Desenvolvimento de biossensor eletroquímico funcionalizado com rodamina 6G para detecção de micobactérias

• Autor(a) principal: Riello, Fabiane Nunes
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/25205; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2019.1239
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; Eletroquímica; Biossensores; Micobactérias; Hanseníase; Tuberculose; Rodamina; Ciências médicas; Eletrodos; Doenças - Diagnóstico; Electrochemistry; Biosensors; Mycobacteria; Leprosy; Tuberculosis; Rhodamine

Métodos que envolvem a detecção eletroquímica têm mostrado novas possibilidades para o diagnóstico de várias doenças. Porém apresentam algumas limitações. Buscando novos meios de funcionalização da superfície dos eletrodos comerciais descartáveis para aderência e reconhecimento de biomoléculas de forma eficiente e com menor custo, utilizou-se a rodamina 6G para funcionalizar eletrodos screen-printed de grafite. Amostras de micobactérias foram utilizadas como modelo experimental devido à procura por novas técnicas de diagnóstico mais sensíveis para doenças infecciosas. O anticorpo específico para cada micobactéria foi imobilizado na superfície dos eletrodos funcionalizados e amostras de cultura de tuberculose (TB) e raspado de contatos e pacientes com hanseníase foram detectadas através de leituras em voltametria cíclica e voltametria de pulso diferencial em potenciostato portátil. Eletrodos funcionalizados com rodamina 6G estabilizaram a área de trabalho dos eletrodos funcionalizando-os para maior aderência de biomoléculas. Todas as amostras de cultura de tuberculose foram detectadas e diferenciadas de outras espécies de micobactérias (exceto M. avium). O teste com biossensores eletroquímicos para detecção de M. leprae demonstrou ser mais sensível com 88,4% de sensibilidade para as amostras de raspado dérmico testadas do que o ELISA (74,4%) e a PCR em tempo real (qPCR) (72,1%), técnicas laboratoriais usadas atualmente para auxiliar no diagnóstico da hanseníase. O biossensor desenvolvido possui vantagens como baixo custo, simplicidade na preparação e imobilização, portabilidade, especificidade, sensibilidade, reprodutibilidade, estabilidade, resposta rápida e tem grande potencial para ser utilizado na detecção, reconhecimento e diagnóstico de biomoléculas que que possuam carboidratos na sua estrutura. Importante enfatizar que a plataforma desenvolvida mostrou-se inovadora e pioneira para detecção de bacilos de M. leprae podendo ser incorporada com outras técnicas de diagnóstico para identificar contatos assintomáticos auxiliando na detecção e tratamento precoce da hanseníase.