Sonhos e memórias de re-existências no campo: juventudes e territorialidades no Assentamento Primeiro de Junho
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21261 |
Resumo: | Nesta pesquisa, realizada no Assentamento Primeiro de Junho, Tumiritinga/MG, nos propusemos a investigar a relação da juventude com seu território, buscando compreender que tipo de territorialidade tecem em sua vida cotidiana e como essa territorialidade afeta suas decisões de permanecerem ou saírem do campo. Esta pesquisa foi construída coletivamente, a partir de um mosaico de metodologias que tinham como cerne a pesquisa-ação participativa, tendo, portanto, os próprios jovens como protagonistas. Por meio de encontros, vivências diversas e entrevistas, num eixo que se estruturava em torno da sondagem de memórias e sonhos, pudemos desenhar uma síntese dessa territorialidade. Nesse sentido, analisamos quais seriam as fortalezas e as fragilidades do território no intuito de focar o fortalecimento e a continuidade do projeto camponês do MST para aqueles jovens que desejam continuar vivendo no assentamento em condições de bem-viver. Como um de nossos resultados, percebemos e destacamos como os jovens que estão no curso Técnico em Agroecologia ou nas Licenciaturas em Educação do Campo, apresentaram uma territorialidade diferenciada dos outros jovens, que os vincula mais ao projeto de continuidade do assentamento. Percebemos que os cursos afetaram a relação dos jovens com seu território na medida em que mexeram com sua visão de mundo sobre natureza e cultura, sobre o lugar do campo em relação à cidade, sobre a identidade do jovem camponês, influenciaram a mudança de hábitos e apresentaram novas possibilidades de bem-viver no campo. Dessa forma, acreditamos que as vivências proporcionadas pelos cursos fortaleceram os vínculos com o território e influenciaram positivamente no desejo de permanecer e de lutar para que seja possível permanecer no assentamento. |
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Por meio de encontros, vivências diversas e entrevistas, num eixo que se estruturava em torno da sondagem de memórias e sonhos, pudemos desenhar uma síntese dessa territorialidade. Nesse sentido, analisamos quais seriam as fortalezas e as fragilidades do território no intuito de focar o fortalecimento e a continuidade do projeto camponês do MST para aqueles jovens que desejam continuar vivendo no assentamento em condições de bem-viver. Como um de nossos resultados, percebemos e destacamos como os jovens que estão no curso Técnico em Agroecologia ou nas Licenciaturas em Educação do Campo, apresentaram uma territorialidade diferenciada dos outros jovens, que os vincula mais ao projeto de continuidade do assentamento. Percebemos que os cursos afetaram a relação dos jovens com seu território na medida em que mexeram com sua visão de mundo sobre natureza e cultura, sobre o lugar do campo em relação à cidade, sobre a identidade do jovem camponês, influenciaram a mudança de hábitos e apresentaram novas possibilidades de bem-viver no campo. Dessa forma, acreditamos que as vivências proporcionadas pelos cursos fortaleceram os vínculos com o território e influenciaram positivamente no desejo de permanecer e de lutar para que seja possível permanecer no assentamento.In this research, carried out in “Assentamento Primeiro de Junho”, a rural settlement from MST, located in in the city of Tumiritinga / MG, we set out to investigate the relationship of youth with their territory, trying to understand what kind of territoriality they develop in their daily lives and how this territoriality affects their decisions to stay in the countryside or migrate to the city. This research was built collectively, based on a mosaic of methodologies that had as a basis the participatory action research, having, therefore, the young people themselves as protagonists. Through encounters, diverse experiences and conversations based on Oral History, on an axis that was structured around probing memories and dreams, we were able to draw a synthesis of this territoriality. In this sense, we analyze the strengths and weaknesses of the territory in order to focus the strengthening and continuity of the MST peasant project for those young people who wish to continue living in their settlement, in the countryside, in conditions of well-being. As one of our results, we realized and emphasized how the young people who are studying in the Technical Course in Agroecology or graduating in specific courses for Peasant Education, presented a territoriality that ties them more to the peasant project of the settlement. We noticed that the courses affected the relationship of the young people to their territory as they altered their view of nature and culture, the relation between countryside and city, the identity of the young peasant, influenced the change of habits and presented new possibilities for well-being in the countryside. In this way, we believe that the experiences provided by the courses have strengthened the ties with the territory and positively influenced the desire to remain and to fight so that it is possible to remain in the settlement.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaEducação do CampoJuventude do CampoAgroecologiaExtensão RuralSonhos e memórias de re-existências no campo: juventudes e territorialidades no Assentamento Primeiro de JunhoYouth and territoriality in the settlement Primeiro de Junho: dreams and memories to reexpert in the fieldinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Economia RuralMestre em Extensão RuralViçosa - MG2017-12-08Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf6492741https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/21261/1/texto%20completo.pdfa97b441583306ce177920d8ad1eace25MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/21261/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3462https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/21261/3/texto%20completo.pdf.jpge8f406fd78b0038a7e60b0f583265925MD53123456789/212612018-08-21 23:00:45.14oai:locus.ufv.br:123456789/21261Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452018-08-22T02:00:45LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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