Valor progn?stico da press?o expirada de di?xido de carbono durante o teste de esfor?o cardiopulmonar em pacientes com cardiomiopatia chag?sica

• Autor(a) principal: Vianna, Marcus Vin?cius Accetta
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFVJM
• Texto Completo: http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/handle/1/2897
• topic: Doen?a de Chagas; Cardiomiopatia chag?sica; Teste de exerc?cio; Progn?stico; Chagas disease; Chagas cardiomyopathy; Exercise testing; Prognosis

Introdu??o: Pacientes com cardiomiopatia chag?sica (CCh), forma card?aca da doen?a de Chagas, geralmente apresentam pior progn?stico quando comparados ? outras cardiopatias. O comprometimento funcional pode ser detectado desde o in?cio da cardiopatia e o valor progn?stico das vari?veis avaliadas durante o esfor?o deve ser investigado. Na insufici?ncia card?aca, a press?o parcial de di?xido de carbono expirado no pico do exerc?cio (PETCO2pico) apresentou-se como bom preditor de sobrevida. Entretanto, sua acur?cia na identifica??o dos pacientes com pior desfecho ainda ? desconhecida na CCh. Objetivo: Avaliar o valor progn?stico do PETCO2pico e das principais vari?veis funcionais em pacientes com CCh. M?todos: Setenta e seis pacientes com CCh (49,2?9,8 anos, 39,5% mulheres, NYHA I-III) foram avaliados por ecocardiografia e Teste de Esfor?o Cardiopulmonar (TECP). Os pacientes foram acompanhados por quatro anos e o desfecho foi definido como morte card?aca, eventos cerebrovasculares ou transplante card?aco. A an?lise de sobrevida e os pontos de corte foram verificados pela curva ROC, regress?o uni e multivariada de Cox e diagrama de Kaplan-Meier. Resultados: No final do per?odo de seguimento (29,0?16,0 meses), 16 pacientes (21%) apresentaram eventos adversos. No modelo univariado, sexo feminino, classe funcional da New York Heart Association, frequ?ncia card?aca m?xima atingida ao esfor?o, pico do consumo de oxig?nio (VO2pico), ventila??o minuto/produ??o de di?xido de carbono, PETCO2pico, a fra??o de eje??o do ventr?culo esquerdo e o di?metro diast?lico do ventr?culo esquerdo estavam associados a um desfecho ruim no final do per?odo de acompanhamento. No modelo multivariado final, apenas a PETCO2pico (HR 0,849; IC 95%: 0,758 a 0,951, p = 0,005) e VO2pico (HR 0,877; IC 95%: 0,781 a 0,984, p = 0,026) permaneceram como preditores independentes de progn?stico desfavor?vel em pacientes com CCh. As ?reas sob a curva ROC demonstraram a acur?cia do VO2pico (AUC = 0,85; IC 95%: 0,75 a 0,95) e PETCO2 pico (AUC = 0,83; IC 95%: 0,69 a 0,97) na predi??o de eventos adversos. Os pontos de corte com a melhor combina??o de sensibilidade e especificidade do VO2pico e PETCO2pico foram 20 mL.kg.min (valor preditivo negativo de 80%) e 32 mmHg (valor preditivo positivo de 91%), respectivamente. No diagrama de Kaplan-Meier, houve diferen?as significativas (p <0,001) entre os pacientes com menor VO2pico (?20 mL.kg.min; n = 28) e maior VO2pico (> 20 mL.kg.min; n = 48) bem como entre os pacientes com PETCO2pico menor (?32 mmHg; n = 20) e maior (> 32 mmHg; n = 54). Conclus?o: O VO2pico e PETCO2pico tiveram valor progn?stico adequados em pacientes com CCh, podendo ser utilizados como vari?veis do TECP na estratifica??o de risco e auxiliar na resposta terap?utica em pacientes com CCh.