Tumores malignos da tireóide: clínica e epidemiologia

• Autor(a) principal: Silva, Sindeval José da
• Data de Publicação: 1999
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFU
• Texto Completo: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/28929; http://doi.org/10.14393/ufu.di.1999.14
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; Medicina; Tireóide; Tumores malignos

No período compreendido entre abril de 1973 a julho de 1999, 116 pacientes portadores de tumores malignos da tireóide foram operados ou acompanhados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Este trabalho consistiu no levantamento dos dados dos prontuários médicos desses pacientes para avaliação das características clínicas e epidemioiógicas dos tumores malignos da tireóide. Até julho de 1998 esse estudo foi feito retrospectivamente, a partir de então os dados foram coletados prospectivamente. O carcinoma papilífero foi o mais ffeqüente de todos os tumores malignos da tireóide e a proporção entre os carcinomas papilífero e foiicular foi compatível com uma região de moderada ingestão de iodo. O sexo feminino foi o mais acometido em todas as formas tumorais exceto na metastática. A idade de nossos pacientes ao diagnóstico dos tumores papilífero, medular e indiferenciado, mostrou-se próxima da descrita por outros autores. Por outro lado, nos casos de carcinoma foiicular a idade ao diagnóstico foi menor que a encontrada na literatura. A maioria dos pacientes com carcinomas diferenciados e medular apresentou nódulo assintomático no momento do diagnóstico e pertencia aos grupos de baixo risco de recorrência e letalidade. A associação de carcinoma da tireóide e hipertireoidismo foi relativamente alta em nosso meio. Por outro lado, o bócio colóide e a tireoidite crônica foram as doenças associadas mais freqüentes. A punção aspirativa com agulha fina mostrou-se sensível e foi decisiva na indicação do tratamento cirúrgico na maioria dos casos. O procedimento cirárgico mais frequentemente realizado foi a tireoidectomia total ou quase total, e as complicações cirúrgicas como hipoparatireoidismo e a lesão do nervo laríngeo inferior ocorreram numa freqüência semelhante à descrita na literatura.