Trajetórias e fatores associados a qualidade de vida de mães de recém-nascidos pré-termos de muito baixo peso até três anos após o parto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moura, Magda Regina Silva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17778
https://doi.org/10.14393/ufu.te.2016.104
Resumo: Preterm birth is a public health problem worldwide. It holds growing global incidence rates, high mortality rates and a risk of the long-term sequelae in the newborn. It is also poses burden on the family and society. Mothers of very low birth weight (VLBW) preterm infants may develop psychological disorders, and impaired quality of life (QoL). Factors related to mothers and children in the postpartum period may be negatively associated with the QoL of these mothers. The aim of this study was to assess factors possibly associated with the QoL of mothers of VLBW preterm newborns during the first three years after birth. Mothers of VLBW preterm answered the World Health Organization Quality of Life (WHOQOL)-bref and the Beck Depression Inventory (BDI) in five time points up to 36 months postpartum, totalizing 260 observations. The WHOQOL–bref scores were compared and correlated with sociodemographic and clinical variables of mothers and children at discharge (T0) and at six (T1), twelve (T2), 24 (T3) and 36 (T4) months after the delivery. We used the Kruskal Wallis test to compared scores across different time points and correlated WHOQOL-bref scores with the sociodemographic and clinical variables of mothers and preterm infants. Multiple linear regression models were used to evaluate the contribution of these variables for the QoL of mothers. The WHOQOL–bref scores at T1 and T2 were higher when compared to scores in T0 in the physical health dimension (p = 0.013). BDI scores were also higher at T1 and T2 than those at T0 (p = 0.027). Among the maternal variables that contributed most to the QoL of mothers, there were: at T0, stable marital union (b= 13.60; p= 0.000) on the social relationships dimension, gestational age (b= 2.38; p= 0.010) in the physical health dimension; post-hemorrhagic hydrocephalus (b= -10.05; p= 0.010; b= -12.18; p= 0.013, respectively) in the psychological dimension; at T1 and T2, Bronchopulmonary dysplasia (b= -7.41; p= 0.005) and female sex (b= 8,094; p= 0.011) in the physical health dimension and environment, respectively. At T3, family income (b= -12.75’ p= 0.001) in the environment dimension, the SNAPPE neonatal severity score (b= -0.23; p= 0.027) on the social relationships dimension; at the T4, evangelical religion (b= 8.11; p= 0.019) and post-hemorrhagic hydrocephalus (b: -18.84 p: 0.001) on the social relationships dimension. The BDI scores were negatively associated with WHOQOL scores in all dimensions and at all times points: (-1.42 ≤ b ≤ -0.36; T0, T1, T2, T3 and T4). We conclude that mothers of preterm infants VLBW tend to have a transient improvement in the physical well-being during the first postpartum year. Their quality of life seems to return to levels at discharge between two and three years after delivery. The presence of maternal depressive symptoms and diagnosis of post-hemorrhagic hydrocephalus or BDP are factors negatively associated with the QoL of mothers. Social, religious and economic variables are positively associated with the QoL of mothers of VLBW preterm.
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The aim of this study was to assess factors possibly associated with the QoL of mothers of VLBW preterm newborns during the first three years after birth. Mothers of VLBW preterm answered the World Health Organization Quality of Life (WHOQOL)-bref and the Beck Depression Inventory (BDI) in five time points up to 36 months postpartum, totalizing 260 observations. The WHOQOL–bref scores were compared and correlated with sociodemographic and clinical variables of mothers and children at discharge (T0) and at six (T1), twelve (T2), 24 (T3) and 36 (T4) months after the delivery. We used the Kruskal Wallis test to compared scores across different time points and correlated WHOQOL-bref scores with the sociodemographic and clinical variables of mothers and preterm infants. Multiple linear regression models were used to evaluate the contribution of these variables for the QoL of mothers. The WHOQOL–bref scores at T1 and T2 were higher when compared to scores in T0 in the physical health dimension (p = 0.013). BDI scores were also higher at T1 and T2 than those at T0 (p = 0.027). Among the maternal variables that contributed most to the QoL of mothers, there were: at T0, stable marital union (b= 13.60; p= 0.000) on the social relationships dimension, gestational age (b= 2.38; p= 0.010) in the physical health dimension; post-hemorrhagic hydrocephalus (b= -10.05; p= 0.010; b= -12.18; p= 0.013, respectively) in the psychological dimension; at T1 and T2, Bronchopulmonary dysplasia (b= -7.41; p= 0.005) and female sex (b= 8,094; p= 0.011) in the physical health dimension and environment, respectively. At T3, family income (b= -12.75’ p= 0.001) in the environment dimension, the SNAPPE neonatal severity score (b= -0.23; p= 0.027) on the social relationships dimension; at the T4, evangelical religion (b= 8.11; p= 0.019) and post-hemorrhagic hydrocephalus (b: -18.84 p: 0.001) on the social relationships dimension. The BDI scores were negatively associated with WHOQOL scores in all dimensions and at all times points: (-1.42 ≤ b ≤ -0.36; T0, T1, T2, T3 and T4). We conclude that mothers of preterm infants VLBW tend to have a transient improvement in the physical well-being during the first postpartum year. Their quality of life seems to return to levels at discharge between two and three years after delivery. The presence of maternal depressive symptoms and diagnosis of post-hemorrhagic hydrocephalus or BDP are factors negatively associated with the QoL of mothers. Social, religious and economic variables are positively associated with the QoL of mothers of VLBW preterm.Tese (Doutorado)O nascimento prematuro é um problema de saúde pública mundial por apresentar uma taxa global crescente, elevado índice de morbimortalidade e alta probabilidade de sequelas nos recém-nascidos, além de gerar sobrecarga para a família e à sociedade. As mães de recém-nascido pré-termo (RNPT) podem desenvolver distúrbios psicológicos, além de prejuízo na qualidade de vida (QV). Fatores relacionados às mães e aos filhos no período pós-parto podem associar-se negativamente à qualidade de vida dessas mães. O objetivo deste estudo foi avaliar trajetórias e fatores possivelmente associados à qualidade de vida (QV) de mães de recém-nascidos pré-termos (RNPT) com muito baixo peso (MBP) durante os primeiros três anos após o parto. Mães de RNPT de MBP responderam o WHOQOL- abreviado e o IDB no momento da alta materna em cinco momentos até 36 meses pós-parto totalizando 260 observações. Escores do WHOQOL- abreviado foram comparados e correlacionados com variáveis sociodemográficas e clínicas das mães e das crianças, na alta materna (T0) e aos seis (T1), doze (T2), 24 (T3) e 36 (T4) meses após o parto. Os escores dos instrumentos foram comparados pelo teste de Kruskall Wallis ao longo do tempo e correlacionados com as variáveis sociodemográficas e clínicas das mães e dos RNPT. Modelos de regressão linear múltipla foram utilizados para avaliar a interferência dessas variáveis na QV das mães. Os escores do WHOQOL- abreviado das observações em T1 e T2 foram maiores comparados a T0 na dimensão física (75,00 e 75,00 versus 64,29) (p= 0,013) e no escore do IDB (6,00 e 5,00 versus 9,00) (p= 0,027). Dentre as variáveis que apresentaram impacto na QV destaca-se: Em T0 a união estável (b= 13,60 p= 0,000) na dimensão social, a idade gestacional (b= 2,38 p= 0,010) na dimensão física; Em T1 e T2, a Hidrocefalia pós-hemorrágica (b= -10,05 p= 0,010; b= -12,18 p= 0,013 respectivamente) na dimensão psicológica; Em T2 a Hidrocefalia pós hemorrágica na dimensão psicológica, a Broncodisplasia pulmonar (BDP) (b = -7,41 p= 0,005) e o sexo feminino (b= 8,094 p= 0,011) na dimensão física e meio ambiente respectivamente. Em T3 a renda familiar (b= -12,75 p= 0,001) na dimensão meio ambiente, o escore de gravidade neonatal SNAPPE (b= -0,23 p= 0,027) na dimensão social; e no momento T4 a religião evangélica (b= 8,11 p= 0,019) e a Hidrocefalia pós-hemorrágica (b= -18,84 p= 0,001) na dimensão social. O escore do IDB apresentou associação negativa em praticamente todas as dimensões em todos os momentos estudados: IDB (-1,42 ≤ b ≤ -0,36; T0, T1, T2, T3 e T4). Conclui-se que mães de RNPT de MBP tendem a apresentar melhora transitória no bem-estar físico durante o primeiro ano pós-parto retornando aos níveis do momento da alta entre dois e três anos depois do parto. A presença de sintomas depressivos maternos e diagnóstico de Hidrocefalia pós-hemorrágica ou BDP são fatores associados a impacto negativo na QV das mães. Variáveis sociais, religiosas e econômicas também são fatores associados importantes na QV de mães de RNPT de MBP.Universidade Federal de UberlândiaBrasilPrograma de Pós-graduação em Ciências da SaúdeAbdallah, Vânia Olivetti Steffenhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794569U1Silva, Carlos Henrique Martins dahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767721U0Morales, Nívea de Macedo Oliveirahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4138236J8Rezende, Carlos Henrique Alveshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794556A1Rocha, Neusa Sica dahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797681Z3Martinez, Francisco Eulógiohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783735P2Moura, Magda Regina Silva2016-09-26T16:00:57Z2016-09-26T16:00:57Z2016-07-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMOURA, Magda Regina Silva. Trajetórias e fatores associados a qualidade de vida de mães de recém-nascidos pré-termos de muito baixo peso até três anos após o parto. 2016. 129 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2016. DOI https://doi.org/10.14393/ufu.te.2016.104https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17778https://doi.org/10.14393/ufu.te.2016.104porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFU2020-09-17T22:50:08Zoai:repositorio.ufu.br:123456789/17778Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2020-09-17T22:50:08Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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