Impacto da fadiga secundária à quimioterapia na qualidade de vida de mulheres com câncer de mama

• Autor(a) principal: Campos, Cristiane Soares
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24706; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2019.305
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIA; Fadiga; Quimioterapia; Qualidade de Vida; Câncer de Mama; Fatigue; Chemotherapy; Quality of life; Breast Cancer; Ciências médicas; Mamas - Câncer - Quimioterapia

Introdução: A fadiga secundária à quimioterapia (FSQ) é um efeito adverso que interfere profundamente na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de pacientes com câncer; conhecer melhor a fadiga, permitirá o desenvolvimento de intervenções adequadas para prevenção, manejo e controle deste efeito adverso. Objetivos: Avaliar a FSQ e suas repercussões sobre a QVRS em mulheres com câncer de mama em quimioterapia (QT). Material e métodos: Estudo prospectivo, misto, com 47 mulheres atendidas em um Hospital Universitário do Triângulo Mineiro. Foram coletados dados referentes a FSQ e a QVRS em dois momentos (T1 e T2), através do Pictograma de Fadiga, da Escala de Fadiga de Piper Revisada e do EORTC QLQ- C30. Foi utilizado o Teste T pareado para a comparação das médias, e o coeficiente de correlação de Spearman para análise da associação entre as variáveis. Para investigação qualitativa, foram aplicadas as questões abertas da Escala de Fadiga de Piper Revisada e as respostas posteriormente analisadas e submetidas à análise de conteúdo. Resultados: A maior frequência foi de mulheres com fadiga moderada - 48,94% (T1), 53,19% (T2) – e a dimensão mais afetada foi a afetiva. Como causas para a fadiga foram descritas seis categorias: medo e preocupação; quimioterapia; estado emocional/psicológico; desajustes no relacionamento familiar; alteração na autoimagem; esforço físico/atividades diárias. Como recursos para alívio da fadiga, cinco categorias foram apontadas: buscar a Deus; banho; repouso; medidas de distração; chorar. A QVRS apresentada foi razoável; e não houve alteração significativa (p=0,842) entre os tempos. As associações entre as variáveis fadiga total e estado geral de saúde/QV (p= 0,012), função social (p=0,022) e dor (p<0,01) foram significativas apenas em T2. Esses resultados sugerem que quanto mais persistente a FSQ, maior poderá ser o comprometimento da QVRS. Considerações finais: A FSQ promove mudanças na QVRS e compromete funcional, emocional e socialmente as mulheres. Faz-se necessário uma escuta mais atenta, que valorize as queixas da cliente; além da investigação de medidas mais efetivas para o gerenciamento e manejo da FSQ e consequentemente a prevenção ou reestabelecimento dos aspectos da QVRS que apresentem prejuízos.