Atuação da saliva e de seus compostos não proteicos, N,N-dimetilanilina e 1,2,5-tritiepano, de Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae) sobre sua presa

• Autor(a) principal: Campos, Juliana Mendonça
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
• Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28845
• topic: Percevejo (Inseto); Saliva; Digestão; Entomologia Agrícola

Podisus nigrispinus Dallas (Heteroptera: Pentatomidae), um predador zoofitófago, tem potencial para o controle biológico, pois suas ninfas e adultos predam insetos de diversos grupos. A injeção do conteúdo das glândulas salivares de P. nigrispinus aumenta a eficiência da extração de nutrientes e a morte de presas, mas os efeitos dos compostos não proteicos na saliva desse inseto e responsáveis pela morte das presas são pouco estudados. Como primeira etapa, a ação nociva, desses compostos, em lagartas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), após a injeção de extrato de saliva de P. nigrispinus e de seus compostos não proteicos 1,2,5-tritiepano (TRI) e N,N-dimetilanilina (DMA) foi estudada pela toxicidade, histopatologia, citotoxicidade e morte celular. A toxicidade dos compostos foi determinada pela DL 50 e DL 90 em laboratório, após a injeção de seis doses (18,4; 36,8; 69; 138; 276 e 552 nL) com água destilada no controle de cada composto em lagartas de quinto instar de S. frugiperda. Doses pré-estabelecidas do aparelho. A histopatologia, citotoxicidade e morte celular foram avaliadas usando técnicas de microscopia de luz, eletrônica de transmissão e confocal. Na segunda etapa, a atividade tóxica nas lagartas de S. frugiperda foi avaliada, após a ingestão de dieta contendo as concentrações letais de DMA e TRI, de acordo com a histopatologia, citotoxicidade e morte celular, analisadas em microscopia de luz, eletrônica de transmissão e detecção de danos de DNA. A toxicidade dos compostos foi determinada pela CL 50 e CL 90 em laboratório, após a ingestão de alimento por lagartas de quinto instar contendo seis concentrações de cada composto. As concentrações foram adquiridas a partir do ajuste de 200 μL de acetona nas proporções 1:1, 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32 com 200 μL de cada composto. A injeção do extrato da saliva de P. nigrispinus foi tóxica para lagartas de S. frugiperda, com DL 50 de 89,68 nL/inseto e DL 90 de 286,74 nL/inseto. O 1,2,5-tritiepano e N,N-dimetilanilina foram tóxicos com DL 50 de 66,60 nL/inseto e DL 90 de 117,10 nL/inseto, DL 50 de 28,92 nL/inseto e DL 90 de 92,16 nL/inseto, respectivamente. Após seis horas de injeção, a morte celular e necrose foram observados na região do intestino médio dos insetos tratados com extrato de saliva de P. nigrispinus e 1,2,5-tritiepano. Na ingestão, os compostos não proteicos DMA e TRI foram tóxicos com CL 50 de 237,59 nL/mL -1 e CL 90 de 372,81 nL/mL -1 , CL 50 de 315,13 nL/mL -1 e CL 90 de 674,45 nL/mL -1 , respectivamente. Após 1 hora de exposição, a vacuolização citoplasmática foi observada na região do intestino médio dos insetos tratados com esses ambos compostos. O extrato de saliva e os compostos não proteicos DMA e TRI tem efeito nocivo às células do intestino médio de S. frugiperda.