A felicidade cartesiana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFU |
Texto Completo: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/22307 http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.400 |
Resumo: | O objetivo geral deste trabalho é analisar a concepção cartesiana da felicidade. Essa análise está guiada principalmente por dois objetivos específicos. O primeiro consiste em mostrar a relação da felicidade cartesiana com a tradição grega antiga. O segundo trata de mostrar a íntima conexão entre a felicidade e a Filosofia tal e como Descartes a entende. Descartes introduz uma nova forma de entender a ideia de felicidade. Decerto, Descartes não pode ignorar a tradição grega antiga no momento de formular sua própria definição de felicidade e, de fato, concorda com os filósofos gregos ao ligar a felicidade e a natureza do ser humano. Mas, como Descartes entende a natureza humana de forma diferente à tradição grega antiga, também sente a necessidade de revisar o modelo tradicional para pensar a felicidade. Dessa forma, Descartes se afasta da concepção tradicional e afirma que a felicidade consiste no maior contentamento e na tranquilidade interior que desfrutam os indivíduos que possuem o bem supremo, a virtude. A felicidade cartesiana não ocupa o lugar do bem supremo, tal e como era normalmente aceito na tradição grega. Realmente, essa beatitude é resultado da prática da virtude, ou, em outras palavras, ela é resultado do processo constante de um indivíduo para aperfeiçoar sua própria natureza. Para desenvolver esse processo adequadamente, é mister conhecer realmente qual é essa natureza do ser humano para assim estabelecer quais são suas capacidades e limites. A felicidade cartesiana está relacionada com a natureza do ser humano e deve ser estudada pela Filosofia. Ela está fundada no conhecimento da verdadeira natureza humana que consiste na união substancial entre a alma e o corpo. Só assim podemos ter o conhecimento verdadeiro de nossas faculdades, do mais alto ponto que elas podem alcançar e das verdadeiras razões para estimar-nos adequadamente. Para alcançar essa felicidade natural só precisamos fazer bom uso de nossas faculdades, isto é, precisamos exercer a virtude. Aperfeiçoar nossa natureza nos conduzirá a saber como usar os instrumentos naturais de nossa mente e de nosso corpo da melhor forma possível e isso nos fará merecedores da felicidade. A Filosofia tem um lugar muito importante nesse processo de aperfeiçoamento de nossa natureza porque ela consiste em um exercício virtuoso de nossas capacidades naturais. As verdades que podemos descobrir graças ao exercício filosófico, nos ajudam a entender melhor nossa relação com Deus, com sua criação e com os indivíduos, e nos ajudam a viver melhor. A prática constante da virtude nos permite potencializar ao máximo nossas faculdades e nos permite alcançar uma consideração da infinita bondade divina que nos faz amar a Deus corretamente. O sábio cartesiano consegue aperfeiçoar sua natureza tanto quanto é possível, logra viver da melhor forma que sua natureza permite e ama a Deus de tal forma que recebe favoravelmente tudo o que acontece. Dessa forma, logra gozar do maior contentamento nesta vida, a felicidade moderna cartesiana. |
id |
UFU_f35ded5c23854ca81ce8c3891e3696c5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufu.br:123456789/22307 |
network_acronym_str |
UFU |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFU |
repository_id_str |
|
spelling |
2018-08-16T18:07:38Z2018-08-16T18:07:38Z2018-03-15LOPEZ, Marvin Sebastián Estrada . A felicidade cartesiana. 2018. 143 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.400https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/22307http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.400O objetivo geral deste trabalho é analisar a concepção cartesiana da felicidade. Essa análise está guiada principalmente por dois objetivos específicos. O primeiro consiste em mostrar a relação da felicidade cartesiana com a tradição grega antiga. O segundo trata de mostrar a íntima conexão entre a felicidade e a Filosofia tal e como Descartes a entende. Descartes introduz uma nova forma de entender a ideia de felicidade. Decerto, Descartes não pode ignorar a tradição grega antiga no momento de formular sua própria definição de felicidade e, de fato, concorda com os filósofos gregos ao ligar a felicidade e a natureza do ser humano. Mas, como Descartes entende a natureza humana de forma diferente à tradição grega antiga, também sente a necessidade de revisar o modelo tradicional para pensar a felicidade. Dessa forma, Descartes se afasta da concepção tradicional e afirma que a felicidade consiste no maior contentamento e na tranquilidade interior que desfrutam os indivíduos que possuem o bem supremo, a virtude. A felicidade cartesiana não ocupa o lugar do bem supremo, tal e como era normalmente aceito na tradição grega. Realmente, essa beatitude é resultado da prática da virtude, ou, em outras palavras, ela é resultado do processo constante de um indivíduo para aperfeiçoar sua própria natureza. Para desenvolver esse processo adequadamente, é mister conhecer realmente qual é essa natureza do ser humano para assim estabelecer quais são suas capacidades e limites. A felicidade cartesiana está relacionada com a natureza do ser humano e deve ser estudada pela Filosofia. Ela está fundada no conhecimento da verdadeira natureza humana que consiste na união substancial entre a alma e o corpo. Só assim podemos ter o conhecimento verdadeiro de nossas faculdades, do mais alto ponto que elas podem alcançar e das verdadeiras razões para estimar-nos adequadamente. Para alcançar essa felicidade natural só precisamos fazer bom uso de nossas faculdades, isto é, precisamos exercer a virtude. Aperfeiçoar nossa natureza nos conduzirá a saber como usar os instrumentos naturais de nossa mente e de nosso corpo da melhor forma possível e isso nos fará merecedores da felicidade. A Filosofia tem um lugar muito importante nesse processo de aperfeiçoamento de nossa natureza porque ela consiste em um exercício virtuoso de nossas capacidades naturais. As verdades que podemos descobrir graças ao exercício filosófico, nos ajudam a entender melhor nossa relação com Deus, com sua criação e com os indivíduos, e nos ajudam a viver melhor. A prática constante da virtude nos permite potencializar ao máximo nossas faculdades e nos permite alcançar uma consideração da infinita bondade divina que nos faz amar a Deus corretamente. O sábio cartesiano consegue aperfeiçoar sua natureza tanto quanto é possível, logra viver da melhor forma que sua natureza permite e ama a Deus de tal forma que recebe favoravelmente tudo o que acontece. Dessa forma, logra gozar do maior contentamento nesta vida, a felicidade moderna cartesiana.The general aim of this dissertation is to offer an analysis of the Cartesian concept of happiness. Two specific topics guide this analysis. The first one is the relation between Cartesian happiness and the theories about this subject of some Ancient Greek philosophers. The second one is the close connection between this idea of happiness and Descartes's particular conception of Philosophy. Descartes introduces a new manner to understand the idea of happiness. However, to state his own definition of happiness, Descartes cannot ignore the Ancient Greek theories and, in fact, he accepts the link between happiness and human nature, one of the typical features of those theories. However, Descartes understands human nature in a different way and feels that the Ancient Greek model needs a revision. Thus, Descartes differs from the traditional Greek theories and affirms that happiness consists in the greatest contentment and the inner satisfaction that the virtuous people enjoy. Cartesian happiness is not the supreme good, which was one of the distinctive features of the Ancient Greek theories. Indeed, that béatitude is the result of the practice of virtue. In other words, Cartesian happiness is the result of the constant process of perfection of human nature. To develop this process correctly, it is necessary to know the real nature of human beings to establish their real abilities and limits. Cartesian happiness is related to human nature and it should be subject of philosophical reflection. The knowledge of real human nature, i.e. soul-body substantial union, is the foundation of this happiness. Only by acknowledging this, we will be able to know our faculties, the highest perfection they can reach and the real motives to esteem ourselves correctly. To attain that natural happiness we only have to use our natural faculties well, i.e. we have to practice virtue. This perfection of our human nature will lead us to acknowledge which is the best use of the natural abilities of our minds and our bodies and that will produce our happiness. Cartesian Philosophy is a virtuous exercise of our natural faculties. That is why this Philosophy occupies a very important place in this process of perfection of human nature. Besides, the truths we discover using Philosophy help us understand our proper relationship with God, with His Creation, and with other people, and thus, they help us lead a better life. The continued practice of virtue allows us to potentiate our faculties to the highest level possible. All of that knowledge leads us to consider the infinite goodness of God and makes us love Him correctly. The Cartesian wise person can perfect her nature as much as possible, can lead the best life her nature permits, and loves God so much that she is able to accept favorably all the events of the world. Therefore, this wise person enjoys the greatest contentment of this life, the modern Cartesian happiness.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em FilosofiaBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA::HISTORIA DA FILOSOFIAFelicidadeVirtudeVontadeEstima de siGenerosidadeSabedoriaHappinessVirtueWillSelf-esteemGenerosityWisdomFilosofiaFelicidade - FilosofiaVirtudes - FilosofiaA felicidade cartesianaCartesian Happinessinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSoares, Alexandre Guimarães Tadeu dehttp://lattes.cnpq.br/7064057364143048Starzyński, Wojciechhttp://lattes.cnpq.br/5670033754838702Seneda, Marcos Césarhttp://lattes.cnpq.br/9151138206391021http://lattes.cnpq.br/0972007309666737López, Marvin Sebastián Estrada143cfc6af78-95df-434f-8cba-ff3aa9588d23info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUORIGINALFelicidadeCartesiana.pdfFelicidadeCartesiana.pdfDissertaçãoapplication/pdf2648304https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22307/2/FelicidadeCartesiana.pdfbe74f0630363ac9a6959fbf567c87470MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22307/3/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD53TEXTFelicidadeCartesiana.pdf.txtFelicidadeCartesiana.pdf.txtExtracted texttext/plain425163https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22307/4/FelicidadeCartesiana.pdf.txtc03ea9aa989e477515ddef99f2b71324MD54THUMBNAILFelicidadeCartesiana.pdf.jpgFelicidadeCartesiana.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1140https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22307/5/FelicidadeCartesiana.pdf.jpgf867da4b33886516f40363243e618dd0MD55123456789/223072020-01-27 14:13:38.841oai:repositorio.ufu.br:123456789/22307w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2020-01-27T17:13:38Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A felicidade cartesiana |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Cartesian Happiness |
title |
A felicidade cartesiana |
spellingShingle |
A felicidade cartesiana López, Marvin Sebastián Estrada CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA::HISTORIA DA FILOSOFIA Felicidade Virtude Vontade Estima de si Generosidade Sabedoria Happiness Virtue Will Self-esteem Generosity Wisdom Filosofia Felicidade - Filosofia Virtudes - Filosofia |
title_short |
A felicidade cartesiana |
title_full |
A felicidade cartesiana |
title_fullStr |
A felicidade cartesiana |
title_full_unstemmed |
A felicidade cartesiana |
title_sort |
A felicidade cartesiana |
author |
López, Marvin Sebastián Estrada |
author_facet |
López, Marvin Sebastián Estrada |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Soares, Alexandre Guimarães Tadeu de |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7064057364143048 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Starzyński, Wojciech |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5670033754838702 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Seneda, Marcos César |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9151138206391021 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0972007309666737 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
López, Marvin Sebastián Estrada |
contributor_str_mv |
Soares, Alexandre Guimarães Tadeu de Starzyński, Wojciech Seneda, Marcos César |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA::HISTORIA DA FILOSOFIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA::HISTORIA DA FILOSOFIA Felicidade Virtude Vontade Estima de si Generosidade Sabedoria Happiness Virtue Will Self-esteem Generosity Wisdom Filosofia Felicidade - Filosofia Virtudes - Filosofia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Felicidade Virtude Vontade Estima de si Generosidade Sabedoria Happiness Virtue Will Self-esteem Generosity Wisdom Filosofia Felicidade - Filosofia Virtudes - Filosofia |
description |
O objetivo geral deste trabalho é analisar a concepção cartesiana da felicidade. Essa análise está guiada principalmente por dois objetivos específicos. O primeiro consiste em mostrar a relação da felicidade cartesiana com a tradição grega antiga. O segundo trata de mostrar a íntima conexão entre a felicidade e a Filosofia tal e como Descartes a entende. Descartes introduz uma nova forma de entender a ideia de felicidade. Decerto, Descartes não pode ignorar a tradição grega antiga no momento de formular sua própria definição de felicidade e, de fato, concorda com os filósofos gregos ao ligar a felicidade e a natureza do ser humano. Mas, como Descartes entende a natureza humana de forma diferente à tradição grega antiga, também sente a necessidade de revisar o modelo tradicional para pensar a felicidade. Dessa forma, Descartes se afasta da concepção tradicional e afirma que a felicidade consiste no maior contentamento e na tranquilidade interior que desfrutam os indivíduos que possuem o bem supremo, a virtude. A felicidade cartesiana não ocupa o lugar do bem supremo, tal e como era normalmente aceito na tradição grega. Realmente, essa beatitude é resultado da prática da virtude, ou, em outras palavras, ela é resultado do processo constante de um indivíduo para aperfeiçoar sua própria natureza. Para desenvolver esse processo adequadamente, é mister conhecer realmente qual é essa natureza do ser humano para assim estabelecer quais são suas capacidades e limites. A felicidade cartesiana está relacionada com a natureza do ser humano e deve ser estudada pela Filosofia. Ela está fundada no conhecimento da verdadeira natureza humana que consiste na união substancial entre a alma e o corpo. Só assim podemos ter o conhecimento verdadeiro de nossas faculdades, do mais alto ponto que elas podem alcançar e das verdadeiras razões para estimar-nos adequadamente. Para alcançar essa felicidade natural só precisamos fazer bom uso de nossas faculdades, isto é, precisamos exercer a virtude. Aperfeiçoar nossa natureza nos conduzirá a saber como usar os instrumentos naturais de nossa mente e de nosso corpo da melhor forma possível e isso nos fará merecedores da felicidade. A Filosofia tem um lugar muito importante nesse processo de aperfeiçoamento de nossa natureza porque ela consiste em um exercício virtuoso de nossas capacidades naturais. As verdades que podemos descobrir graças ao exercício filosófico, nos ajudam a entender melhor nossa relação com Deus, com sua criação e com os indivíduos, e nos ajudam a viver melhor. A prática constante da virtude nos permite potencializar ao máximo nossas faculdades e nos permite alcançar uma consideração da infinita bondade divina que nos faz amar a Deus corretamente. O sábio cartesiano consegue aperfeiçoar sua natureza tanto quanto é possível, logra viver da melhor forma que sua natureza permite e ama a Deus de tal forma que recebe favoravelmente tudo o que acontece. Dessa forma, logra gozar do maior contentamento nesta vida, a felicidade moderna cartesiana. |
publishDate |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-08-16T18:07:38Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-08-16T18:07:38Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-03-15 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
LOPEZ, Marvin Sebastián Estrada . A felicidade cartesiana. 2018. 143 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.400 |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/22307 |
dc.identifier.doi.pt_BR.fl_str_mv |
http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.400 |
identifier_str_mv |
LOPEZ, Marvin Sebastián Estrada . A felicidade cartesiana. 2018. 143 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.400 |
url |
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/22307 http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.400 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Uberlândia |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Filosofia |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Uberlândia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFU instname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU) instacron:UFU |
instname_str |
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) |
instacron_str |
UFU |
institution |
UFU |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFU |
collection |
Repositório Institucional da UFU |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22307/2/FelicidadeCartesiana.pdf https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22307/3/license.txt https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22307/4/FelicidadeCartesiana.pdf.txt https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22307/5/FelicidadeCartesiana.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
be74f0630363ac9a6959fbf567c87470 48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3 c03ea9aa989e477515ddef99f2b71324 f867da4b33886516f40363243e618dd0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU) |
repository.mail.fl_str_mv |
diinf@dirbi.ufu.br |
_version_ |
1802110417309270016 |