Síntese e caracterização de microesferas de alginato e caulinita incorporadas com agroquímicos para o controle de formigas cortadeiras do gênero Atta spp.

• Autor(a) principal: Duarte, Valber Georgio de Oliveira
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25667
• topic: Alginato de sódio; Agroquímicos; Técnica de manejo; Química do Estado Condensado

As formigas cortadeiras, Atta spp. são pragas severas que causam prejuízos de bilhões de dólares em cultivos florestais. Atualmente, o uso de íscas granuladas e a termonebulização são os principais métodos de controle desta praga. Neste contexto, novas formulações podem ampliar as opções de controle. Assim, objetivou-se sintetizar e caracterizar iscas para o controle de Atta spp., a partir de materiais híbridos orgânico- inorgânicos formados pela interação entre microesferas de alginato e caulinita incorporadas com os agroquímicos: tetraborato de sódio, esporos de Beauveria bassiana, sulfluramida e clorpirifós. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Compostos Lamelares (LCL), área experimental da Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba e Fazenda Donanas. As técnicas de caracterização utilizadas: Difração de Raios X no Pó (DRXP), Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR-ATR) e Análise Termogravimétrica Acoplada a Análise Termica Diferencial (TGA-DTA), forneceram informações caracteríticas dos materiais precursores da síntese, confirmando a presença dos mesmos após a fabricação das íscas. Os testes de liberação “in vitro” para as microesferas contendo boro e clorpirifós mostraram que a taxa de liberação acumulada para a solução ocorreu em um período de 1h, atingindo 100% de liberação para o boro e 86% do inseticida clorpirifós. Os testes de lixiviação de boro e clorpirifós mostraram o comportamento desses inseticidas no solo. As microesferas com tetraborato de sódio apresentaram percolação de até 100% em 15 dias. Os bioensaios em laboratório e no campo permitiram verificar a eficiência das íscas em atividade. As microesferas mais eficientes para o controle desses insetos após a atividade em campo foram as íscas que apresentavam em sua composição o princípio ativo de Beauveria bassiana (T3) para o bioensaio 1 (plantações de eucaliptos) e as esferas com o princípio ativo do inseticida clorpirifós (T8) para o bioensaio 2 (pastagem). Conclui-se que a síntese das microesferas contendo os agroquímicos originaram produtos inéditos na literatura que apresentam potencial formicida, sendo eficientes como técnica de manejo uma vez que apresentaram elevados percentuais de mortalidade dentro do período de dias avaliados.