Diversidade, distribuição geográfica e hospedeiros de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) no estado do Espírito Santo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, David dos Santos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7839
Resumo: O objetivo deste estudo foi conhecer a diversidade e a distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas no estado do Espírito Santo, identificar suas plantas hospedeiras, avaliar o status de Coffea arabica L. e C. canephora Pierre ex A. Froehner como hospedeiras, determinar a relação da doença meleira-do-mamoeiro com a infestação da praga em frutos de mamão e a condição da região produtora de mamão do Espírito Santo como de baixa prevalência de tefritídeos. Os tefritídeos foram coletados com armadilhas McPhail e Jackson, de julho de 1993 a julho de 2010, em 288 localidades de 74 municípios do estado do Espírito Santo. Um total de 88.226 exemplares de Ceratitis capitata (Wied.) e 134.122 espécimes de 41 espécies de Anastrepha foram capturados. A riqueza de espécies de Anastrepha foi maior na região Nordeste e a menor na região Sul-Caparaó. Ceratitis capitata ocorreu em todas as regiões, com maior abundância nas regiões mais altas e menor nas de baixas altitudes. Ceratitis capitata e Anastrepha fraterculus (Wied.) foram as mais frequentes e, com A. obliqua (Macquart) e A. distincta Greene, as de mais ampla distribuição no Estado. No período de março de 1997 a julho de 2010, coletaram-se 184.801 frutos (1.665 kg) em 1.663 amostras de 202 espécies de 52 famílias botânicas. Destas, 56 espécies de 17 famílias foram estabelecidas como hospedeiras para 14 espécies de Anastrepha e 29 espécies de planta de 14 famílias para C. capitata. Cinquenta e três novas associações de plantas hospedeiras foram estabelecidas para 11 espécies de Anastrepha. Novas espécies de tefritídeos foram registradas para nove famílias de plantas: A. amita Zucchi em Myrtaceae (Myrcia lineata (O. Berg) Nied.), A. bahiensis Lima em Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. dissimilis Stone em Myrtaceae (Psidium guajava L.), A. distincta em Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.) e Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. obliqua em Cucurbitaceae (Cucurbita pepo L.), Fabaceae (Inga edulis Mart.), Muntingiaceae (Muntingia calabura L.) e Passifloraceae (Passiflora edulis Sims), A. serpentina (Wied.) em Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.), A. sororcula Zucchi em Malpighiaceae (Malpighia glabra L.) e A. zenildae Zucchi em Rubiaceae (Coffea canephora Pierre ex A. Froehner). A infestação de mosca-das-frutas em Muntingiaceae é relatada pela primeira vez no Brasil. A família Myrtaceae teve o maior número de hospedeiros de moscas-das-frutas. Anastrepha fraterculus, C. capitata e A. obliqua infestaram o maior número de hospedeiros. Ceratitis capitata e A. fraterculus foram os tefritídeos de maior ocorrência nas 139 propriedades de café arábica e 87 de ‘Conilon’ amostradas em 25 municípios, sendo a primeira, a mais frequente. A baixa infestação de moscas-das-frutas em C. canephora (‘Conilon’) deve-se às características físicas de seus frutos, tendo o pequeno tamanho e a pouca espessura do mesocarpo como fatores limitantes para o desenvolvimento das larvas. Os índices de infestação natural no café arábica foram 45 vezes maiores que os de ‘Conilon’, demonstrando que C. arabica é um hospedeiro extremamente favorável e importante como repositório natural de tefritídeos. No mamão, a principal fruta de exportação do Espírito Santo, a relação entre a infestação da mosca-da-fruta e a evolução da doença meleira-do-mamoeiro, causada pelo Papaya meleira virus – PmeV, foi direta. Quatro semanas, após o aparecimento dos sintomas visuais da meleira na planta, é o período máximo de segurança para se realizar o roguing das plantas doentes e evitar a infestação de frutos pela mosca-das-frutas. A meleira reduziu o nível de benzil isotiocianato (BITC) no fruto do mamoeiro, o qual está associado à resistência as moscas-das-frutas. Populações de C. capitata e Anastrepha spp. avaliadas do Programa de Exportação do Mamão para os Estados Unidos, foram muito baixas durante todo o ciclo da cultura em 495 pomares comerciais no Norte do Espírito Santo. Do total de 35.052 coletas semanais, em 95,8% não apresentaram C. capitata e 86,7% nenhum espécime de Anastrepha. As densidades populacionais, em 99,8% das coletas efetuadas, estiveram abaixo do nível de segurança do Programa de Exportação (MAD < 1). Esses resultados, de acordo com as Normas Internacionais de Medidas Fitossanitárias da FAO, mostram que o mamão cultivado na região Norte do estado do Espírito Santo, está em área de baixa prevalência de moscas-das-frutas e com forte indicativo para o estabelecimento de uma ABP - Área de Baixa Prevalência de Moscas-das-frutas.
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Os tefritídeos foram coletados com armadilhas McPhail e Jackson, de julho de 1993 a julho de 2010, em 288 localidades de 74 municípios do estado do Espírito Santo. Um total de 88.226 exemplares de Ceratitis capitata (Wied.) e 134.122 espécimes de 41 espécies de Anastrepha foram capturados. A riqueza de espécies de Anastrepha foi maior na região Nordeste e a menor na região Sul-Caparaó. Ceratitis capitata ocorreu em todas as regiões, com maior abundância nas regiões mais altas e menor nas de baixas altitudes. Ceratitis capitata e Anastrepha fraterculus (Wied.) foram as mais frequentes e, com A. obliqua (Macquart) e A. distincta Greene, as de mais ampla distribuição no Estado. No período de março de 1997 a julho de 2010, coletaram-se 184.801 frutos (1.665 kg) em 1.663 amostras de 202 espécies de 52 famílias botânicas. Destas, 56 espécies de 17 famílias foram estabelecidas como hospedeiras para 14 espécies de Anastrepha e 29 espécies de planta de 14 famílias para C. capitata. Cinquenta e três novas associações de plantas hospedeiras foram estabelecidas para 11 espécies de Anastrepha. Novas espécies de tefritídeos foram registradas para nove famílias de plantas: A. amita Zucchi em Myrtaceae (Myrcia lineata (O. Berg) Nied.), A. bahiensis Lima em Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. dissimilis Stone em Myrtaceae (Psidium guajava L.), A. distincta em Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.) e Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. obliqua em Cucurbitaceae (Cucurbita pepo L.), Fabaceae (Inga edulis Mart.), Muntingiaceae (Muntingia calabura L.) e Passifloraceae (Passiflora edulis Sims), A. serpentina (Wied.) em Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.), A. sororcula Zucchi em Malpighiaceae (Malpighia glabra L.) e A. zenildae Zucchi em Rubiaceae (Coffea canephora Pierre ex A. Froehner). A infestação de mosca-das-frutas em Muntingiaceae é relatada pela primeira vez no Brasil. A família Myrtaceae teve o maior número de hospedeiros de moscas-das-frutas. Anastrepha fraterculus, C. capitata e A. obliqua infestaram o maior número de hospedeiros. Ceratitis capitata e A. fraterculus foram os tefritídeos de maior ocorrência nas 139 propriedades de café arábica e 87 de ‘Conilon’ amostradas em 25 municípios, sendo a primeira, a mais frequente. A baixa infestação de moscas-das-frutas em C. canephora (‘Conilon’) deve-se às características físicas de seus frutos, tendo o pequeno tamanho e a pouca espessura do mesocarpo como fatores limitantes para o desenvolvimento das larvas. Os índices de infestação natural no café arábica foram 45 vezes maiores que os de ‘Conilon’, demonstrando que C. arabica é um hospedeiro extremamente favorável e importante como repositório natural de tefritídeos. No mamão, a principal fruta de exportação do Espírito Santo, a relação entre a infestação da mosca-da-fruta e a evolução da doença meleira-do-mamoeiro, causada pelo Papaya meleira virus – PmeV, foi direta. Quatro semanas, após o aparecimento dos sintomas visuais da meleira na planta, é o período máximo de segurança para se realizar o roguing das plantas doentes e evitar a infestação de frutos pela mosca-das-frutas. A meleira reduziu o nível de benzil isotiocianato (BITC) no fruto do mamoeiro, o qual está associado à resistência as moscas-das-frutas. Populações de C. capitata e Anastrepha spp. avaliadas do Programa de Exportação do Mamão para os Estados Unidos, foram muito baixas durante todo o ciclo da cultura em 495 pomares comerciais no Norte do Espírito Santo. Do total de 35.052 coletas semanais, em 95,8% não apresentaram C. capitata e 86,7% nenhum espécime de Anastrepha. As densidades populacionais, em 99,8% das coletas efetuadas, estiveram abaixo do nível de segurança do Programa de Exportação (MAD < 1). Esses resultados, de acordo com as Normas Internacionais de Medidas Fitossanitárias da FAO, mostram que o mamão cultivado na região Norte do estado do Espírito Santo, está em área de baixa prevalência de moscas-das-frutas e com forte indicativo para o estabelecimento de uma ABP - Área de Baixa Prevalência de Moscas-das-frutas.The objectives of this work were to understand fruit fly species diversity and geographical distribution, identify fruit fly host plants, evaluate the status of Coffea arabica L. and C. canephora Pierre A. Froehner as fruit fly hosts, establish the relationship between papaya sticky disease with fruit fly attack, and verify the nature of the papaya crop area as an area of low fruit fly prevalence. The sample period was July 1993 to July 2010. A total of 88,226 specimens of Ceratitis capitata (Wied.) were captured and 134,122 Anastrepha. Sampling took place in 288 areas of 74 municipalities. Forty-one species of Anastrepha were identified. The Northeast area had the highest richness of Anastrepha species and the South-Caparaó the lowest. Ceratitis capitata was found in all regions, varying in number of individuals according to altitude, being larger in the highest altitudes and smaller in the low altitudes. Ceratitis capitata and Anastrepha fraterculus (Wied.) were the most common species. Both C. capitata and A. fraterculus with A. obliqua (Macquart) and A. distincta Greene, had the widest distributions in the State. In surveys of host plants between March 1997 to July 2010, 184,801 fruits were collected (1,665 kg) in 1,663 samples belonging to 202 species of 52 families of plants. Fifty-six species from 17 families were identified as host plants for 14 species of Anastrepha. Twenty-nine species of 14 plant families were identified as host plants of C. capitata. Fifty-three new associations of host plants were made for 11 Anastrepha species. New associations of tephritid species were recorded for nine plants families: A. amita Zucchi in Myrtaceae (Myrcia lineata (O. Berg) Nied.), A. bahiensis Lima in Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. dissimilis Stone in Myrtaceae (Psidium guajava L.), A. distincta in Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.) and Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. obliqua in Cucurbitaceae (Cucurbita pepo L.), Fabaceae (Inga edulis Mart.) Muntingiaceae (Muntingia calabura L.) and Passifloraceae (Passiflora edulis Sims), A. serpentina (Wied.) in Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.), A. sororcula Zucchi in Malpighiaceae (Malpighia glabra L.) and A. zenildae Zucchi in Rubiaceae (Coffea canephora Pierre ex A. Froehner). For the first time in Brazil the presence of fruit flies in Muntingiaceae was verified. Myrtaceae was the family with the largest number of host species of fruit flies. Anastrepha fraterculus, C. capitata and A. obliqua were the tephritid species with the largest number of host plants. One-hundred thirty-nine crop areas of Arabic coffee and 87 crop areas of robust coffee were sampled in 25 municipalities. Ceratitis capitata and A. fraterculus were the tephritids with the greatest occurrences in the coffee crops. However, C. capitata was more common than A. fraterculus. The reduced size of coffee fruit of C. canephora (‘Conilon’) and the small thickness of its mesocarp may be a cause of the low infestation by fruit fly larvae. The indices of natural infestation by fruit flies in Arabic coffee were 45 times higher than robust coffee. This means that Arabic coffee, in contrast to C. canephora, is an excellent host plant and a natural repository of fruit fly populations. A direct relationship between fruit fly infestation and development of the papaya sticky disease caused by the virus Papaya meleira virus (PMeV) was observed. The maximum safe period for roguing of diseased plants is four weeks after verifying the first visual symptoms of sticky disease of the papaya. The evolution of sticky disease in the plants reduces the level of benzyl-isothiocyanate (BITC) in the papaya fruit which is associated with its resistance to fruit fly. The populations of C. capitata and Anastrepha were very low during the whole cycle of papaya crop. In 95.8% of samples no C. capitata, and in 86.7% no Anastrepha were captured. In 99.8% of samples, the fruit fly population densities stayed below the level of safety as established by the Export Program (FTD < 1). The fruit flies population densities (in 99.8% of the samples) stayed below the level of safety established by the Export Program (FTD < 1). This result is in agreement with the International Rules of Phytosanitary Measures of FAO indicating that the North of Espírito Santo is an area of low prevalence of fruit flies. This provides strong evidence for the establishment of an ALP - Area of Low Prevalence of Fruit flies in this area.Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito SantoporUniversidade Federal de ViçosaMosca-das-frutas - Distribuição geográfica - Espírito Santo (Estado)Biodiversidade - Espírito Santo (Estado)Plantas hospedeiras - Doenças e pragas - Espírito Santo (Estado)Entomologia AgrícolaDiversidade, distribuição geográfica e hospedeiros de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) no estado do Espírito Santo, BrasilDiversity, geographical distribution and host plants of fruit flies (Diptera: Tephritidae) in the Espírito Santo State, Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de EntomologiaDoutor em EntomologiaViçosa - MG2011-05-26Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf6013154https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7839/1/texto%20completo.pdf24ef08277d13d186f840a6488c7e1597MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7839/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3751https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7839/3/texto%20completo.pdf.jpgb95a2d21daf4d240d3236015a4c4489eMD53TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain291723https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7839/4/texto%20completo.pdf.txt8cc78097bb2f02f614259eb8e455b98eMD54123456789/78392016-06-10 07:05:36.546oai:locus.ufv.br:123456789/7839Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-06-10T10:05:36LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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Entomologia Agrícola
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description O objetivo deste estudo foi conhecer a diversidade e a distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas no estado do Espírito Santo, identificar suas plantas hospedeiras, avaliar o status de Coffea arabica L. e C. canephora Pierre ex A. Froehner como hospedeiras, determinar a relação da doença meleira-do-mamoeiro com a infestação da praga em frutos de mamão e a condição da região produtora de mamão do Espírito Santo como de baixa prevalência de tefritídeos. Os tefritídeos foram coletados com armadilhas McPhail e Jackson, de julho de 1993 a julho de 2010, em 288 localidades de 74 municípios do estado do Espírito Santo. Um total de 88.226 exemplares de Ceratitis capitata (Wied.) e 134.122 espécimes de 41 espécies de Anastrepha foram capturados. A riqueza de espécies de Anastrepha foi maior na região Nordeste e a menor na região Sul-Caparaó. Ceratitis capitata ocorreu em todas as regiões, com maior abundância nas regiões mais altas e menor nas de baixas altitudes. Ceratitis capitata e Anastrepha fraterculus (Wied.) foram as mais frequentes e, com A. obliqua (Macquart) e A. distincta Greene, as de mais ampla distribuição no Estado. No período de março de 1997 a julho de 2010, coletaram-se 184.801 frutos (1.665 kg) em 1.663 amostras de 202 espécies de 52 famílias botânicas. Destas, 56 espécies de 17 famílias foram estabelecidas como hospedeiras para 14 espécies de Anastrepha e 29 espécies de planta de 14 famílias para C. capitata. Cinquenta e três novas associações de plantas hospedeiras foram estabelecidas para 11 espécies de Anastrepha. Novas espécies de tefritídeos foram registradas para nove famílias de plantas: A. amita Zucchi em Myrtaceae (Myrcia lineata (O. Berg) Nied.), A. bahiensis Lima em Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. dissimilis Stone em Myrtaceae (Psidium guajava L.), A. distincta em Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.) e Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. obliqua em Cucurbitaceae (Cucurbita pepo L.), Fabaceae (Inga edulis Mart.), Muntingiaceae (Muntingia calabura L.) e Passifloraceae (Passiflora edulis Sims), A. serpentina (Wied.) em Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.), A. sororcula Zucchi em Malpighiaceae (Malpighia glabra L.) e A. zenildae Zucchi em Rubiaceae (Coffea canephora Pierre ex A. Froehner). A infestação de mosca-das-frutas em Muntingiaceae é relatada pela primeira vez no Brasil. A família Myrtaceae teve o maior número de hospedeiros de moscas-das-frutas. Anastrepha fraterculus, C. capitata e A. obliqua infestaram o maior número de hospedeiros. Ceratitis capitata e A. fraterculus foram os tefritídeos de maior ocorrência nas 139 propriedades de café arábica e 87 de ‘Conilon’ amostradas em 25 municípios, sendo a primeira, a mais frequente. A baixa infestação de moscas-das-frutas em C. canephora (‘Conilon’) deve-se às características físicas de seus frutos, tendo o pequeno tamanho e a pouca espessura do mesocarpo como fatores limitantes para o desenvolvimento das larvas. Os índices de infestação natural no café arábica foram 45 vezes maiores que os de ‘Conilon’, demonstrando que C. arabica é um hospedeiro extremamente favorável e importante como repositório natural de tefritídeos. No mamão, a principal fruta de exportação do Espírito Santo, a relação entre a infestação da mosca-da-fruta e a evolução da doença meleira-do-mamoeiro, causada pelo Papaya meleira virus – PmeV, foi direta. Quatro semanas, após o aparecimento dos sintomas visuais da meleira na planta, é o período máximo de segurança para se realizar o roguing das plantas doentes e evitar a infestação de frutos pela mosca-das-frutas. A meleira reduziu o nível de benzil isotiocianato (BITC) no fruto do mamoeiro, o qual está associado à resistência as moscas-das-frutas. Populações de C. capitata e Anastrepha spp. avaliadas do Programa de Exportação do Mamão para os Estados Unidos, foram muito baixas durante todo o ciclo da cultura em 495 pomares comerciais no Norte do Espírito Santo. Do total de 35.052 coletas semanais, em 95,8% não apresentaram C. capitata e 86,7% nenhum espécime de Anastrepha. As densidades populacionais, em 99,8% das coletas efetuadas, estiveram abaixo do nível de segurança do Programa de Exportação (MAD < 1). Esses resultados, de acordo com as Normas Internacionais de Medidas Fitossanitárias da FAO, mostram que o mamão cultivado na região Norte do estado do Espírito Santo, está em área de baixa prevalência de moscas-das-frutas e com forte indicativo para o estabelecimento de uma ABP - Área de Baixa Prevalência de Moscas-das-frutas.
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