Reação de híbridos de milho ao complexo de patógenos causadores de grãos ardidos e levantamento dos principais fungos associados a essa doença em Minas Gerais

• Autor(a) principal: Anderson Monteiro Caries
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/42605
• topic: Milho; Patógenos; Grãos ardidos; CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA

A podridão de espigas e de grãos de milho, também conhecida como "grão ardido" , vem ganhando destaque no Brasil nos últimos anos pelo aumento de sua incidência e pelas perdas provocadas na produtividade. São causadas por um complexo de fungos dos quais os mais freqüentemente detectados são Fusarium moniliforme, Fusarium graminearum, Diplodia maydis e Diplodia macrospora. O objetivo desse trabalho foi identificar os patógenos associados a híbridos de milho no Estado de Minas Gerais, verificando seu comportamento em relação à incidência e severidade dos grãos ardidos. O experimento foi conduzido em Iraí de Minas, São Bento Abade, Boa Esperança, no período de maio de 2006 a agosto de 2007. Os tratamentos foram constituídos de 96 híbridos, delineados em blocos casualizados com 3 repetições. Quando a cultura atingiu o ponto de colheita, as espigas da parcela experimental foram colhidas mecanicamente, com uma colhedora automotriz (SLC- JOHN DEERE - 1175) com plataforma de 4 linhas, adaptada para colheita de parcelas, o peso e umidade dos grãos foram determinados no momento da colheita por um sistema de balança e determinador de umidade. A produtividade bruta foi determinada a partir dos valores de pesos obtidos na colheita, fazendo a transformação para kg.ha-1 e corrigido a umidade para 13%. Para determinação da percentagem de grãos ardidos, retirou-se uma amostra de 500g de grãos de cada parcela, os grãos que apresentavam sintomatologia característica foram separados manualmente e posteriormente pesados. A produtividade líquida foi obtida retirando-se a porcentagem de grãos ardidos do valor da produtividade bruta. A seguir, as amostras de grãos ardidos foram levadas ao Laboratório de Fitopatologia da Syngenta Seeds Ltda, unidade Uberlândia - MG, onde foi feita a identificação dos patógenos envolvidos. Conclui-se que: 1) Iraí de Minas foi o local que apresentou os menores tetos de produtividade bruta e líquida, porém foi o local que apresentou a menor perda média de produtividade 2) os patógenos observados com maior freqüência foram Fusarium moniliforme e Diplodia spp.; 3) Boa Esperança foi o local com maior severidade de grãos ardidos.