Influência de fatores bióticos e abióticos no estabelecimento de Clonostachys rosea em tecidos de roseira e controle biológico de Botrytis cinerea pelo antagonista em restos culturais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morandi, Marcelo Augusto Boechat
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10759
Resumo: Objetivou-se avaliar o controle biológico de B. cinerea por C. rosea, como componente do manejo integrado do mofo cinzento em roseiras, com as seguintes hipóteses de trabalho: i- C. rosea pode colonizar endofiticamente, diferentes tecidos de roseira, em diferentes estádios de desenvolvimento; ii- C. rosea possui habilidade saprofítica para se estabelecer na comunidade microbiana dos restos culturais de roseira; iii- C. rosea coloniza eficientemente ferimentos nos tecidos de roseira e limita a colonização do patógeno; e iv- C. rosea reduz eficientemente a produção de inóculo de B. cinerea em condições de cultivo protegido. Clonostachys rosea germinou, estabeleceu endofiticamente e esporulou abundantemente, em tecidos maduros, senescentes ou mortos. A germinação foi mais alta em tecidos mortos (>98% de conídios germinados) que em folhas e pétalas maduras e senescentes (31% a 47%). Quando folhas maduras foram feridas antes da aplicação de C. rosea, o número de conídios germinados dobrou, mas a área com esporulação do fungo não se alterou e foi alta (>75%). Em folhas maduras, aplicou-se C. rosea imediatamente ou até 24 h após ferimento, e, a seguir, inoculou-se B. cinerea; a germinação do patógeno reduziu-se em até 41% e a esporulação em mais de 99%. O período de 24h de alta umidade, antes das aplicações em folhas senescentes e mortas, estimulou o crescimento de fungos indígenas presentes e reduziu a esporulação de C. rosea e B. cinerea. Em folhas mortas, a associação de fungos indígenas com C. rosea contribuiu para o controle do patógeno. Entretanto, quando aplicados em alta densidade de esporos, Penicillium sp. e Alternaria alternata interagiram negativamente com C. rosea e reduziram sua eficiência em 16 e 21%, respectivamente. Em folhas, estudou-se o efeito de infestações de pulgões (Macrosiphum rosae L.) e de ácaros (Tetranychus urticae Koch) no crescimento e esporulação de C. rosea e B. cinerea e na supressão do patógeno pelo antagonista. A germinação dos dois fungos foi maior nas folhas previamente infestadas por pulgões e ácaros. Naaplicação combinada C. rosea+B. cinerea, em folhas não infestadas, o antagonista suprimiu a germinação do patógeno em mais que 50%, mas, nas infestadas, a germinação do patógeno foi alta (>75%). A infestação com pulgões e ácaros aumentou significativamente a esporulação de C. rosea, independentemente da presença de B. cinerea, e a de B. cinerea, quando inoculado isoladamente. Entretanto, na aplicação combinada, o antagonista suprimiu quase que completamente a esporulação do patógeno, tanto nas folhas infestadas quanto nas não infestadas. Em condições de casa de vegetação, avaliaram-se os efeitos de C. rosea na esporulação de B. cinerea e de variáveis climáticas sobre a colonização dos restos culturais de roseiras (‘Sônia’ e ‘Red Success’) por ambos os fungos. Em ambas as cultivares, a esporulação do patógeno foi consistentemente reduzida em 30 a 50% nos tratamentos onde se aplicou C. rosea (C. rosea e C. rosea+mancozeb, para ‘Red Success’, e C. rosea, para ‘Sônia’). Na aplicação de C. rosea+mancozeb, a esporulação do antagonista reduziu-se em 10 a 15%, ao longo do ensaio, apesar de não ter reduzido significativamente o controle da esporulação de B. cinerea. Nos tratamentos onde foi aplicado, C. rosea estabeleceu-se eficientemente nos restos culturais de roseira, em vista do incremento da sua esporulação a cada avaliação, pelo alto valor da área abaixo da curva de esporulação do antagonista e pela redução crescente na esporulação de B. cinerea. Entretanto, não houve redução significativa da incidência da doença, provavelmente, porque as aplicações de C. rosea iniciaram-se ao final de janeiro, quando a epidemia do mofo cinzento já estava em estádio avançado; não se realizaram práticas de saneamento ao longo do ensaio; e nem todas as roseiras da casa de vegetação foram tratadas com C. rosea, o que permitiu a multiplicação do patógeno. Entretanto, espera-se que, em casas de vegetação, mesmo sob condições favoráveis ao patógeno, a aplicação de C. rosea ao longo de vários ciclos produtivos possa reduzir a população de B. cinerea e, conseqüentemente, a incidência do mofo cinzento em botões. A umidade relativa máxima foi o principal fator de estímulo à colonização de ambos os fungos, por sua influência direta no teor de umidade dos restos culturais; enquanto a umidade relativa mínima e a temperatura máxima reduziram a colonização de ambos, por estarem associadas ao dessecamento dos restos. O fato de os requerimentos ambientais para os dois fungos serem similares é relevante em termos do estabelecimento de estratégias de controle biológico de B. cinerea.
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spelling Sutton, John CliffordMorandi, Marcelo Augusto Boechathttp://lattes.cnpq.br/5503222745152135Maffia, Luiz Antonio2017-06-20T16:31:34Z2017-06-20T16:31:34Z2001-02-06MORANDI, Marcelo Augusto Boechat. Influência de fatores bióticos e abióticos no estabelecimento de Clonostachys rosea em tecidos de roseira e controle biológico de Botrytis cinerea pelo antagonista em restos culturais. 2001. 71 f. Tese (Doutorado em Fitopatologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2001.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10759Objetivou-se avaliar o controle biológico de B. cinerea por C. rosea, como componente do manejo integrado do mofo cinzento em roseiras, com as seguintes hipóteses de trabalho: i- C. rosea pode colonizar endofiticamente, diferentes tecidos de roseira, em diferentes estádios de desenvolvimento; ii- C. rosea possui habilidade saprofítica para se estabelecer na comunidade microbiana dos restos culturais de roseira; iii- C. rosea coloniza eficientemente ferimentos nos tecidos de roseira e limita a colonização do patógeno; e iv- C. rosea reduz eficientemente a produção de inóculo de B. cinerea em condições de cultivo protegido. Clonostachys rosea germinou, estabeleceu endofiticamente e esporulou abundantemente, em tecidos maduros, senescentes ou mortos. A germinação foi mais alta em tecidos mortos (>98% de conídios germinados) que em folhas e pétalas maduras e senescentes (31% a 47%). Quando folhas maduras foram feridas antes da aplicação de C. rosea, o número de conídios germinados dobrou, mas a área com esporulação do fungo não se alterou e foi alta (>75%). Em folhas maduras, aplicou-se C. rosea imediatamente ou até 24 h após ferimento, e, a seguir, inoculou-se B. cinerea; a germinação do patógeno reduziu-se em até 41% e a esporulação em mais de 99%. O período de 24h de alta umidade, antes das aplicações em folhas senescentes e mortas, estimulou o crescimento de fungos indígenas presentes e reduziu a esporulação de C. rosea e B. cinerea. Em folhas mortas, a associação de fungos indígenas com C. rosea contribuiu para o controle do patógeno. Entretanto, quando aplicados em alta densidade de esporos, Penicillium sp. e Alternaria alternata interagiram negativamente com C. rosea e reduziram sua eficiência em 16 e 21%, respectivamente. Em folhas, estudou-se o efeito de infestações de pulgões (Macrosiphum rosae L.) e de ácaros (Tetranychus urticae Koch) no crescimento e esporulação de C. rosea e B. cinerea e na supressão do patógeno pelo antagonista. A germinação dos dois fungos foi maior nas folhas previamente infestadas por pulgões e ácaros. Naaplicação combinada C. rosea+B. cinerea, em folhas não infestadas, o antagonista suprimiu a germinação do patógeno em mais que 50%, mas, nas infestadas, a germinação do patógeno foi alta (>75%). A infestação com pulgões e ácaros aumentou significativamente a esporulação de C. rosea, independentemente da presença de B. cinerea, e a de B. cinerea, quando inoculado isoladamente. Entretanto, na aplicação combinada, o antagonista suprimiu quase que completamente a esporulação do patógeno, tanto nas folhas infestadas quanto nas não infestadas. Em condições de casa de vegetação, avaliaram-se os efeitos de C. rosea na esporulação de B. cinerea e de variáveis climáticas sobre a colonização dos restos culturais de roseiras (‘Sônia’ e ‘Red Success’) por ambos os fungos. Em ambas as cultivares, a esporulação do patógeno foi consistentemente reduzida em 30 a 50% nos tratamentos onde se aplicou C. rosea (C. rosea e C. rosea+mancozeb, para ‘Red Success’, e C. rosea, para ‘Sônia’). Na aplicação de C. rosea+mancozeb, a esporulação do antagonista reduziu-se em 10 a 15%, ao longo do ensaio, apesar de não ter reduzido significativamente o controle da esporulação de B. cinerea. Nos tratamentos onde foi aplicado, C. rosea estabeleceu-se eficientemente nos restos culturais de roseira, em vista do incremento da sua esporulação a cada avaliação, pelo alto valor da área abaixo da curva de esporulação do antagonista e pela redução crescente na esporulação de B. cinerea. Entretanto, não houve redução significativa da incidência da doença, provavelmente, porque as aplicações de C. rosea iniciaram-se ao final de janeiro, quando a epidemia do mofo cinzento já estava em estádio avançado; não se realizaram práticas de saneamento ao longo do ensaio; e nem todas as roseiras da casa de vegetação foram tratadas com C. rosea, o que permitiu a multiplicação do patógeno. Entretanto, espera-se que, em casas de vegetação, mesmo sob condições favoráveis ao patógeno, a aplicação de C. rosea ao longo de vários ciclos produtivos possa reduzir a população de B. cinerea e, conseqüentemente, a incidência do mofo cinzento em botões. A umidade relativa máxima foi o principal fator de estímulo à colonização de ambos os fungos, por sua influência direta no teor de umidade dos restos culturais; enquanto a umidade relativa mínima e a temperatura máxima reduziram a colonização de ambos, por estarem associadas ao dessecamento dos restos. O fato de os requerimentos ambientais para os dois fungos serem similares é relevante em termos do estabelecimento de estratégias de controle biológico de B. cinerea.To evaluate the biological control of B. cinerea by C. rosea as a component of the integrated management of rose gray mould, the following hypothesis were tested: i- C. rosea is able to grow endophyticaly on different rose tissues at different developmental stages; ii- C. rosea is able to establish on the microbial community of rose debris; iii- C. rosea is able to colonize wounds and restrict the growth of the pathogen in rose tissues; and iv- C. rosea can inhibit B. cinerea sporulation on rose debris in commercial greenhouse. Clonostachys rosea germinated, established, and sporulated abundantly on mature, senescent, and dead tissues. Germination was higher on dead tissues (>98%) than on mature and senescent tissues (31% to 47%). On wounded mature leaves, germination of C. rosea was twice higher than on non-wounded leaves. The area covered by conidiophores was not affected by wounds and was high (>75%) on all instances. On mature leave that were wounded, inoculated with C. rosea immediately or until 24 h after wounded, and challenge inoculated with the pathogen, the germination of B. cinerea was reduced by 41% and the sporulation on more than 99%. When senescent and dead leaves were subjected to a 24h of high humidity before the inoculations, the growth of indigenous fungi was stimulated and the sporulation of both C. rosea and B. cinerea was reduced. The association of the indigenous fungi with C. rosea contributed for the control of the pathogen on dead leaves. However, when applied on high inoculum density, Penicillium sp. and Alternaria alternata interacted negatively with C. rosea and reduced the antagonist efficiency by 16 and 21%, respectively. The effects of aphids (Macrosiphum rosae L.) and mites (Tetranychus urticae Koch) infestations on growth and sporulation of C. rosea and B. cinerea and on the control of the pathogen by the antagonist were evaluated on rose leaves. When applied alone, the germination of both fungi was greater on infested leaves than on the control leaves. In the combined application, C. rosea inhibited the germination of the pathogen on non-infested leaves by 50%. However, on infested leaves the germination of B. cinerea was high (>75%) despite the presence of the antagonist. Similarly, the infestations of aphids and mites increased the sporulation of both B. cinerea and C. rosea when each fungus was applied alone. However, in the combined application C. rosea inhibited the sporulation of B. cinerea on more than 99% on infested and non-infested leaves. The reduction on B. cinerea sporulation by C. rosea and the effects of climatic factors on pathogen and antagonist growth on rose debris of ‘Sônia’ and ‘Red Success’ plants were evaluated in a plastic covered greenhouse. For both cultivars, B. cinerea sporulation was consistently reduced by 30 to 50% on the treatments were C. rosea was applied (C. rosea and C. rosea+mancozeb, for ‘Red Success’, and C. rosea, for ‘Sônia’). When C. rosea was associated with mancozeb, fungal sporulation was reduced by 10 to 15%, but the efficiency of the antagonist in controlling pathogen sporulation was not significantly reduced. C. rosea established efficiently on rose debris, as verified by the increment of the antagonist sporulation at each evaluation, the high values of area under sporulation curve, and the crescent reduction on B. cinerea sporulation. However, the incidence of gray mould was not significantly reduced, probably due to three main reasons: the applications of C. rosea started by the end of January, when gray mould epidemic was advanced; no sanitation practices were performed during the experiment; and the production of B. cinerea spores on border plants (untreated) in the greenhouse. The daily maximum relative humidity was the main factor that stimulated the debris colonization by both fungi, probably by its influence on the humidity content of the debris. The daily minimal relative humidity and maximum temperature, probably because of their association to the debris dryness, reduced the growth of both fungi. The find that the environmental requirements for C. rosea and B. cinerea are similar can be of paramount importance to establish a biocontrol strategy against the pathogen. From the present and previous studies, the continuous applications of C. rosea can be expected to markedly reduce inoculum production by B. cinerea and, consequently, gray mould incidence in rose production systems, regardless the favorable conditions for the pathogen in the greenhouse.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaClonostachys roseaTetranychus urticae KochÁcarosPulgõesCiências AgráriasInfluência de fatores bióticos e abióticos no estabelecimento de Clonostachys rosea em tecidos de roseira e controle biológico de Botrytis cinerea pelo antagonista em restos culturaisEffects of biotic and abiotic factors on Clonostachys rosea establishment on rose tissues and biological control of Botrytis cinerea by the antagonist on rose debrisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de FitopatologiaDoutor em FitopatologiaViçosa - MG2001-02-06Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf443327https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10759/1/texto%20completo.pdf5dacc858720c3f3f3562b9c76b172d07MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10759/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3646https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10759/3/texto%20completo.pdf.jpg0009cac855574489333154a75145d719MD53123456789/107592017-06-20 23:00:36.333oai:locus.ufv.br:123456789/10759Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-06-21T02:00:36LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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