Potencial do pergaminho de café para obtenção de bioprodutos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coura, Marcela Ribeiro
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31291
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.156
Resumo: A biomassa lignocelulósica encontra-se em abundância na natureza e atualmente é considerada o maior recurso renovável do planeta. A utilização de resíduos agroindustriais, como fonte de biomassa lignocelulósica reduz o uso de recursos florestais enquanto agrega valor de mercado a subprodutos que antes eram descartados, como por exemplo o pergaminho, resíduo de um importante produto agrícola, o café. A produção de café gera grandes volumes de resíduos, chegando a 32 milhões de toneladas por ano apenas no Brasil. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar o pergaminho do café quanto à sua composição química, física e morfológica, bem como seu potencial para produção de polpa kraft e demais produtos de alto valor agregado, como nanocelulose e lignina. A análise da densidade e propriedades químicas do resíduo da indústria cafeeira permite concluir que este material tem potencial para ser utilizado como matéria-prima para a produção de celulose. O pergaminho apresentou o conteúdo de extrativos (4,5%), cinzas (0,9%) e lignina (25,9%) semelhantes às matérias-primas mais utilizadas para a produção de celulose, como o eucalipto. Apesar de possuir baixo teor de celulose (36,4%), possui alto teor de hemiceluloses (30,8%), em relação à madeira de pinus e eucalipto, o que contribuiu para um ganho de rendimento na polpação kraft, esse estudo obteve 42,1 e 46,8% para polpa kappa 25 e 60, respectivamente. O branqueamento “Livre de cloro elementar” da polpa celulósica kappa 25 com a sequência OQD HT (EP)DP mostrou-se adequado para a produção de pasta branqueada 90%ISO, apesar do alto consumo de cloro ativo total, igual à 71,0 kg/odt. O licor negro proveniente do cozimento do pergaminho do café foi usado para isolar a lignina kraft, pelo método Lignoboost. As extrações resultaram em lignina de alta pureza (92,35% para a lignina K#60 e 93,96% para a lignina K#25), com poder calorífico de 23,8 e 25,4 MJ/Kg para as ligninas K#25 e K#60, respectivamente. Com a análise do infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) foi possível observar picos característicos de lignina, e através da análise Pirólise-Cromatografia Gasosa-Espectrometria de massa (Py- GC-MS) foi possível observar leve predominância de lignina do tipo guaiacil, o que pode ser uma vantagem dependendo da aplicação. As fibras celulósicas obtidas com a polpação kraft do pergaminho e o processo de branqueamento, foram submetidas a uma desfibrilação mecânica, e mostraram-se uma alternativa viável para produção de celulose microfibrilada, apresentando em geral propriedades comparativas com as nanocelulose produzidas através de madeira. As nanocelulose, Lignocelulose microfibrilada-K#60, Lignocelulose microfibrilada-K#25 e Celulose microfibrilada-branqueada, apresentaram índice de cristalinidade de 52,5, 58,8 e 65,1%, respectivamente, e mostraram-se termicamente estáveis. Os espectros de FTIR foram similares para todas as nanocelulose, mostrando picos característicos dos polímeros celulósicos. Já através da microscopia eletrônica de varredura (MEV) foi possível confirmar que as fibras foram desfibriladas pelo processo mecânico. As polpas não branqueadas (kappa 25 e 60) e a branqueada também foram caracterizadas morfologicamente, não apresentando diferença significativa entre si, em geral são constituídas de fibras curtas e com alta espessura de parede. De acordo com os resultados apresentados referentes à análise morfológica e das relações entre as dimensões das fibras, e confirmado pelos resultados dos testes físicos, as fibras de pergaminho não são adequadas para a produção de papel de imprimir e escrever (P&W), no entanto podem ser testadas na produção de papéis especiais, como filtro de cigarro, ou misturadas com fibras de outras matérias-primas. Palavras-chave: Resíduos cafeeiros. Celulose kraft. Celulose microfibrilada. Lignina.
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spelling Carvalho, Ana Márcia Macedo LadeiraGomes, Fernando José BorgesCoura, Marcela Ribeirohttp://lattes.cnpq.br/9370877973109417Demuner, Antonio Jacinto2023-08-14T19:28:56Z2023-08-14T19:28:56Z2023-03-02COURA, Marcela Ribeiro. Potencial do pergaminho de café para obtenção de bioprodutos. 2023. 135f. Tese (Doutorado em Agroquímica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2023.https://locus.ufv.br//handle/123456789/31291https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.156A biomassa lignocelulósica encontra-se em abundância na natureza e atualmente é considerada o maior recurso renovável do planeta. A utilização de resíduos agroindustriais, como fonte de biomassa lignocelulósica reduz o uso de recursos florestais enquanto agrega valor de mercado a subprodutos que antes eram descartados, como por exemplo o pergaminho, resíduo de um importante produto agrícola, o café. A produção de café gera grandes volumes de resíduos, chegando a 32 milhões de toneladas por ano apenas no Brasil. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar o pergaminho do café quanto à sua composição química, física e morfológica, bem como seu potencial para produção de polpa kraft e demais produtos de alto valor agregado, como nanocelulose e lignina. A análise da densidade e propriedades químicas do resíduo da indústria cafeeira permite concluir que este material tem potencial para ser utilizado como matéria-prima para a produção de celulose. O pergaminho apresentou o conteúdo de extrativos (4,5%), cinzas (0,9%) e lignina (25,9%) semelhantes às matérias-primas mais utilizadas para a produção de celulose, como o eucalipto. Apesar de possuir baixo teor de celulose (36,4%), possui alto teor de hemiceluloses (30,8%), em relação à madeira de pinus e eucalipto, o que contribuiu para um ganho de rendimento na polpação kraft, esse estudo obteve 42,1 e 46,8% para polpa kappa 25 e 60, respectivamente. O branqueamento “Livre de cloro elementar” da polpa celulósica kappa 25 com a sequência OQD HT (EP)DP mostrou-se adequado para a produção de pasta branqueada 90%ISO, apesar do alto consumo de cloro ativo total, igual à 71,0 kg/odt. O licor negro proveniente do cozimento do pergaminho do café foi usado para isolar a lignina kraft, pelo método Lignoboost. As extrações resultaram em lignina de alta pureza (92,35% para a lignina K#60 e 93,96% para a lignina K#25), com poder calorífico de 23,8 e 25,4 MJ/Kg para as ligninas K#25 e K#60, respectivamente. Com a análise do infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) foi possível observar picos característicos de lignina, e através da análise Pirólise-Cromatografia Gasosa-Espectrometria de massa (Py- GC-MS) foi possível observar leve predominância de lignina do tipo guaiacil, o que pode ser uma vantagem dependendo da aplicação. As fibras celulósicas obtidas com a polpação kraft do pergaminho e o processo de branqueamento, foram submetidas a uma desfibrilação mecânica, e mostraram-se uma alternativa viável para produção de celulose microfibrilada, apresentando em geral propriedades comparativas com as nanocelulose produzidas através de madeira. As nanocelulose, Lignocelulose microfibrilada-K#60, Lignocelulose microfibrilada-K#25 e Celulose microfibrilada-branqueada, apresentaram índice de cristalinidade de 52,5, 58,8 e 65,1%, respectivamente, e mostraram-se termicamente estáveis. Os espectros de FTIR foram similares para todas as nanocelulose, mostrando picos característicos dos polímeros celulósicos. Já através da microscopia eletrônica de varredura (MEV) foi possível confirmar que as fibras foram desfibriladas pelo processo mecânico. As polpas não branqueadas (kappa 25 e 60) e a branqueada também foram caracterizadas morfologicamente, não apresentando diferença significativa entre si, em geral são constituídas de fibras curtas e com alta espessura de parede. De acordo com os resultados apresentados referentes à análise morfológica e das relações entre as dimensões das fibras, e confirmado pelos resultados dos testes físicos, as fibras de pergaminho não são adequadas para a produção de papel de imprimir e escrever (P&W), no entanto podem ser testadas na produção de papéis especiais, como filtro de cigarro, ou misturadas com fibras de outras matérias-primas. Palavras-chave: Resíduos cafeeiros. Celulose kraft. Celulose microfibrilada. Lignina.Lignocellulosic biomass is found in abundance in nature and is currently considered the largest renewable resource on the planet. The use of agro-industrial waste as a source of lignocellulosic biomass reduces the use of forest resources while adding market value to by-products that were previously discarded, such as parchment, the residue of an important agricultural product, coffee. Coffee production generates large volumes of waste, reaching 32 million tons per year in Brazil alone. In this context, this work aimed to evaluate coffee parchment in terms of its chemical, physical and morphological composition, as well as its potential to produce kraft pulp and other products with high added value, such as nanocellulose and lignin. The analysis of the density and chemical properties of the residue from the coffee industry leads to the conclusion that this material has the potential to be used as a raw material to produce cellulose. The parchment showed a content of extractives (4.5%), ash (0.9%) and lignin (25.9%) similar to the raw materials most used for pulp production, such as eucalyptus. Despite having a low cellulose content (36.4%), it has a high hemicelluloses content (30.8%), compared to pine and eucalyptus wood, which contributed to a gain in yield in kraft pulping, this study obtained 42.1 and 46.8% for 25 and 60 kappa pulp, respectively. The “Elemental chlorine free” bleaching of kappa 25 cellulosic pulp with the OQDHT(EP)DP sequence proved to be suitable to produce 90%ISO bleached pulp, despite the high consumption of total active chlorine, equal to 71.0 kg /odt. Black liquor from coffee parchment cooking was used to isolate kraft lignin using the Lignoboost method. The extractions resulted in high purity lignin (92.35% for K#60 lignin and 93.96% for K#25 lignin), with calorific value of 23.8 and 25.4 MJ/Kg for K lignins #25 and K#60, respectively. With the Fourier transform infrared analysis (FTIR) it was possible to observe characteristic peaks of lignin, and through the Pyrolysis-Gas Chromatography-Mass Spectrometry (Py-GC-MS) analysis it was possible to observe a slight predominance of guaiacyl-type lignin, which can be an advantage depending on the application. The cellulosic fibers obtained with the kraft pulping of the parchment and the bleaching process, were submitted to a mechanical defibrillation, and proved to be a viable alternative to produce microfibrillated cellulose, presenting in general comparative properties with the nanocellulose produced from wood. The nanocellulose, microfibrillated lignocellulose-K#60, microfibrillated lignocellulose-K#25 and bleached microfibrillated cellulose, presented a crystallinity index of 52.5, 58.8 and 65.1%, respectively, and were thermally stable. FTIR spectra were similar for all nanocelluloses, showing characteristic peaks for cellulosic polymers. By scanning electron microscopy (SEM) it was possible to confirm that the fibers were defibrillated by the mechanical process. The unbleached pulps (kappa 25 and 60) and the bleached pulp were also morphologically characterized, with no significant difference between them, in general they are made up of short fibers with high wall thickness. According to the results presented regarding the morphological analysis and the relationships between the dimensions of the fibers, and confirmed by the results of the physical tests, parchment fibers are not suitable to produce printing and writing paper (P&W), however they can be tested in the production of special papers, such as cigarette filters, or mixed with fibers from other raw materials. Keywords: Coffee residue. Kraft pulp. Microfibrillated cellulose. Lignin.porUniversidade Federal de ViçosaAgroquímicaPolpação alcalina por sulfatoCeluloseLigninaResíduos agrícolasProdutos biológicosQuímica dos Produtos NaturaisPotencial do pergaminho de café para obtenção de bioprodutosPotential of coffee parchment to obtain bioproductsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de QuímicaDoutor em AgroquímicaViçosa - MG2023-03-02Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2290593https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31291/1/texto%20completo.pdfc245ed2918565afc540b60c5505db372MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31291/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/312912023-08-15 07:36:06.244oai:locus.ufv.br:123456789/31291Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452023-08-15T10:36:06LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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