Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Ágata Cristina Lima
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31876
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.615
Resumo: Entre os principais produtos secundários da desinfecção (PSD) da água para consumo humano se encontram os trihalometanos (THM), ácidos haloacéticos (AHA), clorofenóis – em especial 2,4,6-triclorofenol (2,4,6-T), clorito e bromato. Esses PSD estão presentes no padrão de potabilidade da norma brasileira de qualidade da água para consumo humano, e são o objeto de interesse do presente estudo. Com base em dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) entre 2014 e 2019, buscou-se aqui descrever e qualificar a ocorrência desses PSD no Brasil. Mais especificamente, constituíram objetivos deste trabalho: (i) caracterizar o banco de dados; (iii) verificar a relação entre ocorrência de PSD, a unidade da federação (UF) e o porte populacional do município onde se encontram as unidades de tratamento de água; (iv) verificar a relação entre a ocorrência de THM e AHA, cloro residual livre (CRL), cor e pH. Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins destacaram-se como as UF que apresentaram percentuais mais elevados de municípios com dados de monitoramento de PSD no Brasil – acima de 90%. Por outro lado Acre, Amapá, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima não cadastraram dados de monitoramento de PSD para nenhum município. Clorito, bromato e 2,4,6 T não foram detectados em concentrações superiores aos respectivos valores máximos permitidos (VMP) como padrão de potabilidade, salvo raríssimas exceções. A ocorrência de AHA acima do VMP não foi registrada apenas nos estados da região centro-oeste. THM acima do VMP não foram encontrados apenas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins. Os estados do Espírito Santo, Bahia, Ceará e Sergipe destacaram-se por apresentar elevados percentuais de quantificações acima do VMP, além de elevadas concentrações de AHA e, ou de THM. O estado de São Paulo destacou-se por apresentar quantificações de THM e AHA acima do VMP em grande parte dos grupos de porte municipais e pontos de amostragem. O porte populacional não demonstrou ser um fator estatisticamente significativo para a ocorrência de THM, AHA e 2,4,6- T. Por outro lado, foram identificadas diferenças estatisticamente significativas entre a ocorrência desses PSD e a UF, o que poderia estar relacionado a fatores locais (como temperatura ou clima) mas os resultados não possibilitaram inferências nesse sentido. A ocorrência de PSD se mostrou correlacionada com valores mais elevados de CRL (AHA e THM) e de cor (THM). Os resultados aqui reunidos fornecem um quadro geral sobre a ocorrência de PSD no país e serve como importante sinalização de situações e locais que demandam maior atenção. Palavras-chave: Água para consumo humano. Ácidos haloacéticos. Trihalometanos. 2,4,6-T. Ocorrência no Brasil.
id UFV_674f08fd78d03fb9d21cb100907a8ea2
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/31876
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Dias, Ágata Cristina Limahttp://lattes.cnpq.br/7271526436247307Bastos, Rafael Kopschitz Xavier2023-11-29T12:47:26Z2023-11-29T12:47:26Z2022-07-21DIAS, Ágata Cristina Lima. Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua. 2022. 170 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2022https://locus.ufv.br//handle/123456789/31876https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.615Entre os principais produtos secundários da desinfecção (PSD) da água para consumo humano se encontram os trihalometanos (THM), ácidos haloacéticos (AHA), clorofenóis – em especial 2,4,6-triclorofenol (2,4,6-T), clorito e bromato. Esses PSD estão presentes no padrão de potabilidade da norma brasileira de qualidade da água para consumo humano, e são o objeto de interesse do presente estudo. Com base em dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) entre 2014 e 2019, buscou-se aqui descrever e qualificar a ocorrência desses PSD no Brasil. Mais especificamente, constituíram objetivos deste trabalho: (i) caracterizar o banco de dados; (iii) verificar a relação entre ocorrência de PSD, a unidade da federação (UF) e o porte populacional do município onde se encontram as unidades de tratamento de água; (iv) verificar a relação entre a ocorrência de THM e AHA, cloro residual livre (CRL), cor e pH. Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins destacaram-se como as UF que apresentaram percentuais mais elevados de municípios com dados de monitoramento de PSD no Brasil – acima de 90%. Por outro lado Acre, Amapá, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima não cadastraram dados de monitoramento de PSD para nenhum município. Clorito, bromato e 2,4,6 T não foram detectados em concentrações superiores aos respectivos valores máximos permitidos (VMP) como padrão de potabilidade, salvo raríssimas exceções. A ocorrência de AHA acima do VMP não foi registrada apenas nos estados da região centro-oeste. THM acima do VMP não foram encontrados apenas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins. Os estados do Espírito Santo, Bahia, Ceará e Sergipe destacaram-se por apresentar elevados percentuais de quantificações acima do VMP, além de elevadas concentrações de AHA e, ou de THM. O estado de São Paulo destacou-se por apresentar quantificações de THM e AHA acima do VMP em grande parte dos grupos de porte municipais e pontos de amostragem. O porte populacional não demonstrou ser um fator estatisticamente significativo para a ocorrência de THM, AHA e 2,4,6- T. Por outro lado, foram identificadas diferenças estatisticamente significativas entre a ocorrência desses PSD e a UF, o que poderia estar relacionado a fatores locais (como temperatura ou clima) mas os resultados não possibilitaram inferências nesse sentido. A ocorrência de PSD se mostrou correlacionada com valores mais elevados de CRL (AHA e THM) e de cor (THM). Os resultados aqui reunidos fornecem um quadro geral sobre a ocorrência de PSD no país e serve como importante sinalização de situações e locais que demandam maior atenção. Palavras-chave: Água para consumo humano. Ácidos haloacéticos. Trihalometanos. 2,4,6-T. Ocorrência no Brasil.Among the main drinking-water (DW) disinfection by-products (DBP) are trihalomethanes (THM), haloacetic acids (HAA), chlorophenols - specially 2,4,6-trichlorophenol (2,4,6-T), chlorite and bromate. These DBP are present in the Brazilian drinking water standards and are the object of interest of the present study. Based on data from the “Drinking Water Quality Surveillance Information System” (Sisagua) from 2014 to 2019, it was sought to describe and qualify the occurrence of these DBP in Brazil. More specifically, the objectives of the present study were: (i) to characterize the database; (ii) to check the relationship between the occurrence of PSD, the federation unit (FU) (the state of Brazil) and the population size of the town where the water treatment units are located; (iii) to check the relation between the occurrence of THM and HAA, and residual free chlorine, water color and pH. Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins stood out as the FU with the highest percentage of municipalities with DBP monitoring data in Brazil – greater than 90%. On the other hand, Acre, Amapá, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte and Roraima did not report PSD data for any municipality. With only a few exceptions, chlorite, bromate and 2,4,6-T were not detected in concentrations above the respective the maximum allowed concentration (MAC) set in the Brazilian DW standards. HAA above the MAC did not occur only in Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. THM higher than the MAC were not detected only in the states of Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro and Tocantins. The states of Espírito Santo, Bahia, Ceará and Sergipe stood out for presenting high percentages of quantifications above the MAC, as well as high concentrations of THM and/or HAA. The state of São Paulo stood out for presenting quantifications of THM and HAA above the MAC in most municipal size groups and sampling points. Town’s population size did not prove to be a factor statistically significant for the occurrence of THM, HAA and 2,4,6-T. However, there were statistically significant differences between the occurrence of these DBP and the FU, which could be related to local factors (such as temperature or climate) but the results did not allow inferences in this sense. The occurrence of DBP was correlated with higher values of CRL (HAA and THM) and water color (THM). The results gathered here provide a general picture of the occurrence of PSD in the country and serve as an important sign of situations and places that demand greater attention. Keywords: Drinking-water. Haloacetic acids. Trihalomethanes. 2,4,6-T. Ocurrence in Brazil.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de ViçosaEngenharia CivilÁgua - Purificação - SubprodutosÁgua - Qualidade - Métodos EstatísticosÁgua potávelEngenharia CivilAvaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do SisaguaEvaluation of disinfection by-product occurrence in drinking-water in Brazil – an overview based on data from the Sisaguainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Engenharia CivilMestre em Engenharia CivilViçosa - MG2022-07-21Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1745340https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31876/1/texto%20completo.pdf0341e9d2a81b0b164c295c6c3dcb931dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31876/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/318762023-11-29 10:36:19.178oai:locus.ufv.br:123456789/31876Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452023-11-29T13:36:19LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.pt-BR.fl_str_mv Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua
dc.title.en.fl_str_mv Evaluation of disinfection by-product occurrence in drinking-water in Brazil – an overview based on data from the Sisagua
title Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua
spellingShingle Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua
Dias, Ágata Cristina Lima
Água - Purificação - Subprodutos
Água - Qualidade - Métodos Estatísticos
Água potável
Engenharia Civil
title_short Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua
title_full Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua
title_fullStr Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua
title_full_unstemmed Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua
title_sort Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua
author Dias, Ágata Cristina Lima
author_facet Dias, Ágata Cristina Lima
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt-BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7271526436247307
dc.contributor.author.fl_str_mv Dias, Ágata Cristina Lima
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bastos, Rafael Kopschitz Xavier
contributor_str_mv Bastos, Rafael Kopschitz Xavier
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Água - Purificação - Subprodutos
Água - Qualidade - Métodos Estatísticos
Água potável
topic Água - Purificação - Subprodutos
Água - Qualidade - Métodos Estatísticos
Água potável
Engenharia Civil
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Engenharia Civil
description Entre os principais produtos secundários da desinfecção (PSD) da água para consumo humano se encontram os trihalometanos (THM), ácidos haloacéticos (AHA), clorofenóis – em especial 2,4,6-triclorofenol (2,4,6-T), clorito e bromato. Esses PSD estão presentes no padrão de potabilidade da norma brasileira de qualidade da água para consumo humano, e são o objeto de interesse do presente estudo. Com base em dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) entre 2014 e 2019, buscou-se aqui descrever e qualificar a ocorrência desses PSD no Brasil. Mais especificamente, constituíram objetivos deste trabalho: (i) caracterizar o banco de dados; (iii) verificar a relação entre ocorrência de PSD, a unidade da federação (UF) e o porte populacional do município onde se encontram as unidades de tratamento de água; (iv) verificar a relação entre a ocorrência de THM e AHA, cloro residual livre (CRL), cor e pH. Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins destacaram-se como as UF que apresentaram percentuais mais elevados de municípios com dados de monitoramento de PSD no Brasil – acima de 90%. Por outro lado Acre, Amapá, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima não cadastraram dados de monitoramento de PSD para nenhum município. Clorito, bromato e 2,4,6 T não foram detectados em concentrações superiores aos respectivos valores máximos permitidos (VMP) como padrão de potabilidade, salvo raríssimas exceções. A ocorrência de AHA acima do VMP não foi registrada apenas nos estados da região centro-oeste. THM acima do VMP não foram encontrados apenas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins. Os estados do Espírito Santo, Bahia, Ceará e Sergipe destacaram-se por apresentar elevados percentuais de quantificações acima do VMP, além de elevadas concentrações de AHA e, ou de THM. O estado de São Paulo destacou-se por apresentar quantificações de THM e AHA acima do VMP em grande parte dos grupos de porte municipais e pontos de amostragem. O porte populacional não demonstrou ser um fator estatisticamente significativo para a ocorrência de THM, AHA e 2,4,6- T. Por outro lado, foram identificadas diferenças estatisticamente significativas entre a ocorrência desses PSD e a UF, o que poderia estar relacionado a fatores locais (como temperatura ou clima) mas os resultados não possibilitaram inferências nesse sentido. A ocorrência de PSD se mostrou correlacionada com valores mais elevados de CRL (AHA e THM) e de cor (THM). Os resultados aqui reunidos fornecem um quadro geral sobre a ocorrência de PSD no país e serve como importante sinalização de situações e locais que demandam maior atenção. Palavras-chave: Água para consumo humano. Ácidos haloacéticos. Trihalometanos. 2,4,6-T. Ocorrência no Brasil.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-07-21
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-11-29T12:47:26Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-29T12:47:26Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv DIAS, Ágata Cristina Lima. Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua. 2022. 170 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2022
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://locus.ufv.br//handle/123456789/31876
dc.identifier.doi.pt-BR.fl_str_mv https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.615
identifier_str_mv DIAS, Ágata Cristina Lima. Avaliação da ocorrência de produtos secundários da desinfecção em água para consumo humano no Brasil – panorama com base em dados do Sisagua. 2022. 170 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2022
url https://locus.ufv.br//handle/123456789/31876
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.615
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
dc.publisher.program.fl_str_mv Engenharia Civil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31876/1/texto%20completo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31876/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0341e9d2a81b0b164c295c6c3dcb931d
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1801212912140812288