Fitossociologia de campos rupestres quartzíticos e ferruginosos no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062012000100022 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25354 |
Resumo: | Foram realizados estudos fitossociológicos de duas áreas em campos rupestres quartzíticos e ferruginosos (sobre itabirito) de MG. Objetivou-se verificar se os litotipos e as geoformas influenciam a vegetação dessas comunidades. Os campos rupestres de ambas litologias foram estratificados pelas geoformas e fitofisionomias em: 1. Áreas inclinadas, com campos limpos 2. Platôs, com campos limpos e 3. Porções inferiores dos perfis, com campos sujos. Amostraram-se 60 parcelas (10x10m), 10 em cada habitat. Estimou-se a cobertura e calculou-se a frequência, dominância e valor de importância (VI) das espécies. Calculou-se a diversidade pelo índice de Shannon-Wiener (H') e equabilidade de Pielou (J') para cada habitat e a similaridade florística entre eles pelo índice de Jaccard e análise de agrupamentos. Inventariou-se 165 espécies nos campos quartzíticos e 160 nos ferruginosos. Nos campos rupestres declivosos e nos platôs ferruginosos Vellozia compacta foi a espécie de maior VI. Nos campos inclinados com afloramentos quartzíticos Lagenocarpus rigidus foi a espécie com maior VI, seguida por algumas fanerófitas. Echinolaena inflexa foi a espécie de maior importância nos platôs sobre quartzito, seguida por algumas fanerófitas e várias hemicriptófitas. Os campos sujos sobre itabirito foram dominados por E. erythropappus e V. compacta enquanto que os campos sujos sobre quartzito por Echinolaena inflexa, Eremanthus erythropappus e outras fanerófitas. Os campos sujos foram mais diversos que os campos limpos. Os campos rupestres ferruginosos apresentaram menor diversidade (H'=2,92) e equabilidade (J'=0,58) do que os quartzíticos (H'=3,36; J'=0,66). A análise de agrupamentos indicou a formação de grupos definidos pelas diferentes litologias e geomorfologias. Os resultados evidenciaram que a geologia e as geoformas influenciam a composição florística de campos rupestres. |
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Fitossociologia de campos rupestres quartzíticos e ferruginosos no Quadrilátero Ferrífero, Minas GeraisCadeia do EspinhaçoCampos ferruginososCampos quartzíticosCangaQuadrilátero FerríferoEspinhaço Mountain RangeFerruginous rocky outcropsLateriteQuartzitic rocky outcropsForam realizados estudos fitossociológicos de duas áreas em campos rupestres quartzíticos e ferruginosos (sobre itabirito) de MG. Objetivou-se verificar se os litotipos e as geoformas influenciam a vegetação dessas comunidades. Os campos rupestres de ambas litologias foram estratificados pelas geoformas e fitofisionomias em: 1. Áreas inclinadas, com campos limpos 2. Platôs, com campos limpos e 3. Porções inferiores dos perfis, com campos sujos. Amostraram-se 60 parcelas (10x10m), 10 em cada habitat. Estimou-se a cobertura e calculou-se a frequência, dominância e valor de importância (VI) das espécies. Calculou-se a diversidade pelo índice de Shannon-Wiener (H') e equabilidade de Pielou (J') para cada habitat e a similaridade florística entre eles pelo índice de Jaccard e análise de agrupamentos. Inventariou-se 165 espécies nos campos quartzíticos e 160 nos ferruginosos. Nos campos rupestres declivosos e nos platôs ferruginosos Vellozia compacta foi a espécie de maior VI. Nos campos inclinados com afloramentos quartzíticos Lagenocarpus rigidus foi a espécie com maior VI, seguida por algumas fanerófitas. Echinolaena inflexa foi a espécie de maior importância nos platôs sobre quartzito, seguida por algumas fanerófitas e várias hemicriptófitas. Os campos sujos sobre itabirito foram dominados por E. erythropappus e V. compacta enquanto que os campos sujos sobre quartzito por Echinolaena inflexa, Eremanthus erythropappus e outras fanerófitas. Os campos sujos foram mais diversos que os campos limpos. Os campos rupestres ferruginosos apresentaram menor diversidade (H'=2,92) e equabilidade (J'=0,58) do que os quartzíticos (H'=3,36; J'=0,66). A análise de agrupamentos indicou a formação de grupos definidos pelas diferentes litologias e geomorfologias. Os resultados evidenciaram que a geologia e as geoformas influenciam a composição florística de campos rupestres.The floristic composition and phytosociological structure of two areas with quartzitic and ferruginous (itabiritic) campos rupestres in the Quadrilátero Ferrífero region of Minas Gerais state were studied. The aim of this research was to determine if geology and geomorphology influence the vegetation of these communities. The campos rupestres in both lithologies were stratified in three kinds of geomorphologic/phytophysionomic habitats: 1. Slopes with grasslands; 2. Plateaus with grasslands and 3. Lower slopes with woody savannas. In each habitat, 10 plots (10x10m) were randomly defined, totaling 60 plots. Frequency, dominance and importance value (IV) parameters were calculated for each species. Shannon-Wiener (H') and Pielou (J') indexes were estimated for each habitat. Jaccard index and clustering analysis were used to assess the floristic similarity of the different habitats. There were 165 species in the quartzitic and 160 in the ferruginous grasslands. Vellozia compacta was the species with the highest IV in both ferruginous grasslands. Lagenocarpus rigidus was the species with the highest IV in quartzitic sloped areas, followed by several phanerophytes. Echinolaena inflexa was the species with the highest IV in quartzitic plateaus followed by several phanerophytes and many hemicryptophytic species. The woody savannas in ferruginous areas were dominated by E. erythropappus and V. compacta, while in quartzitic areas by Echinolaena inflexa, Eremanthus erythropappus and many phanerophytic species. Woody savannas were more diverse than grasslands. Ferruginous campos rupestres exhibited lower diversity (H'=2.92) and equitability (J'=0.58) than quartzitic ones (H'=3.36; J'=0.66). Cluster analysis produced groups corresponding to the lithological and geomorphological habitats. The results give evidence that geology and geomorphology influence the floristic composition of campos rupestres.Acta Botanica Brasilica2019-05-21T17:10:52Z2019-05-21T17:10:52Z2012-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlepdfapplication/pdf1677-941Xhttp://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062012000100022http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25354porv. 26, n. 01, p. 230-242, jan./ mar. 2012Meira-Neto, João Augusto AlvesMessias, Maria Cristina Teixeira BragaLeite, Mariangela Garcia PraçaKozovits, Alessandra Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFV2024-07-12T06:41:07Zoai:locus.ufv.br:123456789/25354Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452024-07-12T06:41:07LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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