16,32, p=0,0120; X2= 12,92, p=0,0444, respectivamente) A incidência de dengue foi diferente entre os setores nos meses: janeiro, março e abril (X2=10,87, p=0,0280; X2=12,13, p=0,0164; X2=l 1,10, p=0,0254, respectivamente). A infestação por Aedes aegypti, não foi estatisticamente diferente entre os setores: (Central, 0,80%, Leste, 1,25%, Oeste, 1,16%, Sul, 1,81% e Norte, 0,99%). Não houve correlação entre infestação x infecção (rs=0,0144, p=0,921). Houve correlação entre: adensamento domiciliar x infestação na área de estudo (rs= -0,3015, p=O.O33), altitude x infecção no Setor Central (rs=0,6758, p= 0,032), altitude x infecção no Setor Leste (rs= - 0,6636, p=0,036) e adensamento de lotes vagos x infecção no Setor Oeste (rs=0,6606, p=0,038). Conclui-se que a situação epidemiológica do dengue em Uberlândia, MG é preocupante e muito complexa, apresentando uma multiplicidade de fatores mantenedores da infecção, o que exige uma urgente avaliação das estratégias de controle do dengue adotadas na cidade, bem como, uma política de uso e ocupação do solo que não permita a especulação imobiliária, fato que vem contribuindo para a ocorrência de lotes vagos e servirem de depósitos de lixo, formando potenciais criadouros para vetores nesses espaços.The landscape is an important element in the transmission of several diseases, mainly of those transmitted by vectors. The form as man organizes himself in the space and interacts with the natural environment, can cause irreversible damages to this environment and, that negative interaction affects health. Since 1993, annually they happen epidemic irruptions of dengue, in Uberlândia, MG. Emergential and permanent actions of combat to the Aedes aegypti vector have been taken, as well as a population awareness work, regarding to the risks of the disease. Nevertheless, the disease has been increasing in a preoccupying. The present study aimed: to determine the coeffícients of incidence of the dengue in the urban area of the municipal district, according to sex, age group and place; to evaluate the distribution of dengue incidence in the population, related to time and space; to analyze the possible association of the infection indexes and of infestation, with selected environmental variables, including: altitude and drainage, infestation index, population density, domicile condensing, frequency of garbage collection, number of dump centrais and vague lots. The epidemic picture of the dengue was established by means of the incidence of the disease and of the infestation by Aedes aegypti, having as reference data of the year of 1999, obtained from the Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia (Uberlândia health offíce). The zoning of the study area was accomplished by means of a graphic analysis of the urban area neighborhoods distribution (mapping). The division of the city in sections corresponded to the new distribution of the integrated neighborhoods. Each section included ten space units (corresponding to neighborhoods and/or integrated neighborhoods). No-parametric statistical methods with levei of significance of 0.05 were applied. 2.424 cases of dengue were registered in the researched area, which corresponded to a general coefficient of incidence of 52,67 7 000hab. The incidence didn't present correlation with age groups (rs=0,6071, p=0,148), however it was different among the several age groups (Z=2,5766, p=0,01) and between the periods (dry and rainy) of the year (Z= ,6785, p=0,0074). In relation to the space, the incidence of the dengue was signifícantly different (X2=9,98, p=0,0408). The incidence didn't differ according to sex in the sections, but it varied for the feminine sex (X2 =9,57, p=0,0483). There was significant difference in the age groups from 0 to 09 years old (group less infected) among the sectors (X2= 11,84, p=0,0186) and the highest indexes happened at the sectors North and West and from 20 to 29 years old (group with the largest infection index and the largest discrepancy among the sectors), (X2=ll,46, p=0,0219). The incidence was also significant in the sectors West and North (X2=16,32, p=0,0120; (X2=12,92, p=0,0444, respectively). The incidence of the dengue was different among the sections in the months of: january, march and april (X2=10,87, p=0,0280; X2=12,13, p=0,0164; X2=ll,10, p=0,0254, respectively). The infestation by Aedes aegypti, was not statistically different among the sections: (Central, 0,80%, East, 1,25%, West, 1,16%, South, 1,81% and North, 0,99%). There was no correlation between infestation x infection (rs=0,0144, p=0,921). There was correlation between: the domicile condensed x infestation in the study area (rs = -0,3015, p=0.033), altitude x infection in the Central Section (rs=0,6758, p = 0,032), altitude x infection in the East sector (rs = -0,6636, p=0,036) and condensing of vague lots x infection in the West Sector (rs=0,6606, p=0,038). It is concluded that the epidemic situation of the dengue in Uberlândia, MG, is a concerning subject and ít’s very complex, presenting a multiplicity of factors which maintain the infection, and that, demands an urgent evaluation of dengue control strategies, adopted in the city, as well, an politics of the use and occupation of the soil that doesn't allow the real-estate speculation, fact that is contributing to the occurrence of vague lots and they serve as garbage deposits, forming potential breeding sites for vectors in those spaces.Dissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em Ecologia e Conservação de Recursos NaturaisBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAEcologia e epidemiologia do dengueDinâmica do dengueDengue x variáveis físico/biológicaDengue x variáveis ambientaisDengue x variáveis socioculturalEcology and epidemiology of the dengueDynamics of the dengueDengue x physical/biological variablesDengue x environmental variablesDengue x sociocultural variablesDinâmica de transmissão do dengue na cidade de Uberlândia, MG: uma abordagem ecoepidemiológicaDengue transmission dynamics in the city of Uberlândia, MG: an ecoepidemiological approachinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMarçal Junior, Oswaldohttp://lattes.cnpq.br/1411446715974110Del-Claro, KleberSouza, Adriana Maria dehttp://lattes.cnpq.br/8861411052792260Santos, Almerinda dos102reponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUORIGINALDinâmicaTransmissãoDengue.pdfDinâmicaTransmissãoDengue.pdfapplication/pdf10074558https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/27742/1/Din%c3%a2micaTransmiss%c3%a3oDengue.pdf852d5a2225fa16a1b1f2a5263a1ffb5bMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Dengue x environmental variables
Dengue x sociocultural variables
description A paisagem é um elemento importante na transmissão de várias doenças, principalmente daquelas transmitidas por vetores. A forma como o homem se organiza no espaço e interage com o meio natural pode causar danos irreversíveis ao ambiente e essa interação negativa afeta a sua saúde. Desde 1993, anualmente ocorrem surtos epidêmicos de dengue em Uberlândia, MG. Medidas emergenciais e permanentes de combate ao vetor Aedes aegypti e de conscientização da população quanto aos riscos da doença têm sido tomadas. Entretanto, a doença tem aumentado de forma preocupante. O presente estudo objetivou: determinar os coeficientes de incidência de dengue na área urbana do município, segundo sexo, grupo etário e localidade; avaliar a distribuição da incidência do dengue na população, no tempo e no espaço; analisar a possível associação dos índices de infecção e de infestação com variáveis ambientais selecionadas, incluindo: altitude e drenagem, índice de infestação, densidade populacional, adensamento domiciliar, frequência de coleta de lixo, número de centrais de entulho e de lotes vagos. O quadro epidemiológico da dengue foi estabelecido por meio da incidência da doença e da infestação por Aedes aegypti, tendo como referência os dados do ano de 1999, obtidos junto à Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia. O zoneamento da área de estudo foi realizado por meio de uma análise gráfica da distribuição dos bairros da área urbana (mapeamento). A divisão da cidade em setores correspondeu, grosso modo, à nova distribuição dos bairros integrados. Cada setor incluiu dez unidades espaciais (correspondentes a bairros e/ou bairros integrados). Foram aplicados métodos estatísticos não-paramétricos, com nível de significância de 0,05. Foram registrados 2.424 casos de dengue na área pesquisada, o que correspondeu a um coeficiente geral de incidência de 52,677ooohab. A incidência não apresentou correlação com grupos etários (rs=0,6071, p=0,148), entretanto foi diferente entre as diversas faixas etárias (Z=2,5766, p=0,01) e entre os períodos (seco e chuvoso) do ano (Z=2,6785, p=0,0074). Em relação ao espaço, a incidência do dengue foi significantemente diferente (X2=9,98, p=0,0408). A incidência não diferiu segundo sexo nos setores, mas variou para o sexo feminino (X2 =9,57, p=0,0483). Houve diferença significante nas faixas etárias entre 0 a 09 anos (grupo menos infectado), entre os setores (X2=ll,84, p=0,0186) sendo que os índices mais elevados ocorreram nos setores Norte e Oeste e entre 20 a 29 anos (grupo com o maior índice de infecção e a maior discrepância entre os setores), (X2=ll,46, p=0,0219). A incidência foi significante também nos setores Oeste e Norte (X2= 16,32, p=0,0120; X2= 12,92, p=0,0444, respectivamente) A incidência de dengue foi diferente entre os setores nos meses: janeiro, março e abril (X2=10,87, p=0,0280; X2=12,13, p=0,0164; X2=l 1,10, p=0,0254, respectivamente). A infestação por Aedes aegypti, não foi estatisticamente diferente entre os setores: (Central, 0,80%, Leste, 1,25%, Oeste, 1,16%, Sul, 1,81% e Norte, 0,99%). Não houve correlação entre infestação x infecção (rs=0,0144, p=0,921). Houve correlação entre: adensamento domiciliar x infestação na área de estudo (rs= -0,3015, p=O.O33), altitude x infecção no Setor Central (rs=0,6758, p= 0,032), altitude x infecção no Setor Leste (rs= - 0,6636, p=0,036) e adensamento de lotes vagos x infecção no Setor Oeste (rs=0,6606, p=0,038). Conclui-se que a situação epidemiológica do dengue em Uberlândia, MG é preocupante e muito complexa, apresentando uma multiplicidade de fatores mantenedores da infecção, o que exige uma urgente avaliação das estratégias de controle do dengue adotadas na cidade, bem como, uma política de uso e ocupação do solo que não permita a especulação imobiliária, fato que vem contribuindo para a ocorrência de lotes vagos e servirem de depósitos de lixo, formando potenciais criadouros para vetores nesses espaços.
publishDate 2001
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