Fatores ergonômicos, operacionais e produtividade de operadores de máquinas de colheita florestal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Cássio Furtado
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24786
Resumo: O Brasil é um país essencialmente agrícola, com grande parte do PIB nacional composto pela atividade mecanizada no campo. A produtividade no trabalho dos operadores de máquinas florestais envolve um conjunto de condições ergonômicas, mecânicas e ambientais de natureza atípica. Portanto, se faz necessário incluir o estudo da ergonomia e dos fatores operacionais no planejamento de produção, de modo a torná-lo saudável, eficiente e sustentável. Logo, buscou-se analisar a influência dos fatores ergonômicos e operacionais na determinação do limite de produção para operadores de máquinas florestais, dos tipos Feller Buncher, Harvester e Forwarder, com vistas a adequar o trabalho às características físicas e mentais do ser humano. Os fatores ergonômicos foram avaliados segundo a metodologia de Análise Ergonômica do Trabalho (AET), com base nas normas nacionais e internacionais e na legislação vigente. As respostas do questionário aplicado aos operadores possibilitaram a elaboração de coeficientes de satisfação ergonômica (CSE) e de saúde ocupacional (CSO). A partir das medições antropométricas, foi definido um layout da cabine e assento adequados para o grupo de trabalhadores avaliados. Os fatores operacionais foram divididos em variáveis físicas e de povoamento florestal, sendo classificadas de acordo com as limitações que apresentavam para a colheita mecanizada. A Metodologia de Análise de Sistemas e Estudos de Tempos e Movimentos foi utilizada para calcular a produtividade dos maquinários. O CSE apontou que o ruído e a presença de gases e partículas afetam os operadores e o CSO indicou a dor na parte inferior das costas como o fator que mais acomete os operadores. Na percepção dos trabalhadores, o HV3 foi o melhor maquinário. A aferição do perfil nutricional ressaltou que 77,77% estão em uma situação de sobrepeso ou obesidade grau I. Portanto, não apresentam um bom estado nutricional, suscetíveis ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Com base nos fatores ergonômicos, o ruído e a vibração se mantiveram dentro das normas, porém, próximos a um nível de alerta. Todavia, o acesso à cabine foi considerado inadequado ergonômicamente. A classificação dos fatores operacionais demonstrou uma situação sem limitações para a colheita florestal mecanizada. As análises de movimentos repetitivos indicaram que os maquinários deveriam ter no mínimo 17% de tempo de pausas ou atividades com baixa exigência ergonômica por turno de trabalho. Em relação a esse índice, os Feller Bunchers devem aumentar em 3,25% o volume de pausas para os maquinários. Com isso, o tempo de trabalho efetivo seria reduzido. Já nos Forwarders e Harvesters foi constatada uma percentagem de pausas e tempo de baixa exigência ergonômica. O presente estudo demonstrou a importância de avaliar ergonomicamente os maquinários florestais, de forma a alcançar uma maior produtividade e a melhoria da saúde dos trabalhadores.
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Logo, buscou-se analisar a influência dos fatores ergonômicos e operacionais na determinação do limite de produção para operadores de máquinas florestais, dos tipos Feller Buncher, Harvester e Forwarder, com vistas a adequar o trabalho às características físicas e mentais do ser humano. Os fatores ergonômicos foram avaliados segundo a metodologia de Análise Ergonômica do Trabalho (AET), com base nas normas nacionais e internacionais e na legislação vigente. As respostas do questionário aplicado aos operadores possibilitaram a elaboração de coeficientes de satisfação ergonômica (CSE) e de saúde ocupacional (CSO). A partir das medições antropométricas, foi definido um layout da cabine e assento adequados para o grupo de trabalhadores avaliados. Os fatores operacionais foram divididos em variáveis físicas e de povoamento florestal, sendo classificadas de acordo com as limitações que apresentavam para a colheita mecanizada. A Metodologia de Análise de Sistemas e Estudos de Tempos e Movimentos foi utilizada para calcular a produtividade dos maquinários. O CSE apontou que o ruído e a presença de gases e partículas afetam os operadores e o CSO indicou a dor na parte inferior das costas como o fator que mais acomete os operadores. Na percepção dos trabalhadores, o HV3 foi o melhor maquinário. A aferição do perfil nutricional ressaltou que 77,77% estão em uma situação de sobrepeso ou obesidade grau I. Portanto, não apresentam um bom estado nutricional, suscetíveis ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Com base nos fatores ergonômicos, o ruído e a vibração se mantiveram dentro das normas, porém, próximos a um nível de alerta. Todavia, o acesso à cabine foi considerado inadequado ergonômicamente. A classificação dos fatores operacionais demonstrou uma situação sem limitações para a colheita florestal mecanizada. As análises de movimentos repetitivos indicaram que os maquinários deveriam ter no mínimo 17% de tempo de pausas ou atividades com baixa exigência ergonômica por turno de trabalho. Em relação a esse índice, os Feller Bunchers devem aumentar em 3,25% o volume de pausas para os maquinários. Com isso, o tempo de trabalho efetivo seria reduzido. Já nos Forwarders e Harvesters foi constatada uma percentagem de pausas e tempo de baixa exigência ergonômica. O presente estudo demonstrou a importância de avaliar ergonomicamente os maquinários florestais, de forma a alcançar uma maior produtividade e a melhoria da saúde dos trabalhadores.Brazil is an essentially agricultural country with a large part of the national GDP composed of mechanized activity in the countryside. The work productivity of forest machine operators involves a set of ergonomic, mechanical and environmental conditions of an atypical nature Therefore, it is necessary to include the study of ergonomics and operational factors in production planning in order to make it healthy, efficient and sustainable. Thus, the aim of this study was to analyze the influence of ergonomic and operational factors in determining the production limit for forest machine operators such as Feller Buncher, Harvester and Forwarder for the purpose of adapting the work to the physical and mental characteristics of the human being. Ergonomic factors were evaluated according to the methodology of Ergonomic Work Analysis (AET), based not only on national and international standards, but also on current legislation. The responses to the questionnaire applied to the operators allowed the elaboration of coefficients of ergonomic satisfaction (CSE) and occupational health (CSO). From the anthropometric measurements, it was defined a suitable seat and cabin layout for the group of workers evaluated. The operational factors were divided into physical and forest stands variables which were classified according to the limitations presented for the mechanized harvest. The Methodology of Systems Analysis and Time and Motion Studies was used to calculate the productivity of the machines. Whereas the CSE pointed out that noise and presence of gases and particles affect the operators, the CSO indicated pain in the lower back as the factor that most affect the operators. According to the workers, HV3 was the best machinery. The assessment of the nutritional profile showed that 77.77% are in a situation of overweight or obesity grade I. Therefore, they do not present a good nutritional status, as well as they are susceptible to the development of non-transmissible chronic diseases. Based on the ergonomic factors, noise and vibration remained within the standards although they are close to an alert level. However, access to the cabin was considered inadequately ergonomic. The operational factors classification showed a situation without limitations for the mechanized forest harvest. The repetitive motions analysis indicated that machinery should have at least 17% of pause time or activities with low ergonomic requirement per-shift. Regarding this index, the Feller Bunchers should increase the volume of pauses for machinery by 3.25%. As a result, effective working time would be reduced. In the Forwarders and Harvesters, a percentage of pauses and time of low ergonomic demand were observed. The present study demonstrated the importance of evaluating ergonomically the forestry machinery in order to achieve higher productivity and improve the health of workers.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaMáquinas florestaisErgonomiaPromoção da saúde dos empregadosProdutividade do trabalhoExploração FlorestalFatores ergonômicos, operacionais e produtividade de operadores de máquinas de colheita florestalErgonomic, Operational Factors and Productivity of Timber Harvesting Machines Operatorsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Engenharia FlorestalMestre em Ciência FlorestalViçosa - MG2018-11-13Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf3725311https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/24786/1/texto%20completo.pdff146a2621ead8fdb88531d62a2d4be32MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/24786/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/247862019-04-24 15:46:51.387oai:locus.ufv.br:123456789/24786Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-04-24T18:46:51LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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