Resposta agronômica de híbridos comerciais de milho à diferentes populações de plantas

• Autor(a) principal: Silva, Felipe Ruan Marinheiro
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28828
• topic: Milho - Populações; Competição (Biologia); Zea mays; Fitotecnia

Na cultura do milho (Zea mays L.), a alteração da população de plantas está entre os tratos culturais que mais podem influenciar na produtividade de grãos. Existe na literatura, que para cada tipo de híbrido e região tem-se uma população de plantas ótima, em que a produtividade de grãos é maximizada. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de híbridos de milho contemporâneos sob diferentes populações de plantas. O Experimento 1 foi realizado na safra de 2017/2018, na UEPE – Aeroporto (Estação Experimental do Aeroporto em Viçosa-MG). Os Experimentos 2 e 3, foram realizados na UEPE - Coimbra (Estação Experimental de Coimbra em Coimbra-MG) nas safras 2017/2018 e 2018/2019, respectivamente. Nos 3 Experimentos, o delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com três repetições, em esquema de parcelas subdivididas. As parcelas foram constituídas por 10 híbridos de milho (2B210PW, BG7061YHR, BM915PRO2, DKB230PRO3, P1680VYH, P4285YHR, DKB390PRO3, BG7049YH BM709PRO2, MG711PW). As subparcelas foram constituídas de 6 populações de plantas (50.000, 60.000, 70.000, 80.000, 90.000 ou 100.000 plantas ha -1 ). Foram avaliados a produtividade de grãos e seus componentes, componentes de arquitetura de plantas e número de dias para florescimento masculino e feminino. As análises foram feitas com o uso do software R, pelo pacote ExpDes.pt. Os dados foram submetidos à análise de variância. Para as parcelas foi feito um teste de Scott-Knott (P < 0,05). Para as subparcelas foi realizada uma analise de regressão, cujos coeficientes foram testados pelo teste T de Student (P < 0,05). O coeficiente de variação experimental variou de 1,12 % (número de dias para florescimento masculino, Experimento 3) a 24,76 % (produtividade de grãos, Experimento 3), o que caracterizou boa precisão para maioria dos caracteres, nos 3 Experimentos realizados. Para produtividade de grãos, nos 3 Experimentos, houve diferentes interações entre híbridos e populações de plantas, o que indicou que as populações devem ser recomendadas para cada genótipo, local e condição climática. Além disso, foi observada a tendência de maiores médias de produtividade de grãos nos híbridos menos precoces. Já para os componentes de produção, diâmetro de colmo, largura e comprimento de folha e área foliar, os híbridos avaliados nos 3 Experimentos apresentaram resultados semelhantes, em que as respectivas médias diminuíram com o incremento da população de plantas. A média do número de dias para florescimento feminino e masculino, em geral aumentou com o uso de maiores populações de plantas, o que contribuiu para a falta de sincronização entre a antese e o espigamento. As médias dos números de nós abaixo, número de nós acima da espiga, altura de planta e altura de espiga em geral não diferiram com o uso de diferentes populações de plantas. Entretanto com os resultados obtidos, conclui-se, que as características como precocidade, arquitetura moderna de dossel, estatura e disposição das folhas ao longo da planta, relativas aos híbridos estudados, não foram suficientes para gerar incrementos consistentes de produtividade de grãos frente a maiores de populações de plantas nos diferentes locais dos Experimentos e condições climáticas. Palavras-chave: Zea mays L.. Densidade populacional. Ensaios de competição.