Histopatologia da interação tomateiro - Stemphylium solani Weber
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10106 |
Resumo: | Estudou-se a infecção de S. solani em folíolos de tomateiros resistente, cv. Motelle, e suscetível, cv. Moneymaker, usando-se técnicas histológicas e de microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. Inicialmente quantificaram-se os eventos de pré-penetração nas duas cultivares, os quais não diferiram significativamente (teste F a 5%) entre si, indicando que a resistência é exercida em pós-penetração. Após a penetração, que ocorre principalmente via estômatos, a hifa diferenciou-se na cavidade subestomática, nas duas cultivares, formando uma vesícula globosa ou irregular; a vesícula ramificou-se em hifas secundárias, que 24 e 36 h.a.i. (horas após a inoculação) colonizaram o hospedeiro de forma intra e intercelular. Na cultivar 'Motelle', as células do mesofilo continuaram preservadas, com os cloroplastos aparentemente intactos, quando a colonização se limitava aos espaços intercelulares. Raramente a hifa conseguia penetrar e, quando o conseguiu, causou colapso celular. A freqüência da colonização intracelular na cultivar resistente foi menor que na suscetível e, quando verificada, foi pequeno o número de células afetadas, originando lesão pequena. Aposições foram observadas na parede das células do mesofilo resistente e, na maioria das células examinadas, aparentemente restringiram a colonização intracelular. No tomateiro suscetível, os tecidos apresentavam-se intensamente colonizados e as células do mesofilo, com cloroplastos destruídos no citoplasma degradado. Peróxido de hidrogênio foi localizado citoquimicamente em virtude de sua reação com cloreto de cério, evidenciando H 2 O 2 produzido em ambos tipos de tomateiros. Precipitados de peridróxido de cério foram constatados nas células do mesofilo, na parede em contato com as hifas do patógeno. Portanto, não tendo sido observada reação diferencial entre as cultivares quanto ao acúmulo de H 2 O 2 , e sua presença detectada num dos controles negativos, este composto não participa diretamente da resistência manifestada pela c.v. 'Motelle' contra S. solani no tocante ao fortalecimento da parede celular. A resistência de 'Motelle' explica-se em parte pelas alterações da parede celular e aposições encontradas nas células do mesofilo em contato com as hifas. Porém, somente a presença dessas barreiras estruturais não explicam a resistência observada, pois a colonização intracelular dos tecidos da c.v. resistente também foi observada em alguns casos, porém o desenvolvimento das lesões foi restringido nestas áreas colonizadas. Desta forma, é provável que outros mecanismos bioquímicos de resistência ocorram em conjunto com os mecanismos reportados neste estudo. |
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Brommonschenkel, Sérgio HermínioBentes, Jânia Lília da SilvaCV: http://lattes.cnpq.br/2285042685296081Matsuoka, Kiyoshi2017-04-20T11:18:53Z2017-04-20T11:18:53Z2002-12-03BENTES, Jânia Lília da Silva. Histopatologia da interação tomateiro - Stemphylium solani Weber. 2002. 52 f. Tese (Doutorado em Fitopatologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2002.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10106Estudou-se a infecção de S. solani em folíolos de tomateiros resistente, cv. Motelle, e suscetível, cv. Moneymaker, usando-se técnicas histológicas e de microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. Inicialmente quantificaram-se os eventos de pré-penetração nas duas cultivares, os quais não diferiram significativamente (teste F a 5%) entre si, indicando que a resistência é exercida em pós-penetração. Após a penetração, que ocorre principalmente via estômatos, a hifa diferenciou-se na cavidade subestomática, nas duas cultivares, formando uma vesícula globosa ou irregular; a vesícula ramificou-se em hifas secundárias, que 24 e 36 h.a.i. (horas após a inoculação) colonizaram o hospedeiro de forma intra e intercelular. Na cultivar 'Motelle', as células do mesofilo continuaram preservadas, com os cloroplastos aparentemente intactos, quando a colonização se limitava aos espaços intercelulares. Raramente a hifa conseguia penetrar e, quando o conseguiu, causou colapso celular. A freqüência da colonização intracelular na cultivar resistente foi menor que na suscetível e, quando verificada, foi pequeno o número de células afetadas, originando lesão pequena. Aposições foram observadas na parede das células do mesofilo resistente e, na maioria das células examinadas, aparentemente restringiram a colonização intracelular. No tomateiro suscetível, os tecidos apresentavam-se intensamente colonizados e as células do mesofilo, com cloroplastos destruídos no citoplasma degradado. Peróxido de hidrogênio foi localizado citoquimicamente em virtude de sua reação com cloreto de cério, evidenciando H 2 O 2 produzido em ambos tipos de tomateiros. Precipitados de peridróxido de cério foram constatados nas células do mesofilo, na parede em contato com as hifas do patógeno. Portanto, não tendo sido observada reação diferencial entre as cultivares quanto ao acúmulo de H 2 O 2 , e sua presença detectada num dos controles negativos, este composto não participa diretamente da resistência manifestada pela c.v. 'Motelle' contra S. solani no tocante ao fortalecimento da parede celular. A resistência de 'Motelle' explica-se em parte pelas alterações da parede celular e aposições encontradas nas células do mesofilo em contato com as hifas. Porém, somente a presença dessas barreiras estruturais não explicam a resistência observada, pois a colonização intracelular dos tecidos da c.v. resistente também foi observada em alguns casos, porém o desenvolvimento das lesões foi restringido nestas áreas colonizadas. Desta forma, é provável que outros mecanismos bioquímicos de resistência ocorram em conjunto com os mecanismos reportados neste estudo.The infection process of S. solani on resistant (cv. Motelle) and susceptible (cv. Moneymaker) tomato leaflets was studied using histochemical and scanning and transmission electron microscopy techniques. No quantitative differences were found in the pre-penetration conidial events on resistant and susceptible tomatoes, an indication that resistance results from post-penetration responses. The histological studies showed that the initial infection events were similar on the resistant and susceptible plants. The pathogen invaded the tomato leaf primarily through stomates and a vesicle developed inside the substomatal cavity. Secondary hyphae originated from the vesicle and within 24 and 36 hours after inoculation had branched inter and intracellularly. On resistant tomato, chloroplasts of the mesophyll cells remained intact, as hyphae grew intercellularly, while the entire cell collapsed when the colonization went intracellular. However, intracellular hyphae were an uncommon event in the resistant tomato, and small the number of infected cells. Cell wall appositions in the mesophyll of resistant tomato prevented the intracellular colonization. Mesophyll cells of the susceptible tomato were strongly colonized inter and intracellularly, their protoplast became disorganized, and the cell colapsed. No different physiological reactions were found for the two studied tomato types concerning H 2 O 2 accumulation in the wall of mesophyll cells because deposits of cerium perhydroxide were found equally in both cultivars. It is thus assumed that H 2 O 2 has no effect on building up the wall resistance of 'Motelle'to S. solani. Resistance of the mesophyll cells was caused by appositions and other changes on the cell wall. However, these do not completely account for the resistance in 'Motelle', as it seems likely that biochemical mechanisms are also involved.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaTomateirosEstômatosCloroplastosCitoplasmaCiências AgráriasHistopatologia da interação tomateiro - Stemphylium solani WeberHistopatology stemphylium solani Weber and tomato interactioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de FitopatologiaDoutor em FitopatologiaViçosa - MG2002-12-03Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2303986https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10106/1/texto%20completo.pdffc9dbfa3fef6c5b7d8146198d7d6f451MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10106/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3527https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10106/3/texto%20completo.pdf.jpg41fa2c59aad160f892b7ee3b476f8b47MD53123456789/101062017-04-20 23:00:25.506oai:locus.ufv.br:123456789/10106Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-04-21T02:00:25LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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