Os primeiros 404 vacinados no Brasil: representações no início da campanha de vacinação contra a covid-19

• Autor(a) principal: Martins, Silvana Lopes Gomes
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/33888
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS; COVID-19; Vacinas contra COVID-19; Programas de imunização; COVID 19 pandemic; COVID-19 vaccines; Immunization programs

O primeiro diagnosticado com a presença da COVID-19 no Brasil e na América Latina, ocorreu em fevereiro de 2020 na cidade de São Paulo durante a maior celebração da população brasileira - Carnaval (ocorreu aglomeração, culminando com transmissão), foi uma pessoa com idade de 61 anos, do gênero masculino, com quadro clínico relacionado a febre, tosse, dispneia, sendo necessário internação em hospital paulista. Objetivo: Identificar o perfil dos primeiros indicados para serem vacinados contra a COVID-19, sendo divulgado pelos veículos do noticiário nacional para receber a dose inicial da vacina nas capitais e nas cidades mais populosas do Brasil. Método: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa e quantitativa, do tipo documental. Foram incluídas fontes de informações com acesso público e livre vinculado na mídias sociais das 126 cidades brasileiras (26 capitais estaduais e o Distrito Federal; e de 99 cidades mais populosas), sendo incluído na amostra 404 primeiros vacinados. Resultados: A profissão de enfermagem foi representada por 53% dos primeiros vacinados, com o técnico de enfermagem 29%, a classe de maior representatividade. O gênero feminino (70,5%) e a etnia negroide (parda, 27,7% e preta, 20,5) foram características dos escolhidos para serem os primeiros vacinados, divulgados pela imprensa nos sites oficiais de notícias e informação via internet. Conclusão: As características sociais predominantes na representação referem ao perfil da sociedade dos vulneráveis gerado pelas crises sanitária e econômicas provocadas pela pandemia da COVID-19, que foram representados através dos profissionais da saúde, idosos e indígenas. Embora a representação social dos primeiros vacinados, pode não ser coerente com a cobertura vacinal contra a COVID-19, mas sugere-se que a adesão à vacina possa ser estimulada por via das orientações dos escolhidos pelos secretários de saúde das cidades em todo o país, em detrimento às condutas sociais, legitimidade da identidade e a familiarização sociais proporcionadas pela representação social, que os grupos prioritários que receberam a primeira dose da CoronaVac, representam no contexto nacional e nas desigualdades enfrentadas no Brasil.