Estudo prospectivo de 2 anos sobre fatores associados ao reparo apical e dor pós-operatória em molares jovens tratados endodonticamente

• Autor(a) principal: Cunha, Suely Aparecida da
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29322; http://doi.org/10.14393/ufu.te.2020.306
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; Dor; Tecido periapical; Saúde pública; Tratamento endodôntico; Pain; Periapical tissue; Public health; Endodontic treatment

A progressão das lesões de cárie em dentes molares permanentes de pacientes jovens, frequentemente resulta em tratamento endodôntico. Este estudo prospectivo de coorte teve como objetivo avaliar a incidência de dor e reparo apical após tratamento endodôntico de dentes molares jovens e identificar fatores associados aos resultados do tratamento. O tratamento endodôntico foi realizado por estudantes de graduação em dentes molares permanentes (n=75) de pacientes jovens de 9 a 17 anos de idade (n=60) na Clínica de Extensão Endodôntica e Restauradora da Universidade Federal de Uberlândia, Brasil. Foi utilizada instrumentação oscilatória com o sistema Protaper Next (Dentsply) e obturação empregando dois cimentos endodônticos (Sealer 26, Dentsply e AH Plus, Dentsply) definidas de forma aleatória nos dentes tratados. Após o tratamento endodôntico realizou-se restauração direta em resina composta. Dois desfechos primários foram considerados: 1- reparo apical e 2- dor pós-operatória, avaliados após 12 e 24 meses. Os dados longitudinais foram analisados por taxas de incidência e regressão do modelo misto usando as Equações de Estimativa Generalizadas (GEE). Ao final dos 2 anos foram avaliados 69 dentes de 54 pacientes. As incidências de reparo apical e dentes assintomáticos foram respectivamente: 90,5% e 89,3%, 96,8% e 90,0% após 1 e 2 anos. A falha do reparo apical foi associada ao tratamento endodôntico insatisfatório (P = 0,003) e condições periapicais (P = 0,007), bem como a interação delas (P = 0,016). Nenhuma dessas variáveis independentes foi capaz de prever a ocorrência de dor nos períodos de acompanhamento. O tratamento endodôntico mostrou resultados satisfatórios no período de 2 anos de avaliação. Nenhum efeito significativo do tipo de cimento endodôntico foi observado nos parâmetros analisados. O tratamento endodôntico de dentes molares jovens associados a restaurações de resina composta, realizado por estudantes de graduação tem papel relevante na redução do risco de perda dos dentes permanentes, tendo, portanto, significativo impacto social.