Anatomia e histoquímica das estruturas secretoras do caule de Spondias dulcis Forst. F. (Anacardiaceae)
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622006000300019 http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/15247 |
Resumo: | Spondias dulcis Forst. F. vem recebendo atenção especial por secretar uma goma que possui ação medicinal. Em outras espécies de Anacardiaceae, a maioria dos estudos sobre as estruturas secretoras refere-se à ultra-estrutura e desenvolvimento dos ductos, existindo poucas informações quanto à natureza química do secretado. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar estrutural e histoquimicamente o sistema secretor do caule de S. dulcis. Amostras do caule jovem de plantas com 45 dias de idade foram submetidas às técnicas usuais em anatomia vegetal e a testes histoquímicos. O sistema secretor de S. dulcis apresenta ductos e idioblastos. Os ductos, muito longos, encontram-se associados ao floema e na medula, enquanto os idioblastos ocorrem no córtex e, também, associados ao floema. Os ductos apresentam um epitélio secretor unisseriado, formado por células cuneiformes a tabulares, de paredes delgadas, citoplasma denso e núcleo volumoso com nucléolo proeminente. Nos ductos associados ao floema, observam-se, externamente ao epitélio, duas a três camadas de células parenquimáticas, achatadas e dispostas radialmente, formando uma bainha. Os testes histoquímicos evidenciaram a presença de taninos nos idioblastos corticais. A secreção dos ductos é constituída, em sua maioria, por óleos essenciais, polissacarídeos e compostos fenólicos (provavelmente agliconas flavonóicas), o que permite caracterizá-la como uma gomorresina. |
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Anatomia e histoquímica das estruturas secretoras do caule de Spondias dulcis Forst. F. (Anacardiaceae)AnacardiaceaeSpondias dulcisAnatomia caulinarDuctos secretoresIdioblastos secretores e histoquímicaSpondias dulcis Forst. F. vem recebendo atenção especial por secretar uma goma que possui ação medicinal. Em outras espécies de Anacardiaceae, a maioria dos estudos sobre as estruturas secretoras refere-se à ultra-estrutura e desenvolvimento dos ductos, existindo poucas informações quanto à natureza química do secretado. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar estrutural e histoquimicamente o sistema secretor do caule de S. dulcis. Amostras do caule jovem de plantas com 45 dias de idade foram submetidas às técnicas usuais em anatomia vegetal e a testes histoquímicos. O sistema secretor de S. dulcis apresenta ductos e idioblastos. Os ductos, muito longos, encontram-se associados ao floema e na medula, enquanto os idioblastos ocorrem no córtex e, também, associados ao floema. Os ductos apresentam um epitélio secretor unisseriado, formado por células cuneiformes a tabulares, de paredes delgadas, citoplasma denso e núcleo volumoso com nucléolo proeminente. Nos ductos associados ao floema, observam-se, externamente ao epitélio, duas a três camadas de células parenquimáticas, achatadas e dispostas radialmente, formando uma bainha. Os testes histoquímicos evidenciaram a presença de taninos nos idioblastos corticais. A secreção dos ductos é constituída, em sua maioria, por óleos essenciais, polissacarídeos e compostos fenólicos (provavelmente agliconas flavonóicas), o que permite caracterizá-la como uma gomorresina.Special attention is given to Spondias dulcis Forst. F. for its ability to secrete a gum with medicinal properties. In other species of Anacardiaceae, most of the studies report the ultrastructure and development of the ducts, being scarce data about the chemical composition of secretory products. The aim of this work is to study the anatomy of the secretory system of S. dulcis and characterize by histochemistry the secretion produced. Stems of plants with 45 days old were study by conventional plant anatomy methods. The main classes of secretion chemical compounds were characterized in situ by histochemical tests. The secretory system of S. dulcis consists in very elongate ducts and idioblasts. The ducts are associated to the phloem and in the pith, and the idioblasts occur near the phloem and in the cortex. Ducts are formed by a secretory epithelium of cuneiform to flattened cells, with thin walls, dense cytoplasm and large nuclei with prominent nucleoli. The ducts associated with phloem have, in addition to epithelium, two to three layers of flattened parenchyma cells arranged in a circle forming a sheath. The histochemical tests reveal the presence of tannins in the cortical idioblasts. The secretion of the ducts is mainly constituted by essential oils, polysaccharides and phenolic compounds (probably flavonoid aglycones), which led us to say that is a gum-resin.Revista Árvore2017-12-15T12:45:39Z2017-12-15T12:45:39Z2006-04-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlepdfapplication/pdf1806-9088http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622006000300019http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/15247porv.30, n.3, p.481-489, Maio/jun. 2006Sant'Anna-Santos, Bruno FranciscoThadeo, MarcelaMeira, Renata Maria Strozi AlvesAscensão, Liainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFV2024-07-12T07:26:03Zoai:locus.ufv.br:123456789/15247Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452024-07-12T07:26:03LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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