Efeito do glyphosate sobre o crescimento de estirpes de Bradyrhizobium

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, José Barbosa dos
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10533
Resumo: O plantio, no Brasil, da soja geneticamente modificada, resistente ao glyphosate, permite a utilização desse herbicida também em pós-emergência nessa cultura. Em regiões dos Estados Unidos, aonde esta prática já vem sendo realizada, foi relatado o efeito tóxico do glyphosate a microrganismos, dentre eles o rizóbio, microssimbionte da soja. Decorrente disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito in vitro do glyphosate sobre estirpes de Bradyrhizobium, recomendadas, nacionalmente, para inoculação em sementes de soja. Foram realizados quatro experimentos em laboratório com as estirpes de Bradyrhizobium elkanii: SEMIA 587 e SEMIA 5019, e Bradyrhizobium japonicum: SEMIA 5079 e SEMIA 5080. No primeiro experimento avaliou-se o efeito de concentrações crescentes do glyphosate, variando de 0,0 a 43,2 μg L-1. No segundo experimento, as estirpes foram submetidas ao glyphosate puro ou em mistura ao herbicida carfentrazone-ethyl e, também, aos herbicidas fomesafen e imazethapyr. As concentrações dos herbicidas foram: 12,9; 3,6; 1,4; e 1,8 μg L-1, respectivamente, de glyphosate-K, fomesafen, imazethapyr e carfentrazone-ethyl. No terceiro experimento, testaram-se as principais formulações comerciais de glyphosate e, por fim, avaliou-se o crescimento das estirpes sob ação do glyphosate em meio de cultura enriquecido de aminoácidos aromáticos. Com base nos resultados, verificou-se que o glyphosate reduziu o crescimento das estirpes de Bradyrhizobium em todas as concentrações testadas, sendo esta redução tanto maior, quanto maior a concentração do herbicida no meio de cultura. As estirpes de Bradyrhizobium apresentaram sensibilidade diferencial às menores concentrações do glyphosate, sendo SEMIA 587, a mais sensível. Contudo, na maior concentração do glyphosate todas as estirpes tiveram seu crescimento reduzido, em média, 60%. Na comparação entre os herbicidas, observou-se que carfentrazone-ethyl, além de ter proporcionado menor inibição no crescimento de todas as estirpes, reduziu a toxicidade do glyphosate quando em mistura. Os herbicidas que se mostraram mais tóxicos foram fomesafen e imazethapyr. Dentre as marcas comerciais testadas, foi verificado o efeito tóxico dos aditivos presentes nas mesmas, uma vez que o glyphosate puro apresentou toxidez menor, comparado aos produtos formulados. A formulação Zapp Qi® apresentou a menor toxidez e Roundup Transorb®, a maior, causando inibição total do crescimento das estirpes. A suplementação do meio de cultura com aminoácidos aromáticos diminuiu a ação tóxica do glyphosate puro e da formulação comercial Zapp Qi®, sobre o Bradyrhizobium, entretanto, foi indiferente para Roundup Transorb®, o qual inibiu quase que totalmente o crescimento de três das quatro estirpes testadas independente do enriquecimento do meio.
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Foram realizados quatro experimentos em laboratório com as estirpes de Bradyrhizobium elkanii: SEMIA 587 e SEMIA 5019, e Bradyrhizobium japonicum: SEMIA 5079 e SEMIA 5080. No primeiro experimento avaliou-se o efeito de concentrações crescentes do glyphosate, variando de 0,0 a 43,2 μg L-1. No segundo experimento, as estirpes foram submetidas ao glyphosate puro ou em mistura ao herbicida carfentrazone-ethyl e, também, aos herbicidas fomesafen e imazethapyr. As concentrações dos herbicidas foram: 12,9; 3,6; 1,4; e 1,8 μg L-1, respectivamente, de glyphosate-K, fomesafen, imazethapyr e carfentrazone-ethyl. No terceiro experimento, testaram-se as principais formulações comerciais de glyphosate e, por fim, avaliou-se o crescimento das estirpes sob ação do glyphosate em meio de cultura enriquecido de aminoácidos aromáticos. Com base nos resultados, verificou-se que o glyphosate reduziu o crescimento das estirpes de Bradyrhizobium em todas as concentrações testadas, sendo esta redução tanto maior, quanto maior a concentração do herbicida no meio de cultura. As estirpes de Bradyrhizobium apresentaram sensibilidade diferencial às menores concentrações do glyphosate, sendo SEMIA 587, a mais sensível. Contudo, na maior concentração do glyphosate todas as estirpes tiveram seu crescimento reduzido, em média, 60%. Na comparação entre os herbicidas, observou-se que carfentrazone-ethyl, além de ter proporcionado menor inibição no crescimento de todas as estirpes, reduziu a toxicidade do glyphosate quando em mistura. Os herbicidas que se mostraram mais tóxicos foram fomesafen e imazethapyr. Dentre as marcas comerciais testadas, foi verificado o efeito tóxico dos aditivos presentes nas mesmas, uma vez que o glyphosate puro apresentou toxidez menor, comparado aos produtos formulados. A formulação Zapp Qi® apresentou a menor toxidez e Roundup Transorb®, a maior, causando inibição total do crescimento das estirpes. A suplementação do meio de cultura com aminoácidos aromáticos diminuiu a ação tóxica do glyphosate puro e da formulação comercial Zapp Qi®, sobre o Bradyrhizobium, entretanto, foi indiferente para Roundup Transorb®, o qual inibiu quase que totalmente o crescimento de três das quatro estirpes testadas independente do enriquecimento do meio.In Brazil, soybean genetically modified plantation, resistant to glyphosate, will also allow this herbicide use in post emergence in that culture. In the United States areas, where this practice has already being accomplished, it was told the glyphosate toxicant effect to microorganisms, among them the soybean rhizobium microsymbiont. Due to that, this work aimed to evaluate the in vitro glyphosate effect on Bradyrhizobium strains, nationally recommended, for soybean seeds inoculation. Four experiments were accomplished in laboratory with Bradyrhizobium elkanii strains SEMIA 587 and SEMIA 5019 and Bradyrhizobium japonicum SEMIA 5079 and SEMIA 5080. In the first experiment the glyphosate growing concentrations effect was evaluated, varying from 0.0 to 43.2 μg L-1. In the second one, the strains were submitted to the pure glyphosate and in mixture to the herbicide carfentrazone-ethyl and also to the herbicides fomesafen and imazethapyr. In the third experiment, it was tested the main commercial formulations of glyphosate and, finally, the strains growth was evaluated under glyphosate action in medium enriched by aromatic amino acids. Based in these results, it was verified that the Bradyrhizobium strains growth was reduced by the glyphosate in all the tested concentrations, being so much this reduction larger, as larger is the concentration of herbicide in the medium. The Bradyrhizobium strains presented differential sensibility to the glyphosate smallest concentrations, being SEMIA 587, the most sensitive. However, in the largest glyphosate concentration, all the strains had its growth reduced, on the average, 60%. Comparison the herbicides, it was observed that carfentrazone-ethyl, besides having provided smaller inhibition in all strains growth, reduced the glyphosate toxicity when in mixture. The treatments with fomesafen and imazethapyr were the ones that showed more toxins. Among the tested commercial marks, toxicant effect of its addictive was verified in them, once the pure glyphosate presented smaller toxicity, compared to the formulated products. The formulation Zapp Qi ® presented the smallest toxicity and Roundup Transorb ®, the largest, causing total inhibition of strains growth. The supplementation of the medium with aromatic amino acids decreased the toxicant action of the pure glyphosate and of the commercial formulation Zapp Qi®, on Bradyrhizobium, however, it was indifferent for Roundup Transorb ®, which totally inhibited the growth of three of the four tested strains, not depending of the enrichment medium.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaGlycine maxGlifosateRizóbioCiências AgráriasEfeito do glyphosate sobre o crescimento de estirpes de BradyrhizobiumGlyphosate effects on Bradyrhizobium strains growthinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de FitotecniaMestre em FitotecniaViçosa - MG2004-02-25Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf384107https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10533/1/texto%20completo.pdff7efd9f5b0c82417e3f4a40af943b9d6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10533/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3595https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10533/3/texto%20completo.pdf.jpg00cd12d1f434939faf9a457c88d22edfMD53123456789/105332017-06-05 23:00:35.357oai:locus.ufv.br:123456789/10533Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-06-06T02:00:35LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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