Aderências peritoneais em eqüinos: tratamento profilático com carboximetilcelulose
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Data de Publicação: | 1998 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0103-84781998000300012 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25183 |
Resumo: | As aderências peritoneais formam-se freqüentemente nos eqüinos submetidos a laparotomia. As aderências podem ser assintomáticas ou podem causar complicações como cólica e osbstrução intestinal, às vezes com estrangulamento vascular. Com o objetivo de avaliar a eficiência do uso intraperitoneal de carboximetilcelulose (CMC) na prevenção de aderências peritoneais em eqüinos, fez-se o seguinte experimento: dezoito eqüinos clinicamente normais, sem raça definida (SRD), foram anestesiados e submetidos a laparotomia na linha mediana ventral, quando se produziu lesões no jejuno distal para induzir a formação de aderências peritoneais. Em quatro animais (bloco I) foram criadas seis lesões: um segmento com aproximadamente 45cm de comprimento foi submetido à isquemia, através da ligadura da circulação mural e dos vasos mesentéricos por duas horas; em cinco pequenas áreas, com cerca de três por cinco centímetros, foi feita abrasão da serosa pela fricção 100 vezes de uma gaze seca e um ponto simples seromuscular de categute cromado foi aplicado no seu centro. Nos outros 14 animais (bloco II). o modelo adotado foi semelhante com pequenas modificações: ao invés de um segmento de isquemia foram criados quatro segmentos com 25cm de comprimento; a abrasão das cinco pequenas áreas foi feita com uma pinça Rochester aberta e não com uma gaze seca; a sutura seromuscular com categute aplicada no centro das áreas de abrasão foi uma linha contínua simples, com aproximadamente 2,5cm de comprimento e não um ponto simples. Os animais foram aleatoriamente divididos em dois grupos. Em dois animais do bloco I e sete animais do bloco II (grupo tratamento), antes da síntese da parede abdominal, foi instilada, na cavidade peritoneal, uma solução decmC a 7% na dose de 7 ml/kg. Nos outros nove animais (grupo controle) a parede foi suturada da mesma forma, mas nenhum medicamento foi aplicado na cavidade peritoneal. Os eqüinos foram examinados diariamente. Quatorze dias após a cirurgia, todos os animais sofreram eutanásia e foram submetidos à necropsia. Seis, dentre os nove animais do grupo controle e quatro, dentre os nove animais do grupo tratamento, desenvolveram aderências perítoneais. Não houve diferença significativa entre o número de animais com aderências nem entre o número ou o grau das aderências formadas nos dois grupos. Os animais do grupo tratamento não apresentaram qualquer sinal de toxicidade ou hipersensibilidade àcmC. Concluiu-se que a carboximetilcelulose não foi eficiente na prevenção de aderências peritoneais no intestino delgado de eqüinos induzidas por abrasão da serosa e isquemia. Concluiu-se também que esta droga não causou efeitos colaterais e não prejudicou a cicatrização do peritônio. |
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Em quatro animais (bloco I) foram criadas seis lesões: um segmento com aproximadamente 45cm de comprimento foi submetido à isquemia, através da ligadura da circulação mural e dos vasos mesentéricos por duas horas; em cinco pequenas áreas, com cerca de três por cinco centímetros, foi feita abrasão da serosa pela fricção 100 vezes de uma gaze seca e um ponto simples seromuscular de categute cromado foi aplicado no seu centro. Nos outros 14 animais (bloco II). o modelo adotado foi semelhante com pequenas modificações: ao invés de um segmento de isquemia foram criados quatro segmentos com 25cm de comprimento; a abrasão das cinco pequenas áreas foi feita com uma pinça Rochester aberta e não com uma gaze seca; a sutura seromuscular com categute aplicada no centro das áreas de abrasão foi uma linha contínua simples, com aproximadamente 2,5cm de comprimento e não um ponto simples. Os animais foram aleatoriamente divididos em dois grupos. Em dois animais do bloco I e sete animais do bloco II (grupo tratamento), antes da síntese da parede abdominal, foi instilada, na cavidade peritoneal, uma solução decmC a 7% na dose de 7 ml/kg. Nos outros nove animais (grupo controle) a parede foi suturada da mesma forma, mas nenhum medicamento foi aplicado na cavidade peritoneal. Os eqüinos foram examinados diariamente. Quatorze dias após a cirurgia, todos os animais sofreram eutanásia e foram submetidos à necropsia. Seis, dentre os nove animais do grupo controle e quatro, dentre os nove animais do grupo tratamento, desenvolveram aderências perítoneais. Não houve diferença significativa entre o número de animais com aderências nem entre o número ou o grau das aderências formadas nos dois grupos. Os animais do grupo tratamento não apresentaram qualquer sinal de toxicidade ou hipersensibilidade àcmC. Concluiu-se que a carboximetilcelulose não foi eficiente na prevenção de aderências peritoneais no intestino delgado de eqüinos induzidas por abrasão da serosa e isquemia. Concluiu-se também que esta droga não causou efeitos colaterais e não prejudicou a cicatrização do peritônio.Peritoneal adhesions form very often in horses submitted to laparotomy. Adhesions may be assymptomatic or they could cause complications such as colic and intestinal obstruction, sometimes with vascular strangulation. To evaluate intra-peritoneal use of carboxymethylcellulose (CMC) in prevention of peritoneal adhesions in horses, the following experiment was conducted: eighteen clinically normal mixed breed horses were anesthetized and submitted to ventral midline laparotomy. Lesions in the distal jejunum were produced to induce peritoneal adhesion formation. In four horses (block I) six lesions were created: one segment 45cm in length was submitted to ischemia by ocluding mural circulation and mesenteric vessels for two hours; in five small areas with approximately three x five centimeters serosal abrasion was produced by rubbing a dry gauze sponge 100 times with a single chromic catgut suture placed in the center through the seromuscular layer. For the other fourteen animals (block II) the model adopted was similar with small chances: instead of one ischemic segment, four segments 25cm in length were created: abrasïon of the five areas was produced with the jaw of an open Rochester forceps; the suture made in the center of the abrasion areas was a line of a simple continuous pattern with 2.5cm in length approximately. Horses were randomly placed into two groups. In nine animals (treatment group), a volume of 7 ml/kg of 1%cmC was instilled in the peritoneal cavity before abdominal wall synthesis. In the other nine animals (control group) the wall was sutured in the same way, but no drug was instilled in the peritoneal cavity. Horses were monitored daily. All animals were submitted to euthanasiu and necropsy fourteen days after surgery. Six of the nine animals in the control group and four of nine animals of treatment group developed peritaneal adhesions. There were no significant differences between the numher of animals with adhesians in the two groups nor between the number and the grade of adhesions developed in the groups. Animals in the treatment group did not show any sign of toxicity or hypersensivity forcmC. Based on these results it may be concluded that carboxymethylcellulose was not efficient in preventing peritoneal adhesions in equine small intestine induced by serosal abrasion and ischemia. Also it may be concluded that this drug did not cause any collateral effects neither impaired peritoneal healing.porCiência Ruralv. 28, n. 03, p. 423- 430, jul./ set. 1998AderênciasPeritônioCirurgia abdominalIntestinoEqüinoAdhesionsPeritoneumAbdominal surgeryIntestinoEquineAderências peritoneais em eqüinos: tratamento profilático com carboximetilceluloseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdftexto completoapplication/pdf1168751https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/25183/1/artigo.pdf3fab7804d8f6664d135e7eb4b7ace1d1MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/25183/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/251832019-05-15 08:31:41.461oai:locus.ufv.br:123456789/25183Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-05-15T11:31:41LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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