O uso da vibração de corpo inteiro em crianças e adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Bruno Alvarenga
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFVJM
Texto Completo: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/9225cf75-58bf-43af-9402-00eba42cfe7c
Resumo: O uso da Vibração de Corpo Inteiro (VCI), por meio do uso da plataforma vibratória tem sido muito utilizado como intervenção em diversas áreas da reabilitação tanto em crianças e adolescentes saudáveis ou com alguma disfunção. Entretanto, muito dos trabalhos já desenvolvidos carecem de qualidade metodológica para que possa afirmar os benefícios dessa intervenção nessa população. Ainda, carece de estudos que demonstrem a resposta cardiorrespiratória à VCI. Esta dissertação foi dividida em dois estudos: 1) uma revisão sistemática com metanálise com objetivo de analisar o nível de evidência e qualidade metodológica dos estudos que utilizaram VCI em crianças e adolescentes com deficiência e; 2) um estudo cruzado aleatorizado com o objetivo de investigar se a VCI é capaz de aumentar a demanda cardiorrespiratória ao nível de prescrição de treinamento cardiovascular em adolescentes saudáveis. Para a revisão sistemática, foi realizada pesquisa nos bancos de dados AMED, Cinahl, EMBASE, PEDro, SportDiscus. Com os termos "randomized controlled trials", "children", "adolescents" e "whole body vibration" a partir de setembro de 2016 e atualizados em maio de 2017. Os estudos foram selecionados por qualidade metodológica (PEDro) e qualidade das evidências e força de recomendação (GRADE). Este estudo incluiu estudos que investigaram os efeitos da VCI, sozinhos ou combinados com outras intervenções, em comparação com intervenção mínima ou outras intervenções. Os desfechos mensurados foram: estrutura e função do corpo (massa corporal magra, densidade mineral óssea, força muscular do joelho e estabilidade) e atividade e participação (velocidade da marcha, distância percorrida, função motora grossa, autocuidado e mobilidade). Além disso, houve uma avaliação dos efeitos estimados pela análise sensitiva de condições específicas de saúde. Foram elegíveis 15 ensaios clínicos controlados randomizados contendo 403 participantes com qualidade metodológica moderada (média de 5,5 pontos na PEDro). As intervenções incluíram amplitude até 6 mm e frequência de 5-90 Hz, de 5-60 minutos, com duração de 6 semanas a 6 meses, 2 a 5 vezes por semana, incluindo intervenção estática e dinâmica, associado ou não a exercícios. No geral, a VCI não foi melhor que a intervenção mínima. Em todas as comparações em que o efeito adicional da VCI foi melhor do que outras intervenções, o tamanho do efeito variou de baixo a alto nos ensaios, mas a qualidade variou de muito baixa a baixa a curto e médio prazo. A análise sensitiva para condição de saúde e estudos de baixa qualidade mostrou impacto do efeito adicional da VCI a médio prazo em comparação com outras intervenções na densidade mineral óssea do tronco. A baixa a muito baixa qualidade das evidências sugere cautela ao recomendar o uso dessa abordagem. Novos estudos podem mudar os achados desta revisão. Já no estudo 2, o estudo cruzado aleatorizado, o consumo de oxigênio (VO2) e a frequência cardíaca (FC) foram avaliados em 25 adolescentes (10 meninas e 15 meninos) com média de idade de 14,1 ± 1,7 anos. Estas variáveis foram medidas simultaneamente e nos mesmos momentos em cada sujeito durante o repouso e durante o exercício de agachamento com ou sem a adição de VCI. O protocolo consistiu da realização de exercícios de agachamento (8 séries de 40 segundos, com 40 segundos de descanso entre séries) com a uma frequência de 40 Hz e amplitude de 4 mm ou sem vibração (mesmo protocolo com a plataforma desligada), separados por pelo menos 1 dia. Este estudo demonstrou que os estímulos vibratórios foram capazes de atingir 56% (110 bpm) da FCmax (198 bpm). Além disso, a VCI foi capaz de atingir 24,7% do VO2máx dos adolescentes considerando os valores médios de VO2máx para essa idade. A associação da VCI com o exercício de agachamento resultou em aumento adicional de cerca de 20% no VO2 e de 7,5% na FC registrada durante o exercício quando comparado com o protocolo sem vibração. Durante o exercício de agachamento com vibração, o aumento alcançado no VO2 foi limitado a 2.94 equivalentes metabólicos. Portanto, um protocolo como o utilizado no estudo não atinge o limiar de prescrição de treinamento cardiovascular em adolescentes saudáveis. Porém quando se olha os valores da percepção subjetiva de esforço, os voluntários relataram um esforço relativamente cansativo e cansativo, indicando uma percepção alta mesmo os valores de FC e VO2 não sendo altos. Como perspectiva, os estudos futuros devem focar em adolescentes com lesões do sistema nervoso central, uma vez que a adição de VCI a uma tarefa motora (exercício de agachamento por exemplo) pode gerar uma intensidade de exercício ideal para a prescrição de exercícios aeróbicos.
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Entretanto, muito dos trabalhos já desenvolvidos carecem de qualidade metodológica para que possa afirmar os benefícios dessa intervenção nessa população. Ainda, carece de estudos que demonstrem a resposta cardiorrespiratória à VCI. Esta dissertação foi dividida em dois estudos: 1) uma revisão sistemática com metanálise com objetivo de analisar o nível de evidência e qualidade metodológica dos estudos que utilizaram VCI em crianças e adolescentes com deficiência e; 2) um estudo cruzado aleatorizado com o objetivo de investigar se a VCI é capaz de aumentar a demanda cardiorrespiratória ao nível de prescrição de treinamento cardiovascular em adolescentes saudáveis. Para a revisão sistemática, foi realizada pesquisa nos bancos de dados AMED, Cinahl, EMBASE, PEDro, SportDiscus. Com os termos "randomized controlled trials", "children", "adolescents" e "whole body vibration" a partir de setembro de 2016 e atualizados em maio de 2017. Os estudos foram selecionados por qualidade metodológica (PEDro) e qualidade das evidências e força de recomendação (GRADE). Este estudo incluiu estudos que investigaram os efeitos da VCI, sozinhos ou combinados com outras intervenções, em comparação com intervenção mínima ou outras intervenções. Os desfechos mensurados foram: estrutura e função do corpo (massa corporal magra, densidade mineral óssea, força muscular do joelho e estabilidade) e atividade e participação (velocidade da marcha, distância percorrida, função motora grossa, autocuidado e mobilidade). Além disso, houve uma avaliação dos efeitos estimados pela análise sensitiva de condições específicas de saúde. Foram elegíveis 15 ensaios clínicos controlados randomizados contendo 403 participantes com qualidade metodológica moderada (média de 5,5 pontos na PEDro). As intervenções incluíram amplitude até 6 mm e frequência de 5-90 Hz, de 5-60 minutos, com duração de 6 semanas a 6 meses, 2 a 5 vezes por semana, incluindo intervenção estática e dinâmica, associado ou não a exercícios. No geral, a VCI não foi melhor que a intervenção mínima. Em todas as comparações em que o efeito adicional da VCI foi melhor do que outras intervenções, o tamanho do efeito variou de baixo a alto nos ensaios, mas a qualidade variou de muito baixa a baixa a curto e médio prazo. A análise sensitiva para condição de saúde e estudos de baixa qualidade mostrou impacto do efeito adicional da VCI a médio prazo em comparação com outras intervenções na densidade mineral óssea do tronco. A baixa a muito baixa qualidade das evidências sugere cautela ao recomendar o uso dessa abordagem. Novos estudos podem mudar os achados desta revisão. Já no estudo 2, o estudo cruzado aleatorizado, o consumo de oxigênio (VO2) e a frequência cardíaca (FC) foram avaliados em 25 adolescentes (10 meninas e 15 meninos) com média de idade de 14,1 ± 1,7 anos. Estas variáveis foram medidas simultaneamente e nos mesmos momentos em cada sujeito durante o repouso e durante o exercício de agachamento com ou sem a adição de VCI. O protocolo consistiu da realização de exercícios de agachamento (8 séries de 40 segundos, com 40 segundos de descanso entre séries) com a uma frequência de 40 Hz e amplitude de 4 mm ou sem vibração (mesmo protocolo com a plataforma desligada), separados por pelo menos 1 dia. Este estudo demonstrou que os estímulos vibratórios foram capazes de atingir 56% (110 bpm) da FCmax (198 bpm). Além disso, a VCI foi capaz de atingir 24,7% do VO2máx dos adolescentes considerando os valores médios de VO2máx para essa idade. A associação da VCI com o exercício de agachamento resultou em aumento adicional de cerca de 20% no VO2 e de 7,5% na FC registrada durante o exercício quando comparado com o protocolo sem vibração. Durante o exercício de agachamento com vibração, o aumento alcançado no VO2 foi limitado a 2.94 equivalentes metabólicos. Portanto, um protocolo como o utilizado no estudo não atinge o limiar de prescrição de treinamento cardiovascular em adolescentes saudáveis. Porém quando se olha os valores da percepção subjetiva de esforço, os voluntários relataram um esforço relativamente cansativo e cansativo, indicando uma percepção alta mesmo os valores de FC e VO2 não sendo altos. Como perspectiva, os estudos futuros devem focar em adolescentes com lesões do sistema nervoso central, uma vez que a adição de VCI a uma tarefa motora (exercício de agachamento por exemplo) pode gerar uma intensidade de exercício ideal para a prescrição de exercícios aeróbicos.Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2019.The use of Whole-Body Vibration (WBV), through the use of the vibratory platform, has been widely used as intervention in several areas of rehabilitation in children and adolescents with or without some dysfunction. However, much of the work already developed lacks methodological quality so that it can affirm the benefits of this intervention in this population. Still, there are no studies that demonstrate the cardiorespiratory response to WBV. This work was divided in two studies: 1) a systematic review with meta-analysis aiming to analyze the level of evidence and methodological quality of the studies that used WBV in children and adolescents with disabilities; 2) a randomized crossover study with the aim of investigating whether the WBV is capable of increasing the cardiorespiratory demand to the level of cardiovascular training prescription in healthy adolescents. For the systematic review, the research was made in the databases of AMED, Cinahl, EMBASE, PEDro, SportDiscus. With the terms "randomized controlled trials", "children", "adolescents" and "whole body vibration", from September 2016 and May 2017. The studies were selected by methodological quality (PEDro) and quality of evidence and force of recommendation (GRADE). This study included studies investigating the effects of WBV, alone or combined with other interventions, compared to minimal intervention or other interventions. The outcomes measured were: body structure and function (lean body mass, bone mineral density, knee muscle strength and overall stability) and activity and participation (gait speed, walking distance, gross motor function, self-care and mobility). Also, there was an evaluation of the effects estimated by sensitive analysis of specific health conditions. Fifteen randomized trials involving 403 participants were included. Methodological quality of eligible trials was moderate (mean of 5.5 points on the 10-point PEDro scale). Overall, WBV was no better than minimal intervention. In all comparisons where additional effect of WBV was better than other interventions, the effect size ranged from low to high in the trials, but ranged from very-low to low quality at short and medium term follow-up. Sensitivity analysis for health condition and low-quality studies showed impact on trunk bone mineral density of additional effect of WBV at medium-term compared to other interventions. The low to very-low quality of evidence suggests caution in recommending the use of this approach. New studies could change the findings of this review. In the randomized crossover study, twenty-five adolescents (14.1 ± 1.7 years), 10 girls and 15 boys, underwent to oxygen consumption (VO2) and heart rate (HR) assessments during squatting in two different protocol with and without vibration. The protocol consisted of performing squatting exercises (8 sets of 40 seconds, with 40 seconds of rest between sets) with a frequency of 40 Hz and amplitude of 4 mm or without vibration (same protocol with the platform off), separated by at least 1 day. WBV with squatting resulted in an additional increase of 20% in VO2 and 7.5% in the HR. VO2 was limited to 2.94 metabolic equivalents, and mean HR represented 56% of the predicted maximum HR for age. WBV did not meet the threshold for cardiovascular training prescription in healthy adolescents. As perspective, studies should focus in adolescents with central nervous lesions since we speculate that vibration associated to a given motor task may create an optimal intensity for the prescription of aerobic exercise.porUFVJMA concessão da licença deste item refere-se ao à termo de autorização impresso assinado pelo autor, assim como na licença Creative Commons, com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o IBICT a disponibilizar por meio de seus repositórios, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, e preservação, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessO uso da vibração de corpo inteiro em crianças e adolescentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisVibração de corpo inteiroAdolescentesConsumo de oxigênioreponame:Repositório Institucional da UFVJMinstname:Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)instacron:UFVJMTHUMBNAILbruno_alvarenga_soares.pdf.jpgbruno_alvarenga_soares.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2628https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/e694b6bf-0099-4bd0-a40c-72acb202aa09/download61ef8706f45d1529067eaedb589f789fMD57falseAnonymousREADORIGINALbruno_alvarenga_soares.pdfbruno_alvarenga_soares.pdfapplication/pdf1811622https://acervo.ufvjm.edu.br//bitstreams/afee221d-9f68-4ee4-a6de-253673e4d8ef/download902073d0e51605f8ab436f8a16cf9a19MD51trueAnonymousREADCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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