Agroecologia e agência em territórios: o Polo Agroecológico e de Produção Orgânica da Zona da Mata Mineira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32447 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.244 |
Resumo: | A Zona da Mata de Minas Gerais, mais especificamente o entorno da Serra do Brigadeiro, é uma importante região para o estado e o Brasil como um todo. Rica em biodiversidade e com uma abundância de recursos naturais, este espaço começou a ser explorado há muito tempo, num processo que perdura até hoje. Entretanto, apesar de sua imensa força, a agricultura familiar e a agroecologia foram sendo construídas e consolidadas nos próprios territórios pelos próprios atores que ali viviam. Nesse sentido, na década de 1980, a partir do contexto de forte organização sócio-territorial na Zona da Mata, surge o movimento agroecológico da região. Colocando como centralidade o debate da agroecologia e entendendo-a enquanto movimento, ciência e prática, os diversos atores/agentes (agricultores/as familiares, sindicalistas, professores/as, estudantes, organizações, entidades, Estado, universidades) procuram ter coesão em suas estratégias para o fomento da agricultura familiar e a agroecologia no território. É nesse sentido que, em 2018, é instituído o Polo Agroecológico e de Produção Orgânica da Zona da Mata mineira, como forma de reconhecimento “oficial” do movimento agroecológico da região pelo Estado. Entretanto, passados quase quatro anos da Lei, o Polo ainda parece distante da base. A partir da revisão de literatura, análise documental, observação participante em atividades de campo e entrevistas semiestruturadas nos municípios de Divino, Muriaé e Viçosa, identificamos cerca de 90 atores (individuais e coletivos) distribuídos em 21 municípios, abarcando uma área de abrangência que ultrapassa os limites territoriais da região da Zona da Mata. Estes atores, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), o Sistema Participativo de Garantia (SPG) Floriô, as feiras agroecológicas, dentre outros, são os que estão dando materialidade à política pública a partir da sua capacidade de agência em seus em seus respectivos territórios. Palavras-chave: agroecologia; agência; Zona da Mata mineira; territorialização; atores sociais. |
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Agroecologia e agência em territórios: o Polo Agroecológico e de Produção Orgânica da Zona da Mata MineiraAgroecology and agency in territories: the Agroecological and Organic Production Hub of Zona da Mata Mineira.Agroecologia - Zona da Mata (MG : Mesorregião)Trabalhadores rurais - Zona da Mata (MG : Mesorregião)Movimentos sociais -Zona da Mata (MG : Mesorregião)Extensão RuralA Zona da Mata de Minas Gerais, mais especificamente o entorno da Serra do Brigadeiro, é uma importante região para o estado e o Brasil como um todo. Rica em biodiversidade e com uma abundância de recursos naturais, este espaço começou a ser explorado há muito tempo, num processo que perdura até hoje. Entretanto, apesar de sua imensa força, a agricultura familiar e a agroecologia foram sendo construídas e consolidadas nos próprios territórios pelos próprios atores que ali viviam. Nesse sentido, na década de 1980, a partir do contexto de forte organização sócio-territorial na Zona da Mata, surge o movimento agroecológico da região. Colocando como centralidade o debate da agroecologia e entendendo-a enquanto movimento, ciência e prática, os diversos atores/agentes (agricultores/as familiares, sindicalistas, professores/as, estudantes, organizações, entidades, Estado, universidades) procuram ter coesão em suas estratégias para o fomento da agricultura familiar e a agroecologia no território. É nesse sentido que, em 2018, é instituído o Polo Agroecológico e de Produção Orgânica da Zona da Mata mineira, como forma de reconhecimento “oficial” do movimento agroecológico da região pelo Estado. Entretanto, passados quase quatro anos da Lei, o Polo ainda parece distante da base. A partir da revisão de literatura, análise documental, observação participante em atividades de campo e entrevistas semiestruturadas nos municípios de Divino, Muriaé e Viçosa, identificamos cerca de 90 atores (individuais e coletivos) distribuídos em 21 municípios, abarcando uma área de abrangência que ultrapassa os limites territoriais da região da Zona da Mata. Estes atores, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), o Sistema Participativo de Garantia (SPG) Floriô, as feiras agroecológicas, dentre outros, são os que estão dando materialidade à política pública a partir da sua capacidade de agência em seus em seus respectivos territórios. Palavras-chave: agroecologia; agência; Zona da Mata mineira; territorialização; atores sociais.The Zona da Mata region of Minas Gerais, specifically the surroundings of Serra do Brigadeiro, is an important area for the state and Brazil as a whole. Rich in biodiversity and abundant in natural resources, this space has been explored for a long time, a process that continues to this day. However, despite its immense strength, family farming and agroecology were built and consolidated in the territories themselves by the actors who lived there. In this sense, in the 1980s, from the context of strong socio-territorial organization in Zona da Mata, the agroecological movement of the region emerged. Placing the debate on agroecology at the center and understanding it as a movement, science, and practice, the various actors (family farmers, unionists, teachers, students, organizations, entities, state, universities) seek to have cohesion in their strategies to promote family farming and agroecology in the territory. It is in this sense that, in 2018, the Agroecological and Organic Production Hub of Zona da Mata Mineira was established, as a form of "official" recognition of the agroecological movement in the region by the State. However, nearly four years after the Law, the Hub still seems distant from the grassroots. Through literature review, documentary analysis, participant observation in field activities, and semi-structured interviews in the municipalities of Divino, Muriaé, and Viçosa, we identified about 90 actors (individuals and collectives) distributed in 21 municipalities, covering an area that exceeds the territorial limits of the Zona da Mata region. These actors, such as the Pastoral Land Commission (CPT), the Center for Alternative Technologies of Zona da Mata (CTA-ZM), the Participatory Guarantee System (SPG) Floriô, agroecological fairs, among others, are the ones giving materiality to public policy based on their agency in their respective territories. Keywords: agroecology; agency; Zona da Mata Mineira; territorialization; social actors.CAPES - Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal de ViçosaExtensão RuralMendonça, Maria Alice Fernandes Corrêahttp://lattes.cnpq.br/5131535635875449Magno, LucasOliveira, Leonardo Barbosa2024-07-24T14:48:53Z2023-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Leonardo Barbosa. Agroecologia e agência em territórios: o Polo Agroecológico e de Produção Orgânica da Zona da Mata Mineira. 2023. 139 f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2023.https://locus.ufv.br/handle/123456789/32447https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.244porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFV2024-07-26T12:52:05Zoai:locus.ufv.br:123456789/32447Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452024-07-26T12:52:05LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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