O tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de coco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Bruna Cristina dos Santos
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Chagas, Camila Gonçalves Oliveira, Moreira, Ana Vládia Bandeira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.5433/1679-0367.2018v39n1p51
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24177
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento térmico sobre o perfil de ácidos graxos, capacidade antioxidante, oxidação lipídica e características físico-químicas do óleo de coco. As análises foram realizadas com amostras do óleo de coco in natura, aquecido até o ponto de fumaça e utilizado na fritura de batatas. Foi avaliado o perfil de ácidos graxos, os índices de peróxidos e acidez, a formação de malondialdeído e a capacidade antioxidante do óleo de coco nas três condições. O perfil de ácidos graxos não diferiu nas distintas condições de análise; contudo, pode-se observar que o índice de acidez foi significativamente maior no óleo aquecido e utilizado na fritura. Para o índice de peróxidos, esse aumento ocorreu apenas no óleo aquecido. A formação de malondialdeído foi observada em todas as amostras, sendo maior no óleo aquecido, seguido do usado na fritura. A capacidade antioxidante foi menor nas amostras submetidas ao calor (diferença significativa). Conclui-se que os tratamentos térmicos aos quais o óleo de coco foi submetido, foram capazes de alterar suas características físico- químicas e oxidativas. Considerando os possíveis malefícios associados ao consumo de óleos e gorduras degradados, desencorajamos a utilização do óleo de coco submetido a temperaturas elevadas. Enfatizamos a importância da criação de metodologias específicas para avaliação da qualidade de óleos e gorduras submetidas ao aquecimento, por possibilitar um melhor controle dos aspectos nutricionais e sensoriais dos óleos/gorduras destinados ao consumo.
id UFV_36bbe42e179159c415cabdecdd295d0d
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/24177
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Cruz, Bruna Cristina dos SantosChagas, Camila Gonçalves OliveiraMoreira, Ana Vládia Bandeira2019-03-28T12:04:45Z2019-03-28T12:04:45Z2018-011679-0367http://dx.doi.org/10.5433/1679-0367.2018v39n1p51http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24177O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento térmico sobre o perfil de ácidos graxos, capacidade antioxidante, oxidação lipídica e características físico-químicas do óleo de coco. As análises foram realizadas com amostras do óleo de coco in natura, aquecido até o ponto de fumaça e utilizado na fritura de batatas. Foi avaliado o perfil de ácidos graxos, os índices de peróxidos e acidez, a formação de malondialdeído e a capacidade antioxidante do óleo de coco nas três condições. O perfil de ácidos graxos não diferiu nas distintas condições de análise; contudo, pode-se observar que o índice de acidez foi significativamente maior no óleo aquecido e utilizado na fritura. Para o índice de peróxidos, esse aumento ocorreu apenas no óleo aquecido. A formação de malondialdeído foi observada em todas as amostras, sendo maior no óleo aquecido, seguido do usado na fritura. A capacidade antioxidante foi menor nas amostras submetidas ao calor (diferença significativa). Conclui-se que os tratamentos térmicos aos quais o óleo de coco foi submetido, foram capazes de alterar suas características físico- químicas e oxidativas. Considerando os possíveis malefícios associados ao consumo de óleos e gorduras degradados, desencorajamos a utilização do óleo de coco submetido a temperaturas elevadas. Enfatizamos a importância da criação de metodologias específicas para avaliação da qualidade de óleos e gorduras submetidas ao aquecimento, por possibilitar um melhor controle dos aspectos nutricionais e sensoriais dos óleos/gorduras destinados ao consumo.The objective of this study was to evaluate the effect of heat treatment on the profile of fatty acids, antioxidant capacity, lipid oxidation and physical-chemical characteristics of coconut oil. The analyzes were carried out with samples of the coconut oil in natura, heated to the “point of smoke” and used to fry the potatoes. The fatty acid profile, the peroxide and acidity indexes, the malondialdehyde formation and the antioxidant capacity of the coconut oil were evaluated in three conditions. The fatty acid profile did not differ in the different conditions of analysis; however, it may be observed that the acid value was significantly higher in the heated oil and used in frying. For the peroxide index, this increase occurred only in the heated oil. The formation of malondialdehyde was observed in all the samples, being higher in the heated oil, followed by the one used in the frying process. The antioxidant capacity was significantly lower in the heated samples. It concluded that the thermal treatments to which the coconut oil was subjected, were able to modify its physicochemical and oxidative characteristics. Considering the possible damages associated with the oils and degraded fats consumption, we discourage the use of coconut oil subjected to high temperatures. We emphasize the importance of the creation of specific methodologies for quality evaluation of oils and fats submitted to the heating, which allows a better control of nutritional and sensorial aspects of the oils destined for consumption.porSemina: Ciências Biológicas e da Saúdev. 39, n. 1, p. 51- 58, jan.- jun. 2018Óleo de cocoEstresse oxidativoPerfil lipídicoCoconut oilOxidative stressLipid profileO tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de cocoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALartigo.pdfartigo.pdftexto completoapplication/pdf319261https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/24177/1/artigo.pdf3ee3906caf6f95b6f3297e0bc0ee4cf6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/24177/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/241772019-03-28 09:07:19.342oai:locus.ufv.br:123456789/24177Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-03-28T12:07:19LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.pt-BR.fl_str_mv O tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de coco
title O tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de coco
spellingShingle O tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de coco
Cruz, Bruna Cristina dos Santos
Óleo de coco
Estresse oxidativo
Perfil lipídico
Coconut oil
Oxidative stress
Lipid profile
title_short O tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de coco
title_full O tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de coco
title_fullStr O tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de coco
title_full_unstemmed O tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de coco
title_sort O tratamento térmico influencia as características físico-químicas e oxidativas do óleo de coco
author Cruz, Bruna Cristina dos Santos
author_facet Cruz, Bruna Cristina dos Santos
Chagas, Camila Gonçalves Oliveira
Moreira, Ana Vládia Bandeira
author_role author
author2 Chagas, Camila Gonçalves Oliveira
Moreira, Ana Vládia Bandeira
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cruz, Bruna Cristina dos Santos
Chagas, Camila Gonçalves Oliveira
Moreira, Ana Vládia Bandeira
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Óleo de coco
Estresse oxidativo
Perfil lipídico
Coconut oil
Oxidative stress
Lipid profile
topic Óleo de coco
Estresse oxidativo
Perfil lipídico
Coconut oil
Oxidative stress
Lipid profile
description O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento térmico sobre o perfil de ácidos graxos, capacidade antioxidante, oxidação lipídica e características físico-químicas do óleo de coco. As análises foram realizadas com amostras do óleo de coco in natura, aquecido até o ponto de fumaça e utilizado na fritura de batatas. Foi avaliado o perfil de ácidos graxos, os índices de peróxidos e acidez, a formação de malondialdeído e a capacidade antioxidante do óleo de coco nas três condições. O perfil de ácidos graxos não diferiu nas distintas condições de análise; contudo, pode-se observar que o índice de acidez foi significativamente maior no óleo aquecido e utilizado na fritura. Para o índice de peróxidos, esse aumento ocorreu apenas no óleo aquecido. A formação de malondialdeído foi observada em todas as amostras, sendo maior no óleo aquecido, seguido do usado na fritura. A capacidade antioxidante foi menor nas amostras submetidas ao calor (diferença significativa). Conclui-se que os tratamentos térmicos aos quais o óleo de coco foi submetido, foram capazes de alterar suas características físico- químicas e oxidativas. Considerando os possíveis malefícios associados ao consumo de óleos e gorduras degradados, desencorajamos a utilização do óleo de coco submetido a temperaturas elevadas. Enfatizamos a importância da criação de metodologias específicas para avaliação da qualidade de óleos e gorduras submetidas ao aquecimento, por possibilitar um melhor controle dos aspectos nutricionais e sensoriais dos óleos/gorduras destinados ao consumo.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-03-28T12:04:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-03-28T12:04:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.5433/1679-0367.2018v39n1p51
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24177
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 1679-0367
identifier_str_mv 1679-0367
url http://dx.doi.org/10.5433/1679-0367.2018v39n1p51
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24177
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartofseries.pt-BR.fl_str_mv v. 39, n. 1, p. 51- 58, jan.- jun. 2018
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Semina: Ciências Biológicas e da Saúde
publisher.none.fl_str_mv Semina: Ciências Biológicas e da Saúde
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/24177/1/artigo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/24177/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 3ee3906caf6f95b6f3297e0bc0ee4cf6
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1801213096351498240