Efeito da suplementação mineral sobre as digestibilidades total, ruminal e intestinal em zebuínos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sathler, Danillo Figueiredo Teixeira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6241
Resumo: Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito da suplementação mineral sobre consumo, digestibilidade total, ruminal e intestinal dos constituintes da dieta e a eficiência microbiana de machos Nelore não castrados. Foram utilizados cinco bovinos machos não castrados da raça Nelore fistulados no rúmen e ileo, com peso corporal médio de 200 ± 10,5 kg e idade média de sete meses, distribuídos em um quadrado latino 5 × 5. As cinco dietas foram: CMi (com suplementação mineral) para atender as exigências de todos os minerais, CSm (com calcário, fosfato bicálcico e sem suplementação com microminerais) para atender cálcio e fósforo, SCm (sem calcário e fosfato bicálcico, mas com microminerais) para atender as exigências de microminerais, SMi (sem calcário, fosfato bicálcico e microminerais) sem fonte suplementar de cálcio, fósforo e microminerais, ad libitum e MSMi, dieta SMi ofertada ao nível de mantença. O volumoso foi constituído de cana de açúcar, usado na proporção de 40% na base da MS da dieta total e os concentrados à base de fubá de milho, casca de soja, farelo de soja, uréia/sulfato de amônio, sal comum, calcário calcítico, fosfato bicálcico, premix micromineral e areia. As quantidades de volumoso e concentrado oferecidas, e também as sobras, foram registradas diariamente, assim como foram coletadas as amostras dos ingredientes do concentrado, cana de açúcar e das sobras de cada animal. As amostras foram agrupadas, de forma proporcional, constituindo-se em amostras compostas, as quais foram secas parcialmente e moídas em moinho de faca com peneira de malha de 1 e 2 mm para posteriores análises laboratoriais. Foram realizados cinco períodos experimentais com duração de 18 dias cada, sendo 10 dias para adaptação às dietas e oito dias para realização das coletas. Foi realizada a coleta total de fezes e urina nos dias 11, 12 e 13. Do 14o ao 18o dia foram feitas as coletas de digesta omasal e ileal, e coletas de fluido ruminal para isolamento de bactérias. Os horários de coleta foram: 08:00, 23:00, 14:00, 05:00, 20:00, 11:00, 02:00 e 17:00 h, totalizando oito horarios de coletas. Os fluxos de matéria seca omasal foram obtidos usando o sistema de indicador duplo, utilizando a fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) como indicador da fase sólida e o Co-EDTA como indicador da fase líquida e de pequenas partículas, enquanto os fluxos de matéria seca ileal foram obtidos dividindo-se o consumo de FDNi pela sua concentração na digesta ileal. As análises estatísticas foram feitas utilizando o PROC MIXED do SAS. Para todos os testes, foi utilizado 5% como nível crítico de probabilidade. Para as dietas fornecidas à vontade, não houve efeito (P > 0,05) da suplementação mineral nos consumos de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), nutrientes digestíveis totais (NDT), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), carboidratos não fibrosos (CNF), sódio (Na), potássio (K) e magnésio (Mg). Os consumos de cálcio (Ca), fósforo (P), cobre (Cu), zinco (Zn) e manganês (Mn) foram maiores (P < 0,05) para as dietas CMi e CSm. Não foram encontrados efeitos da suplementação mineral (P > 0,05) na digestibilidade aparente total de todos os constituintes das dietas, com excessão do Cu, Zn e Mn (P < 0,05), sendo os tratamentos CMi e SCm com maior digestibilidade aparente. A digestibilidade ruminal da matéria orgânica foi maior para a dieta MSMi ( P < 0,05). Foi observado efeito da suplementação mineral (P < 0,05) na absorção ruminal do Ca, sendo esta de 25,6% para as dietas CMi e CSm. Não foram encontrados efeitos da suplementação mineral (P > 0,05) na absorção do Ca nos intestinos delgado e grosso, sendo as absorções médias obtidas de 5,3 e 23%, respectivamente. Houve reciclagem líquida de P para o rúmen, variando de 13,96 a 23,35 g/dia. O principal local de absorção do P foi o intestino delgado, com média de 67,3% da quantidade que chegou ao local. Foi observada absorção de P no intestino grosso de 25,5%. Maior absorção de Na foi observada no intestino grosso, cuja média foi de 87,2% da quantidade que chegou ao local. O Mg foi absorvido principalmente no rúmen, com média de 68%. A absorção ruminal de cobre foi maior (P < 0,05) para a dieta SCm, quando expressa em mg/dia ou em percentagem, cujo valor é 55,7%. A absorção de Cu nos intestinos, expressa em mg/dia, foi maior (P < 0,05) para a dieta CMi, sendo os valores de 44,4 e 33,9 mg/dia no intestino delgado e grosso respectivamente. A absorção ruminal de zinco e aparente total foram maiores (P < 0,05) para as dietas CMi e SCm, expressas em mg/dia ou em percentagem, cuja média foi de 43,6 e 50,8% respectivamente. A absorção de zinco no intestino delgado, expressa em mg/dia, foi maior (P < 0,05) para a dieta SCm, sendo o valor de 92,4 mg/dia. A absorção ruminal de Mn foi maior (P <0,05) para a dieta SCm quando expressa em mg/dia ou percentagem, enquanto no intestino delgado a dieta CMi teve maior (P < 0,05) absorção com valor de 88,3 mg/dia. O valor médio de eficiência microbiana foi de 125,7 g de PBmic/kg de NDT. Já a eficiência em relação a matéria orgânica digerida ingerida (MOD) foi de 136,5 g de PBmic/kg de MOD. Neste experimento as percentagens médias de Ca e P na base da matéria seca ingerida foram de 0,39; 0,40; 0,18 e 0,18% para Ca e 0,23; 0,22; 0,16 e 0,16% para P. A absorção aparente total média de Ca, P, Na, K e Mg foi de 40,8; 33,1; 51,7; 62 e 43,7%. Conclui-se que a suplementação mineral não altera os consumos e as digestibilidades aparentes totais dos constituintes das dietas, e consequentemente a ingestão de energia, assim os menores teores de cálcio e fósforo de 0,18 e 0,16% na MS total da dieta, respectivamente, são considerados adequados para bovinos em crescimento. A reciclagem líquida de fósforo para o rúmen variou de 13,96 a 23,35 g/dia, sendo essa quantidade adequada para manter o crescimento microbiano. O rúmen é o principal local de absorção de magnésio, enquanto ocorre reciclagem líquida de Na e K para esse local. Os principais locais de absorção do P e do K são o intestino delgado, enquanto o Na é absorvido principalmente no intestino grosso.
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spelling Detman, EdenioRennó, Luciana NavajasSathler, Danillo Figueiredo Teixeirahttp://lattes.cnpq.br/2281885319640591Valadares Filho, Sebastião de Campos2015-10-15T10:12:51Z2015-10-15T10:12:51Z2015-03-31SATHLER, Danillo Figueiredo Teixeira. Efeito da suplementação mineral sobre as digestibilidades total, ruminal e intestinal em zebuínos. 2015. 49f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2015.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6241Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito da suplementação mineral sobre consumo, digestibilidade total, ruminal e intestinal dos constituintes da dieta e a eficiência microbiana de machos Nelore não castrados. Foram utilizados cinco bovinos machos não castrados da raça Nelore fistulados no rúmen e ileo, com peso corporal médio de 200 ± 10,5 kg e idade média de sete meses, distribuídos em um quadrado latino 5 × 5. As cinco dietas foram: CMi (com suplementação mineral) para atender as exigências de todos os minerais, CSm (com calcário, fosfato bicálcico e sem suplementação com microminerais) para atender cálcio e fósforo, SCm (sem calcário e fosfato bicálcico, mas com microminerais) para atender as exigências de microminerais, SMi (sem calcário, fosfato bicálcico e microminerais) sem fonte suplementar de cálcio, fósforo e microminerais, ad libitum e MSMi, dieta SMi ofertada ao nível de mantença. O volumoso foi constituído de cana de açúcar, usado na proporção de 40% na base da MS da dieta total e os concentrados à base de fubá de milho, casca de soja, farelo de soja, uréia/sulfato de amônio, sal comum, calcário calcítico, fosfato bicálcico, premix micromineral e areia. As quantidades de volumoso e concentrado oferecidas, e também as sobras, foram registradas diariamente, assim como foram coletadas as amostras dos ingredientes do concentrado, cana de açúcar e das sobras de cada animal. As amostras foram agrupadas, de forma proporcional, constituindo-se em amostras compostas, as quais foram secas parcialmente e moídas em moinho de faca com peneira de malha de 1 e 2 mm para posteriores análises laboratoriais. Foram realizados cinco períodos experimentais com duração de 18 dias cada, sendo 10 dias para adaptação às dietas e oito dias para realização das coletas. Foi realizada a coleta total de fezes e urina nos dias 11, 12 e 13. Do 14o ao 18o dia foram feitas as coletas de digesta omasal e ileal, e coletas de fluido ruminal para isolamento de bactérias. Os horários de coleta foram: 08:00, 23:00, 14:00, 05:00, 20:00, 11:00, 02:00 e 17:00 h, totalizando oito horarios de coletas. 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Os consumos de cálcio (Ca), fósforo (P), cobre (Cu), zinco (Zn) e manganês (Mn) foram maiores (P < 0,05) para as dietas CMi e CSm. Não foram encontrados efeitos da suplementação mineral (P > 0,05) na digestibilidade aparente total de todos os constituintes das dietas, com excessão do Cu, Zn e Mn (P < 0,05), sendo os tratamentos CMi e SCm com maior digestibilidade aparente. A digestibilidade ruminal da matéria orgânica foi maior para a dieta MSMi ( P < 0,05). Foi observado efeito da suplementação mineral (P < 0,05) na absorção ruminal do Ca, sendo esta de 25,6% para as dietas CMi e CSm. Não foram encontrados efeitos da suplementação mineral (P > 0,05) na absorção do Ca nos intestinos delgado e grosso, sendo as absorções médias obtidas de 5,3 e 23%, respectivamente. Houve reciclagem líquida de P para o rúmen, variando de 13,96 a 23,35 g/dia. O principal local de absorção do P foi o intestino delgado, com média de 67,3% da quantidade que chegou ao local. Foi observada absorção de P no intestino grosso de 25,5%. Maior absorção de Na foi observada no intestino grosso, cuja média foi de 87,2% da quantidade que chegou ao local. O Mg foi absorvido principalmente no rúmen, com média de 68%. A absorção ruminal de cobre foi maior (P < 0,05) para a dieta SCm, quando expressa em mg/dia ou em percentagem, cujo valor é 55,7%. A absorção de Cu nos intestinos, expressa em mg/dia, foi maior (P < 0,05) para a dieta CMi, sendo os valores de 44,4 e 33,9 mg/dia no intestino delgado e grosso respectivamente. A absorção ruminal de zinco e aparente total foram maiores (P < 0,05) para as dietas CMi e SCm, expressas em mg/dia ou em percentagem, cuja média foi de 43,6 e 50,8% respectivamente. A absorção de zinco no intestino delgado, expressa em mg/dia, foi maior (P < 0,05) para a dieta SCm, sendo o valor de 92,4 mg/dia. A absorção ruminal de Mn foi maior (P <0,05) para a dieta SCm quando expressa em mg/dia ou percentagem, enquanto no intestino delgado a dieta CMi teve maior (P < 0,05) absorção com valor de 88,3 mg/dia. O valor médio de eficiência microbiana foi de 125,7 g de PBmic/kg de NDT. Já a eficiência em relação a matéria orgânica digerida ingerida (MOD) foi de 136,5 g de PBmic/kg de MOD. Neste experimento as percentagens médias de Ca e P na base da matéria seca ingerida foram de 0,39; 0,40; 0,18 e 0,18% para Ca e 0,23; 0,22; 0,16 e 0,16% para P. A absorção aparente total média de Ca, P, Na, K e Mg foi de 40,8; 33,1; 51,7; 62 e 43,7%. Conclui-se que a suplementação mineral não altera os consumos e as digestibilidades aparentes totais dos constituintes das dietas, e consequentemente a ingestão de energia, assim os menores teores de cálcio e fósforo de 0,18 e 0,16% na MS total da dieta, respectivamente, são considerados adequados para bovinos em crescimento. A reciclagem líquida de fósforo para o rúmen variou de 13,96 a 23,35 g/dia, sendo essa quantidade adequada para manter o crescimento microbiano. O rúmen é o principal local de absorção de magnésio, enquanto ocorre reciclagem líquida de Na e K para esse local. Os principais locais de absorção do P e do K são o intestino delgado, enquanto o Na é absorvido principalmente no intestino grosso.The objective of this study was to evaluate the effect of mineral supplementation on intake, total, ruminal, and intestinal digestibility of dietary constituents and microbial efficiency in Nellore bulls. Five Nellore bulls fitted in the rumen and ileum were used, with an average body weight of 200 ± 10.5 kg and average age of seven months. The bulls were distributed in a Latin square 5 × 5. The five diets studied were: CMi (with mineral supplementation) which met the requirements of all minerals, CSM (with limestone, dicalcium phosphate without trace minerals supplementation) which met calcium and phosphorus requirements, SCm (without limestone and dicalcium phosphate, but with trace minerals supplementation) which met the requirements of trace minerals, SMi (wthiout limestone, dicalcium phosphate, and trace minerals) without an additional source of calcium, phosphorus, and trace minerals supplied ad libitum and MSMI, which was the SMi diet offered at maintenance level. The roughage used was the sugar cane in the proportion of 40% dry matter basis of the total diet and the concentrated was based on corn, soybean hulls, soybean meal, urea + ammonium sulfate, common salt, limestone calcite, dicalcium phosphate, trace mineral premix, and sand. The amounts of forage and concentrate offered, and the orts were recorded daily, and ingredients of concentrate, sugar cane and orts samples were collected of each animal. Samples were grouped proportionally in composite samples, which were partially dried and ground in a knife mill with mesh sieve of 1 and 2 mm for subsequent laboratory analysis. Five experimental periods were performed with duration of 18 days each, with 10 days for diet acclimation and eight days for the collections. The total collection of feces and urine were performed on days 11, 12, and 13. From the 14th to the 18th day collections of omasal and ileal digesta were performed, we also collected ruminal digesta in order to isolate bacteria. The collection times were 0800, 2300, 1400, 0500, 2000, 1100, 0200, and 1700, totaling eight collections per period. The omasal flows were obtained using the double marker system, using indigestible neutral detergent fiber (iNDF) as an indicator of the solid phase and Co-EDTA as an indicator of the liquid phase and small particles. Ileal flow was obtained by dividing the iNDF intake by its concentration in the ileal digesta. Statistical analyzes were performed using the PROC MIXED of SAS. For all tests, we used 5% as the critical level of probability. For diets ad libitum, there was no effect (P>0.05) of mineral supplementation on intake of dry matter (DM), organic matter (OM), total digestible nutrients (TDN), crude protein (CP), ether extract (EE), neutral detergent fiber corrected for ash and protein (apNDF), non-fibrous carbohydrates (NFC), sodium (Na), potassium (K), and magnesium (Mg). Intake of calcium (Ca), phosphorus (P), copper (Cu), zinc (Zn,) and manganese (Mn) was greater (P<0.05) for CMi and CSM diets. There was no effect (P> 0.05) of mineral supplementation on total apparent digestibility of all constituents of the diet, with the exception of Cu, Zn, and Mn (P<0.05), with CMi and SCm treatments presenting the greater apparent digestibility. Ruminal OM digestibility was greater for MSMI diet (P<0.05). It was observed an effect of mineral supplementation (P<0.05) in ruminal Ca absorption, which was 25.6% for CMi and CSM diets. There was no effect (P>0.05) of mineral supplementation in Ca absorption in the small and large intestines, and the averages absorptions of 5.3 and 23%, respectively. The recycling liquid of P in the rumen ranged from 13.96 to 23.35 g/d. The primary site of the P absorption was the small intestine, with 67.3% of the quantity of P that arrived. Phosphorus uptake was observed in the large intestine of 25.5%. Greater absorption of Na was observed in the large intestine, with an average of 87.2% of the quantity arrived. Magnesium was mainly absorbed in the rumen with an averaging of 68%. The rumen absorption of copper was greater (P<0.05) for diet SCm when expressed in mg/d or 55.7%. The Cu absorption in the intestines, expressed in mg/d was greater (P<0.05) for diet CMi and the values of 44.4 and 33.9 mg/d in the small and large intestine, respectively. The ruminal absorption of zinc was greater (P<0.05) for CMi and SCm diets in mg/d. The zinc absorption in the small intestine, expressed in mg/d was greater (P<0.05) for SCm diet, with the value of 92.4 mg/d. The rumen Mn absorption was greater (P<0.05) for SCm diet when expressed in mg/day or percentage, while in the small intestine CMi diet presented with a greater (P<0.05) absorption value. The microbial efficiency was 125.7 g CPmic/kg TDN. The efficiency relative to consumed digested organic matter (DOM) was 136.5 g CPmic/kg MOD. In this experiment, the percentages of Ca and P on dry matter intake basis were 0.39, 0.40, 0.18, and 0.18% for Ca and 0.23, 0.22, 0.16, and 0.16% for P. The total apparent absorption of Ca, P, Na, K, and Mg was 40.8, 33.1, 51.7, 62.0, and 43.7%. We conclude that mineral supplementation does not alter the intake and total apparent digestibility of the constituents of the diet, and consequently the energy intake thus, the levels of calcium and phosphorus of 0.18 and 0.16% in total dietary DM respectively, are considered suitable for growing cattle. The recycling of phosphorus in the rumen liquid ranged from 13.96 to 23.35 g/d, and this amount is adequate to maintain the microbial growth. The rumen is the primary site of magnesium absorption recycling such as the Na and K. The principal absorption sites of the P and K are the small intestine, while the Na is mainly absorbed in the intestine.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de ViçosaBovinosAlimentação e raçõesMinerais na nutrição animalCalcário na alimentação animalConsumoDigestibilidadeNutrição e Alimentação AnimalEfeito da suplementação mineral sobre as digestibilidades total, ruminal e intestinal em zebuínosEffect of mineral supplementation on the ruminal and intestinal digestibility in zebu cattleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de ZootecniaMestre em ZootecniaViçosa - MG2015-03-31Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/6241/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf413666https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/6241/3/texto%20completo.pdf0b40b5418863cf5c8c691199728c1000MD53TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain108046https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/6241/4/texto%20completo.pdf.txt596ff1d5db918c7a6959911f5b8766c7MD54THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3561https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/6241/5/texto%20completo.pdf.jpg5415cc26fc425e0a609de49200dd579bMD55123456789/62412022-06-24 15:01:41.537oai:locus.ufv.br:123456789/6241Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452022-06-24T18:01:41LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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Rennó, Luciana Navajas
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dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Valadares Filho, Sebastião de Campos
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Alimentação e rações
Minerais na nutrição animal
Calcário na alimentação animal
Consumo
Digestibilidade
topic Bovinos
Alimentação e rações
Minerais na nutrição animal
Calcário na alimentação animal
Consumo
Digestibilidade
Nutrição e Alimentação Animal
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description Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito da suplementação mineral sobre consumo, digestibilidade total, ruminal e intestinal dos constituintes da dieta e a eficiência microbiana de machos Nelore não castrados. Foram utilizados cinco bovinos machos não castrados da raça Nelore fistulados no rúmen e ileo, com peso corporal médio de 200 ± 10,5 kg e idade média de sete meses, distribuídos em um quadrado latino 5 × 5. As cinco dietas foram: CMi (com suplementação mineral) para atender as exigências de todos os minerais, CSm (com calcário, fosfato bicálcico e sem suplementação com microminerais) para atender cálcio e fósforo, SCm (sem calcário e fosfato bicálcico, mas com microminerais) para atender as exigências de microminerais, SMi (sem calcário, fosfato bicálcico e microminerais) sem fonte suplementar de cálcio, fósforo e microminerais, ad libitum e MSMi, dieta SMi ofertada ao nível de mantença. O volumoso foi constituído de cana de açúcar, usado na proporção de 40% na base da MS da dieta total e os concentrados à base de fubá de milho, casca de soja, farelo de soja, uréia/sulfato de amônio, sal comum, calcário calcítico, fosfato bicálcico, premix micromineral e areia. As quantidades de volumoso e concentrado oferecidas, e também as sobras, foram registradas diariamente, assim como foram coletadas as amostras dos ingredientes do concentrado, cana de açúcar e das sobras de cada animal. As amostras foram agrupadas, de forma proporcional, constituindo-se em amostras compostas, as quais foram secas parcialmente e moídas em moinho de faca com peneira de malha de 1 e 2 mm para posteriores análises laboratoriais. Foram realizados cinco períodos experimentais com duração de 18 dias cada, sendo 10 dias para adaptação às dietas e oito dias para realização das coletas. Foi realizada a coleta total de fezes e urina nos dias 11, 12 e 13. Do 14o ao 18o dia foram feitas as coletas de digesta omasal e ileal, e coletas de fluido ruminal para isolamento de bactérias. Os horários de coleta foram: 08:00, 23:00, 14:00, 05:00, 20:00, 11:00, 02:00 e 17:00 h, totalizando oito horarios de coletas. Os fluxos de matéria seca omasal foram obtidos usando o sistema de indicador duplo, utilizando a fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) como indicador da fase sólida e o Co-EDTA como indicador da fase líquida e de pequenas partículas, enquanto os fluxos de matéria seca ileal foram obtidos dividindo-se o consumo de FDNi pela sua concentração na digesta ileal. As análises estatísticas foram feitas utilizando o PROC MIXED do SAS. Para todos os testes, foi utilizado 5% como nível crítico de probabilidade. Para as dietas fornecidas à vontade, não houve efeito (P > 0,05) da suplementação mineral nos consumos de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), nutrientes digestíveis totais (NDT), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), carboidratos não fibrosos (CNF), sódio (Na), potássio (K) e magnésio (Mg). Os consumos de cálcio (Ca), fósforo (P), cobre (Cu), zinco (Zn) e manganês (Mn) foram maiores (P < 0,05) para as dietas CMi e CSm. Não foram encontrados efeitos da suplementação mineral (P > 0,05) na digestibilidade aparente total de todos os constituintes das dietas, com excessão do Cu, Zn e Mn (P < 0,05), sendo os tratamentos CMi e SCm com maior digestibilidade aparente. A digestibilidade ruminal da matéria orgânica foi maior para a dieta MSMi ( P < 0,05). Foi observado efeito da suplementação mineral (P < 0,05) na absorção ruminal do Ca, sendo esta de 25,6% para as dietas CMi e CSm. Não foram encontrados efeitos da suplementação mineral (P > 0,05) na absorção do Ca nos intestinos delgado e grosso, sendo as absorções médias obtidas de 5,3 e 23%, respectivamente. Houve reciclagem líquida de P para o rúmen, variando de 13,96 a 23,35 g/dia. O principal local de absorção do P foi o intestino delgado, com média de 67,3% da quantidade que chegou ao local. Foi observada absorção de P no intestino grosso de 25,5%. Maior absorção de Na foi observada no intestino grosso, cuja média foi de 87,2% da quantidade que chegou ao local. O Mg foi absorvido principalmente no rúmen, com média de 68%. A absorção ruminal de cobre foi maior (P < 0,05) para a dieta SCm, quando expressa em mg/dia ou em percentagem, cujo valor é 55,7%. A absorção de Cu nos intestinos, expressa em mg/dia, foi maior (P < 0,05) para a dieta CMi, sendo os valores de 44,4 e 33,9 mg/dia no intestino delgado e grosso respectivamente. A absorção ruminal de zinco e aparente total foram maiores (P < 0,05) para as dietas CMi e SCm, expressas em mg/dia ou em percentagem, cuja média foi de 43,6 e 50,8% respectivamente. A absorção de zinco no intestino delgado, expressa em mg/dia, foi maior (P < 0,05) para a dieta SCm, sendo o valor de 92,4 mg/dia. A absorção ruminal de Mn foi maior (P <0,05) para a dieta SCm quando expressa em mg/dia ou percentagem, enquanto no intestino delgado a dieta CMi teve maior (P < 0,05) absorção com valor de 88,3 mg/dia. O valor médio de eficiência microbiana foi de 125,7 g de PBmic/kg de NDT. Já a eficiência em relação a matéria orgânica digerida ingerida (MOD) foi de 136,5 g de PBmic/kg de MOD. Neste experimento as percentagens médias de Ca e P na base da matéria seca ingerida foram de 0,39; 0,40; 0,18 e 0,18% para Ca e 0,23; 0,22; 0,16 e 0,16% para P. A absorção aparente total média de Ca, P, Na, K e Mg foi de 40,8; 33,1; 51,7; 62 e 43,7%. Conclui-se que a suplementação mineral não altera os consumos e as digestibilidades aparentes totais dos constituintes das dietas, e consequentemente a ingestão de energia, assim os menores teores de cálcio e fósforo de 0,18 e 0,16% na MS total da dieta, respectivamente, são considerados adequados para bovinos em crescimento. A reciclagem líquida de fósforo para o rúmen variou de 13,96 a 23,35 g/dia, sendo essa quantidade adequada para manter o crescimento microbiano. O rúmen é o principal local de absorção de magnésio, enquanto ocorre reciclagem líquida de Na e K para esse local. Os principais locais de absorção do P e do K são o intestino delgado, enquanto o Na é absorvido principalmente no intestino grosso.
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