O efeito da toxina botul?nica intradetrusora sobre a capacidade funcional, qualidade de vida, dor e espasmos nos indiv?duos com trauma raquimedular

• Autor(a) principal: Silva, Wladimir Gama da
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFVJM
• Texto Completo: http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/handle/1/2352
• topic: Les?es da medula espinhal; Trauma raquimedular; Bexiga neurog?nica; Toxina botul?nica tipo A; Qualidade de vida; Incapacidade funcional; Spinal cord injuries; Traumatic spinal cord injury; Neurogenic urinary bladder; Botulinum toxin type A; Quality of life; Functional disability

No paciente com trauma raquimedular (TRM), a disfun??o vesical pode ocasionar infec??es de repeti??o do trato urin?rio, hidronefrose, comprometimento renal, entre outras comorbidades, impactando negativamente a qualidade de vida. O tratamento adequado para a bexiga neurog?nica ? o meio poss?vel para reduzir a morbidade e a mortalidade destes pacientes. A aplica??o de toxina botul?nica intradetrusora ? um recurso utilizado para tratar a bexiga com hiperatividade. Este estudo teve como objetivo verificar se pacientes com TRM apresentam melhora da funcionalidade, qualidade de vida, dor e espasmos ap?s a primeira aplica??o de toxina botul?nica tipo A intradetrusora como tratamento da bexiga neurog?nica. Trata-se de um estudo observacional em pacientes com TRM de ambos os sexos e maiores de 18 anos, acompanhados pela Rede Sarah de Hospitais de Reabilita??o de Belo-Horizonte-MG. Todos os pacientes realizavam cateterismo intermitente limpo, apresentavam bexiga neurog?nica e foram submetidos a tratamento com aplica??o de toxina botul?nica tipo A pela primeira vez. Os pacientes foram avaliados antes da primeira aplica??o da toxina botul?nica, um e quatro meses ap?s. Os instrumentos utilizados para acompanhamento foram as escalas de Medida de Independ?ncia da Medula Espinhal III (SCIM III) e Qualiveen-SF, para avaliar a funcionalidade e a qualidade de vida respectivamente; a Escala Visual Anal?gica (EVA) para avalia??o da dor e a escala de Penn para avaliar a frequ?ncia de espasmos, al?m de um question?rio estruturado contendo informa??es sobre os volumes residual e de perda urin?ria e o intervalo de cateterismo. Foi realizada estat?stica descritiva e inferencial, com teste Kolmogorov-Smirnov para an?lise da normalidade dos dados e an?lise de vari?ncia (ANOVA) para medidas repetidas (p < 0,05) utilizando o programa estat?stico SigmaStat 3.1. Foram avaliados vinte pacientes com TRM de forma prospectiva, 90% foram do sexo masculino, sendo que 80 % dos pacientes apresentavam paraplegia e 15 % dos pacientes tinham les?o completa. No primeiro m?s ap?s a aplica??o da toxina botul?nica houve melhora do dom?nio II, referente ao controle de esf?ncter, da SCIM III (p = 0,02); da intensidade da dor (p < 0,05) e da frequ?ncia e gravidade dos espasmos (p < 0,05), esta permaneceu menor no quarto m?s ap?s a aplica??o (p < 0,05). N?o houve diferen?a estat?stica significativa na avalia??o da qualidade de vida medida pela Qualiveen- SF. Houve melhora da incontin?ncia urin?ria (p < 0,01). A primeira aplica??o da toxina botul?nica tipo A intradetrusora interfere positivamente na dor, na espasticidade, na capacidade funcional referente ao controle do esfincter e auxilia no controle da incontin?ncia urin?ria.