Agronegócio e controle de terras por agentes estrangeiros no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: o grupo Bunge Açúcar e Bioenergia
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFU |
Texto Completo: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/28856 http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.274 |
Resumo: | O debate em torno do processo de estrangeirização da terra, entendido neste trabalho como controle do território pelo capital estrangeiro – o poder de controlar o território e as territorialidades – intensificou-se a partir da convergência de crises sobretudo após 2008. A estrangeirização está inserida dentro de um fenômeno global, o do land grabbing que trata da apropriação de terras recente, cuja origem dos agentes impulsionadores do processo não necessariamente está ligada ao capital estrangeiro. O Brasil tem sido um dos principais alvos do processo de estrangeirização de terras e apresenta diferentes peculiaridades, como diferentes formas de apropriação e controle do território. Esse controle pode se dar por vias diretas, através de compra e/ou arrendamento de terras, ou indireta, por meio do controle de recursos naturais, relações de trabalho e toda a cadeia produtiva. A mesorregião geográfica do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, nosso recorte territorial, nesta pesquisa tem sido afetado pela estrangeirização da terra, onde os maiores controladores são as empresas do setor sucroenergético com capital de origem majoritariamente estadunidense. A partir do estudo da territorialização do agronegócio estrangeiro, o nosso objetivo é entender o processo de estrangeirização de terras na mesorregião, analisando as dinâmicas territoriais a partir da Bunge Açúcar e Bioenergia. Compreendemos que a territorialização e controle destas empresas de capital estrangeiro ocorre de forma heterogênea tanto no território nacional quanto da mesorregião, onde as formas de apropriação e os usos do território ocorrem de formas distintas. A Bunge tem se apropriado do território majoritariamente pelas vias de arrendamento para a produção de cana-de-açúcar, incorporando áreas que antes eram destinadas a cultivos de grãos, alimentos e pecuária, modificando a dinâmica produtiva da região. Entendemos que o processo de estrangeirização da terra leva a uma perda da soberania nacional e também alimentar, além de desterritorializar camponeses e outros povos do campo. |
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2020-02-28T17:36:22Z2020-02-28T17:36:22Z2020-02-21SANTOS, Patrícia. Agronegócio e controle de terras por agentes estrangeiros no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: o grupo Bunge Açúcar e Bioenergia. 2020. 131 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020. Disponível em: : http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.274.https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/28856http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.274O debate em torno do processo de estrangeirização da terra, entendido neste trabalho como controle do território pelo capital estrangeiro – o poder de controlar o território e as territorialidades – intensificou-se a partir da convergência de crises sobretudo após 2008. A estrangeirização está inserida dentro de um fenômeno global, o do land grabbing que trata da apropriação de terras recente, cuja origem dos agentes impulsionadores do processo não necessariamente está ligada ao capital estrangeiro. O Brasil tem sido um dos principais alvos do processo de estrangeirização de terras e apresenta diferentes peculiaridades, como diferentes formas de apropriação e controle do território. Esse controle pode se dar por vias diretas, através de compra e/ou arrendamento de terras, ou indireta, por meio do controle de recursos naturais, relações de trabalho e toda a cadeia produtiva. A mesorregião geográfica do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, nosso recorte territorial, nesta pesquisa tem sido afetado pela estrangeirização da terra, onde os maiores controladores são as empresas do setor sucroenergético com capital de origem majoritariamente estadunidense. A partir do estudo da territorialização do agronegócio estrangeiro, o nosso objetivo é entender o processo de estrangeirização de terras na mesorregião, analisando as dinâmicas territoriais a partir da Bunge Açúcar e Bioenergia. Compreendemos que a territorialização e controle destas empresas de capital estrangeiro ocorre de forma heterogênea tanto no território nacional quanto da mesorregião, onde as formas de apropriação e os usos do território ocorrem de formas distintas. A Bunge tem se apropriado do território majoritariamente pelas vias de arrendamento para a produção de cana-de-açúcar, incorporando áreas que antes eram destinadas a cultivos de grãos, alimentos e pecuária, modificando a dinâmica produtiva da região. Entendemos que o processo de estrangeirização da terra leva a uma perda da soberania nacional e também alimentar, além de desterritorializar camponeses e outros povos do campo.The debate over the process of land foreignization has intensified as a result of the convergence of crises, especially after 2008. Such process is understood in this work as the control of territory by foreign capital. That is, the power to control the territory and the territorialities. The foreignization is inserted within a global phenomenon known as land grabbing, which regards to the recent appropriation of lands, whose propelling agents’ origin of this process are not necessarily related to the foreign capital. Brazil has been one of the main targets of the process of land foreignization and presents different peculiarities such as different ways of territory control and appropriation. This control can take place directly, through the purchase and / or lease of land, or indirectly, through the control of natural resources, labor relations and the entire production chain. The geographic mesoregion of the Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba, our territorial section in this research, has been affected by the foreignerization, where the biggest controllers are the companies in the sugar-energy sector with mostly American capital. Based on the study of the territorialization of foreign agribusiness, our objective is to comprehend the process of foreignization of the land in the mesoregion, analyzing the territorial dynamics by Bunge Açúcar e Bioenergia. We understand that foreign capital companies’ foreignization and control occur heterogeneously, both in the national territory and in the mesoregion, where the forms of appropriation and the uses of the territory happen in distinctive ways. Bunge has appropriated the territory mainly through leasing lands for the production of sugar cane, incorporating areas which were originally used for growing grains, food and livestock, and thus, modifying the production dynamics of the region. We comprehend that the process of land foreignization leads to not only the loss of national but also food sovereignty, in addition to deterritorializing peasants and other rural peoples.FAPEMIG - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas GeraisDissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em GeografiaBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANASEstrangeirização da terraLand foreignizationTriângulo Mineiro/Alto ParanaíbaBunge Açúcar e BioenergiaSetor SucroenergéticoSugar-energy sectorAgronegócio e controle de terras por agentes estrangeiros no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: o grupo Bunge Açúcar e BioenergiaAgribusiness and land control by foreign agents in the Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: Bunge Açúcar e Bioenergia groupinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCleps Junior, Joãohttp://lattes.cnpq.br/1525603220583356Pereira, Mirlei Fachini Vicentehttp://lattes.cnpq.br/8042853925633530Matos, Patrícia Francisca dehttp://lattes.cnpq.br/3912782506749153http://lattes.cnpq.br/4652029726573662Santos, Patrícia13169800432info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUORIGINALAgronegocioControleTerras.pdfAgronegocioControleTerras.pdfDissertaçãoapplication/pdf4659019https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28856/3/AgronegocioControleTerras.pdf502813ad4a3226df27308c84ed6ca8b9MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28856/4/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD54TEXTAgronegocioControleTerras.pdf.txtAgronegocioControleTerras.pdf.txtExtracted texttext/plain283498https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28856/5/AgronegocioControleTerras.pdf.txtd3a0e7d6726a70412200779dd0920f1cMD55THUMBNAILAgronegocioControleTerras.pdf.jpgAgronegocioControleTerras.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1285https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28856/6/AgronegocioControleTerras.pdf.jpg839f2a8b52f79e7cae0dea196cb1d7adMD56123456789/288562020-02-29 03:15:33.041oai:repositorio.ufu.br:123456789/28856w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2020-02-29T06:15:33Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false |
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