Toxicological effects of fipronil on the midgut and brain of the stingless bee Partamona helleri Friese (Hymenoptera: Apidae)

• Autor(a) principal: Gomes, Cliver Fernandes Farder
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: eng
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28947; https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.072
• topic: Polinização por insetos; Abelhas sem ferrao - Efeitos dos inseticidas; Intestino; Cerebro; Fipronil ( Inseticida); Morfologia dos Grupos Recentes

Partamona helleri Friese é uma abelha sem ferrão que poliniza plantas nativas e cultivadas no Brasil. O declínio geral da população de abelhas tem sido associado a muitos fatores, incluindo a exposição a inseticidas. Dentre os inseticidas usados na agricultura e silvicultura no Brasil, o fipronil é particularmente importante devido à sua toxicidade para organismos não-alvo, incluindo as abelhas. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos colaterais da LC 50 do fipronil no intestino médio e cérebro de operárias de P. helleri após exposição oral. No capítulo 1, foram avaliados os efeitos do inseticida sobre a morfologia do intestino médio, atividade antioxidante e algumas vias de morte celular, proliferação e diferenciação celular nas operárias. O fipronil causou desorganização do epitélio do intestino médio e aumentou a atividade das enzimas de desintoxicação superóxido dismutase, catalase e glutationa S-transferase. Além disso, houve um aumento nas proteínas da via de sinalização caspase-3, peroxidase e ERK 1/2 no intestino médio de abelhas expostas, mas uma diminuição nas proteínas JNK, Wg, Armadillo, Notch e Prospero, indicando a indução de morte celular e comprometimento da renovação epitelial do intestino médio. No capítulo 2, foram avaliados os efeitos do fipronil sobre o comportamento, morfologia cerebral, atividade antioxidante e proteínas relacionadas às vias de sinalização celular no cérebro das operárias. A ingestão do inseticida causou hiperatividade nas abelhas e danificou o cérebro. O fipronil também diminuiu a atividade da catalase, mas aumentou a atividade da glutationa S-transferase. Além disso, as abelhas expostas mostraram um aumento no número de células positivas para caspase-3 e peroxidase, mas uma redução nas células positivas para ERK 1/2, JNK e Notch, sugerindo morte de neurônios e função cerebral prejudicada. Juntos, esses resultados demonstram que o fipronil afeta significativamente a morfologia e a fisiologia de dois importantes órgãos da abelha sem ferrão P. helleri, o que pode ameaçar os indivíduos e as colônias deste importante polinizador Neotropical. Palavras-chave: Polinizador. Intestino médio. Cérebro. Fipronil. Vias de sinalização.