Oficinas terapêuticas em saúde mental: um estudo sobre as concepções de coordenadores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Luiza de Mendonça
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21676
http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.715
Resumo: As oficinas terapêuticas visam, sobretudo, à (re)inserção social e à promoção da autonomia de pessoas em sofrimento psíquico por meio do desenvolvimento de práticas coletivas diversificadas, voltadas, basicamente, à expressão criativa, ao aprendizado de atividades profissionais ou à alfabetização. Dessa forma, as oficinas terapêuticas afiguram-se como um dos principais dispositivos de tratamento oferecidos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs). O presente estudo teve como objetivo compreender as concepções de profissionais que coordenam oficinas terapêuticas em CAPSs a respeito de tal ferramenta de intervenção. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com doze profissionais que coordenavam oficinas terapêuticas em CAPSs de uma cidade do interior do Estado de Minas Gerais. Os participantes foram entrevistados individualmente, nas instalações dos CAPSs em que atuavam, em horários definidos em comum acordo. Adicionalmente, foi utilizado um diário de campo para o registro de observações e vivências relativas às entrevistas. As entrevistas foram gravadas em áudio e, posteriormente, transcritas. O tratamento dos dados foi empreendido a partir da análise temática de conteúdo, que consiste em um conjunto de técnicas voltadas à interpretação de variadas formas de discurso. Foram configuradas três categorias: 1) Concepções sobre aspectos basilares das oficinas terapêuticas, 2) Concepções sobre a (não)adesão às oficinas terapêuticas e 3) Concepções sobre critérios de indicação e benefícios das oficinas terapêuticas. A primeira categoria foi dividida em três subcategorias, abarcando concepções sobre: a) o valor terapêutico das oficinas terapêuticas, b) os objetivos das oficinas terapêuticas e c) as especificidades das diferentes modalidades de oficinas terapêuticas. Verificou-se a inexistência de consenso quanto ao valor terapêutico das oficinas terapêuticas. Mas, em consonância com as concepções de diversas participantes, as oficinas terapêuticas devem ter como propósito básico a (re)inserção social dos usuários e envolvem necessariamente a produção de algo material, concreto. Constatou- se ainda que, para as participantes em geral, os limites existentes entre as diferentes modalidades de oficinas terapêuticas são pouco nítidos. A propósito da segunda categoria, os resultados evidenciaram a predominância de uma concepção em função da qual tanto a adesão quanto a não-adesão dos usuários às oficinas terapêuticas são determinadas por fatores concernentes apenas aos próprios, e não às atividades realizadas nas oficinas terapêuticas ou à coordenação. Além disso, diferenças de gênero também foram apontadas como relevantes neste sentido. Os resultados concernentes à terceira categoria permitiram depreender que, conforme a concepção da maioria das participantes, não existem critérios de indicação a serem adotados, cabendo ao coordenador de uma oficina terapêutica apenas convidar indiscriminadamente os usuários do serviço a frequentá-la. E os benefícios das oficinas terapêuticas se reduziriam, basicamente, à socialização, ao suporte mútuo entre os usuários e à ocupação do tempo dos mesmos. Os resultados evidenciam a necessidade de novas pesquisas sobre o assunto, para que se possa verificar se, em outros contextos, o cenário que se apresenta é semelhante ou não. Novas pesquisas podem ser consideradas relevantes também a julgar pelas ameaças de retrocessos e de perda de direitos associadas às recentes mudanças na política de saúde mental, que, na contramão da clínica antimanicomial, incentivam o resgate da “velha Psiquiatria”.
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O presente estudo teve como objetivo compreender as concepções de profissionais que coordenam oficinas terapêuticas em CAPSs a respeito de tal ferramenta de intervenção. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com doze profissionais que coordenavam oficinas terapêuticas em CAPSs de uma cidade do interior do Estado de Minas Gerais. Os participantes foram entrevistados individualmente, nas instalações dos CAPSs em que atuavam, em horários definidos em comum acordo. Adicionalmente, foi utilizado um diário de campo para o registro de observações e vivências relativas às entrevistas. As entrevistas foram gravadas em áudio e, posteriormente, transcritas. O tratamento dos dados foi empreendido a partir da análise temática de conteúdo, que consiste em um conjunto de técnicas voltadas à interpretação de variadas formas de discurso. Foram configuradas três categorias: 1) Concepções sobre aspectos basilares das oficinas terapêuticas, 2) Concepções sobre a (não)adesão às oficinas terapêuticas e 3) Concepções sobre critérios de indicação e benefícios das oficinas terapêuticas. A primeira categoria foi dividida em três subcategorias, abarcando concepções sobre: a) o valor terapêutico das oficinas terapêuticas, b) os objetivos das oficinas terapêuticas e c) as especificidades das diferentes modalidades de oficinas terapêuticas. Verificou-se a inexistência de consenso quanto ao valor terapêutico das oficinas terapêuticas. Mas, em consonância com as concepções de diversas participantes, as oficinas terapêuticas devem ter como propósito básico a (re)inserção social dos usuários e envolvem necessariamente a produção de algo material, concreto. Constatou- se ainda que, para as participantes em geral, os limites existentes entre as diferentes modalidades de oficinas terapêuticas são pouco nítidos. A propósito da segunda categoria, os resultados evidenciaram a predominância de uma concepção em função da qual tanto a adesão quanto a não-adesão dos usuários às oficinas terapêuticas são determinadas por fatores concernentes apenas aos próprios, e não às atividades realizadas nas oficinas terapêuticas ou à coordenação. Além disso, diferenças de gênero também foram apontadas como relevantes neste sentido. Os resultados concernentes à terceira categoria permitiram depreender que, conforme a concepção da maioria das participantes, não existem critérios de indicação a serem adotados, cabendo ao coordenador de uma oficina terapêutica apenas convidar indiscriminadamente os usuários do serviço a frequentá-la. E os benefícios das oficinas terapêuticas se reduziriam, basicamente, à socialização, ao suporte mútuo entre os usuários e à ocupação do tempo dos mesmos. Os resultados evidenciam a necessidade de novas pesquisas sobre o assunto, para que se possa verificar se, em outros contextos, o cenário que se apresenta é semelhante ou não. Novas pesquisas podem ser consideradas relevantes também a julgar pelas ameaças de retrocessos e de perda de direitos associadas às recentes mudanças na política de saúde mental, que, na contramão da clínica antimanicomial, incentivam o resgate da “velha Psiquiatria”.The therapeutic workshops aim, above all, at the social (re)insertion and the promotion of the autonomy of people in psychic suffering through the development of diverse collective practices, oriented, basically, to creative expression, to the learning of professional activities or to literacy. In this way, therapeutic workshops appear as one of the main treatment devices offered in Psychosocial Care Centers (CAPSs). The present study aimed to understand the conceptions of professionals who coordinate therapeutic workshops in CAPSs regarding such intervention tool. For that, we conducted semi- structured interviews with twelve professionals who coordinated therapeutic workshops in CAPSs of a city in the interior of the State of Minas Gerais. Participants were interviewed individually, at the dependences of the CAPSs where they worked, at agreed times. In addition, a field diary was used to record observations and experiences related to interviews. The interviews were recorded in audio and later transcribed. The treatment of the data was undertaken from the thematic content analysis, which consists of a set of techniques aimed at the interpretation of various forms of discourse. Three categories were configured: 1) Conceptions about basic aspects of therapeutic workshops, 2) Conceptions about (non) adherence to therapeutic workshops, and 3) Conceptions about indication criteria and benefits of therapeutic workshops. The first category was divided into three subcategories, covering conceptions of: a) the therapeutic value of therapeutic workshops, b) the objectives of therapeutic workshops, and c) the specificities of the different modalities of therapeutic workshops. There was no consensus on the therapeutic value of therapeutic workshops. But in line with the conceptions of several participants, therapeutic workshops should have as their basic purpose the social (re)insertion of users and necessarily involve the production of something material, concrete. It was also found that, for participants in general, the limits between the different modalities of therapeutic workshops are unclear. Regarding the second category, the results evidenced the predominance of a conception according to which both adherence and non-adherence of users to therapeutic workshops are determined by factors related only to their own, and not to the activities performed in the therapeutic workshops or to the coordination. In addition, gender differences were also pointed out as relevant in this regard. The results concerning the third category showed that, according to the conception of the majority of the participants, there are no indication criteria to be adopted, and the coordinator of a therapeutic workshop should only indiscriminately invite the users of the service to attend it. And the benefits of therapeutic workshops would be reduced, basically, to socialization, mutual support between users and occupancy of their time. The results evidenced the need for new research on the subject, so that it can be verified whether, in other contexts, the scenario presented is similar or not. New research may also be considered relevant for judging by the threats of setbacks and loss of rights associated with recent changes in mental health policy, which, contrary to the antimanicomial clinic, encourage the rescue of the “old Psychiatry”.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em PsicologiaBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIASaúde mentalOficinas terapêuticasPsicologia da SaúdeMental healthTherapeutic workshopsHealth psychologyPsicologiaPsicologia clínica da saúdeTerapia ocupacionalOficinas terapêuticas em saúde mental: um estudo sobre as concepções de coordenadoresTherapeutic workshops on mental health: a study on the conceptions of coordinatorsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPeres, Rodrigo Sancheshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762157H4Pegoraro, Renata Fabianahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799807Z9Santos , Eduardo João Ribeiro doshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8217757J4http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4839409A7Oliveira, Ana Luiza de Mendonça111info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFULICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/21676/2/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD52ORIGINALOficinasTerapêuticasSaúde.pdfOficinasTerapêuticasSaúde.pdfDissertação submetida em 21/05/2018application/pdf1026094https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/21676/1/OficinasTerap%c3%aauticasSa%c3%bade.pdfe1c0918b8c356ae319921fcac2f2f783MD51TEXTOficinasTerapêuticasSaúde.pdf.txtOficinasTerapêuticasSaúde.pdf.txtExtracted texttext/plain187050https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/21676/3/OficinasTerap%c3%aauticasSa%c3%bade.pdf.txtf172eeed3f026a1cbad858370a2ed29cMD53THUMBNAILOficinasTerapêuticasSaúde.pdf.jpgOficinasTerapêuticasSaúde.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1440https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/21676/4/OficinasTerap%c3%aauticasSa%c3%bade.pdf.jpg12107ae99aae8dc289d35a15c3333ee0MD54123456789/216762018-06-29 12:06:56.659oai:repositorio.ufu.br:123456789/21676w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2024-04-26T15:01:02.818657Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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