A escrevivência de Bianca Santana como (re)existência ao racismo em Quando me descobri negra
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFU |
Texto Completo: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/43503 http://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.199 |
Resumo: | This dissertation discusses the escrevivência of the writer Bianca Santana in her book “Quando me descobri negra” (2015) as a form of (re)existence against racism. The study encompasses the journey of racial self-discovery of the writer, connecting it to other research that exposes similar narratives of black individuals seeking to understand their racial identity. It aims to deepen the understanding of the experiences lived by Bianca Santana, through her “escrevivência”, encompassing the traumas resulting from her experiences in a silenced space and exploring how literary expression becomes a form of (re)existence against racism. Based on the narratives present in “Quando me descobri negra”, we analyze the environments in which racism is nurtured, such as everyday circumstances within the family, school, and workplace, aiming to trace the path through which Bianca Santana navigates until fully embracing her black identity. Thus, a dialogue is promoted in which the perception of black identity is formed through a process that is subject to evolution and changes. Within this context of the socio-cultural elaboration of the writer’s identity, she acknowledges her blackness and, at the same time, understands herself as a political subject destinded to confront the persistent presence of racism in our society, often masked by the notion of racial democracy. One way to combat racism is to assume the role of protagonist of one’s own story, shaping one’s own reality through “escrevivência”. Therefore, the theoretical framework for the foundation of this research is the studies by Conceição Evaristo (2005, 2009, 2020) concerning the experience of “escrevivência” of black women who produce texts facing the intersection of gender, class, and racial oppressions. Thus, it is demonstrated that these individuals challenge forms of discrimination by constructing their own subjectivities. As a result of the study, it is argued that “escrevivência” constructs subjects capable of opposing racist and oppressive colonial logic. That is, “escrevivência” promotes the construction of a narrative of (re)existence. For this purpose, the theoretical foundation of this work is also based on the academic contributions of Carneiro (2005), Gonzalez (1982, 2018, 2020), Nascimento (2015, 2022), Santana (2020) and Sousa (1983), along with the works of Fanon (2008), Kilomba (2009), and Mbembe (2014), among others committed to racial issues. |
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A escrevivência de Bianca Santana como (re)existência ao racismo em Quando me descobri negraBianca Santana's escrevivência as (re)existence against racism in Quando me descobri negra.Bianca SantanaBianca SantanaEscrevivênciaEscrevivênciaMulheres negrasBlack WomenQuando me descobri negraQuando me descobri NegraRacismoRacismCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESLiteraturaODS::ODS 5. Igualdade de gênero - Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.This dissertation discusses the escrevivência of the writer Bianca Santana in her book “Quando me descobri negra” (2015) as a form of (re)existence against racism. The study encompasses the journey of racial self-discovery of the writer, connecting it to other research that exposes similar narratives of black individuals seeking to understand their racial identity. It aims to deepen the understanding of the experiences lived by Bianca Santana, through her “escrevivência”, encompassing the traumas resulting from her experiences in a silenced space and exploring how literary expression becomes a form of (re)existence against racism. Based on the narratives present in “Quando me descobri negra”, we analyze the environments in which racism is nurtured, such as everyday circumstances within the family, school, and workplace, aiming to trace the path through which Bianca Santana navigates until fully embracing her black identity. Thus, a dialogue is promoted in which the perception of black identity is formed through a process that is subject to evolution and changes. Within this context of the socio-cultural elaboration of the writer’s identity, she acknowledges her blackness and, at the same time, understands herself as a political subject destinded to confront the persistent presence of racism in our society, often masked by the notion of racial democracy. One way to combat racism is to assume the role of protagonist of one’s own story, shaping one’s own reality through “escrevivência”. Therefore, the theoretical framework for the foundation of this research is the studies by Conceição Evaristo (2005, 2009, 2020) concerning the experience of “escrevivência” of black women who produce texts facing the intersection of gender, class, and racial oppressions. Thus, it is demonstrated that these individuals challenge forms of discrimination by constructing their own subjectivities. As a result of the study, it is argued that “escrevivência” constructs subjects capable of opposing racist and oppressive colonial logic. That is, “escrevivência” promotes the construction of a narrative of (re)existence. For this purpose, the theoretical foundation of this work is also based on the academic contributions of Carneiro (2005), Gonzalez (1982, 2018, 2020), Nascimento (2015, 2022), Santana (2020) and Sousa (1983), along with the works of Fanon (2008), Kilomba (2009), and Mbembe (2014), among others committed to racial issues.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)Esta dissertação discute a escrevivência da escritora Bianca Santana em seu livro Quando me descobri negra (2015) como uma forma de (re)existência ao racismo. O estudo abrange a jornada de autodescoberta racial da escritora, conectando-a a outras pesquisas que exploram narrativas similares de indivíduos negros que buscam compreender sua identidade racial. Ele visa aprofundar a compreensão das experiências vividas por Bianca Santana, por meio de sua escrevivência, abrangendo os traumas decorrentes de suas vivências em um espaço silenciado e explorando como a expressão literária se torna uma forma de (re)existência ao racismo. A partir das narrativas presentes em Quando me descobri negra, analisa-se os ambientes nos quais o racismo é nutrido, tais como as circunstâncias do dia a dia na família, na escola e no ambiente de trabalho, visando traçar o percurso pelo qual Bianca Santana transita até adotar plenamente sua identidade negra. Assim, promove-se um diálogo no qual a percepção da identidade negra é formada por meio de um processo que está sujeito a evoluções e alterações. Dentro desse contexto de elaboração sociocultural da identidade da escritora, ela reconhece sua negritude e, ao mesmo tempo, compreende-se como um sujeito político destinado a confrontar a persistente presença do racismo em nossa sociedade, frequentemente, mascarado pela ideia de democracia racial. Uma maneira de combater o racismo é assumir o papel de protagonista de sua própria história, moldando a própria realidade por meio da escrevivência. Logo, o escopo teórico para embasamento, desta pesquisa, são os estudos de Conceição Evaristo (2005, 2009, 2020) acerca da experiência da escrevivência das mulheres negras que produzem textos enfrentando a interseção de opressões de gênero, de classe e de raça. Com isso, demonstra-se que esses sujeitos desafiam as formas de discriminação ao construírem subjetividades próprias. Como resultado do estudo, sustenta-se que a escrevivência constrói sujeitos capazes de opor-se à lógica opressora e colonial racista. Isto é, a escrevivência promove a construção de uma narrativa de (re)existência. Para isso, a base teórica deste trabalho também é fundamentada nas contribuições acadêmicas de Carneiro (2005), Gonzalez (1982, 2018, 2020), Nascimento (2015, 2022), Santana (2020) e Sousa (1983), em conjunto com os trabalhos de Fanon (2008), Kilomba (2009) e Mbembe (2014), dentre outros comprometidos com as questões raciais.Universidade Federal de UberlândiaBrasilPrograma de Pós-graduação em Estudos LiteráriosBenfatti, Flávia Andrea Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/6412107397671158Tolomei, Cristiane Navarretehttp://lattes.cnpq.br/7094193706249489Oliveira, Rubenil da Silvahttp://lattes.cnpq.br/8814177911312131Sousa, Sílvia Teixeira de2024-09-26T14:37:28Z2024-09-26T14:37:28Z2024-02-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSOUSA, Sílvia Teixeira de. A escrevivência de Bianca Santana como (re)existência ao racismo em Quando me descobri negra. 2024. 120 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2024. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.199https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/43503http://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.199porhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFU2024-09-27T06:26:09Zoai:repositorio.ufu.br:123456789/43503Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2024-09-27T06:26:09Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false |
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