Modelo de estimativa da produtividade de cafeeiros no Cerrado com base em métricas da paisagem

• Autor(a) principal: Cunha, Jorge Eduardo Ferreira
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/34685; http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.141
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::CIENCIA DO SOLO::MANEJO E CONSERVACAO DO SOLO; CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL::CONSERVACAO DA NATUREZA::CONSERVACAO DE BACIAS HIDROGRAFICAS; Fragilidade Ambiental; Produtividade; Cafeicultura; Sustentabilidade; Environmental Fragility; Coffee growing; Productivity; Sustainability; Agronomia; Café - Cultivo - Patrocínio (MG); Equilíbrio ambiental - Patrocínio (MG)

Neste estudo associamos os níveis de fragilidade ambiental (FA) de áreas amplamente ocupadas por cafeicultura com os índices de produtividade das lavouras. Usamos como estudo de caso a bacia do Córrego Feio, em Patrocínio. Mapeamos a fragilidade ambiental da bacia do córrego nos anos de 2016 a 2019 a partir do método de Ross (1994), com nossas adaptações. Com base nas observações da FA e da produtividade de sacas de café beneficiadas por hectare de uma área de estudo, criamos um modelo para a estimativa do potencial produtivo de lavouras cafeeiras e o testamos na bacia do Córrego Feio; repetimos o experimento em uma região externa à área de estudo para validar a aplicabilidade do modelo preditivo que criamos. Nesta região externa, comparamos os níveis de produtividade preditos pelo modelo com FA e os dados históricos, de observação de campo, das áreas cafeeiras para os anos de 2016, 2018 e 2020. O modelo adaptado para predição de potencial produtivo mostrou alta correlação no teste de regressão (R² médio = 0,9). Na etapa posterior, aplicamos o modelo preditivo em uma área dentro da bacia do Córrego Feio, cujos dados históricos de produtividade também nos foram disponibilizados. Até aqui conseguimos diagnosticar que a bacia do Córrego Feio é heterogênea quanto aos níveis de fragilidade ambiental e há alguma associação com o uso e ocupação do solo. Destarte, a bacia do Córrego Feio possui áreas de maior fragilidade em sua porção central, ocupadas principalmente por campos cerrados ou atividades de alto impacto ambiental, como pastagens degradadas e sistema convencional de plantio. Já as áreas de baixa fragilidade ambiental são majoritariamente ocupadas por cafeicultura; porém existe uma tendência de substituição por sistema de cultivos anuais, o que é perigoso para a conservação e, consequentemente, para a produção cafeeira da região. Com os resultados da associação destes níveis de fragilidade com os níveis produtivos do cafeeiro, mostramos que existe uma relação inversamente proporcional, onde quanto maior a fragilidade ambiental de uma área, menor o seu potencial produtivo. O uso da FA como métrica de apoio à tomada de decisão no cultivo do café reforça a importância da conservação da natureza, incentivando práticas sustentáveis do uso dos recursos naturais e do planejamento da ocupação.