Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maddalena, Ítalo Salvatore de Castro Pecci
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26962
Resumo: Poucos organismos são consumidores de Pycnoporus sanguineus, uma espécie de fungo tóxica devido a sua alta concentração de cinabarinas e outras substâncias tóxicas. Este fungo concentra elementos que geralmente estão em baixa concentração em ecossistemas terrestres (por exemplo, cádmio). Entre os animais que são capazes de consumir este fungo na região Neotropical, as espécies de Ceracis do chamado “grupo furcifer” parecem ser as mais freqüentes. No entanto, apesar da sua importância na ciclagem dos componentes de P. sanguineus, a taxonomia do grupo furcifer ainda não foi revisada. Sabe-se que o grupo foi proposto a mais de quarenta anos e desde então inclui oito espécies descritas: Ceracis cornifer (Mellié), Ceracis cylindricus (Brèthes), Ceracis furcifer Mellié, Ceracis hastifer (Mellié), Ceracis monocerus Lawrence, Cerarcis ruficornis Pic, Ceracis simplicicornis (Pic) e Ceracis unicornis Gorham. Porém a descrição e um estudo comparativo da terminalia masculina ainda não foram conduzidos. Além disso, pouco ou nada se sabe a respeito dos padrões de distribuição das espécies do grupo. A presente dissertação tem por objetivo esclarecer a taxonomia do grupo furcifer, prover novos dados sobre sua distribuição e discutir os possíveis padrões biogegráficos do grupo, levando também em consideração a sua relação com o fungo P. sanguineus. A partir de comparações morfológicas, morfométricas, dissecação e análise de terminálias abdominais de machos e estudo da literatura, o grupo furcifer agora é composto por apenas quatro espécies dispostas artificialmente em dois subgrupos: (i) Ceracis cornifer e Ceracis hastifer; (ii) Ceracis furcifer e Ceracis ruficornis. Com base em comparações da terminália masculina, nós (i) sinonimizamos Cer. cylindricus, Cer. monocerus, Cer. unicornis and Cer. simplicicornis com Cer. cornifer; (ii) designamos lectótipos para Cer. cornifer, Cer. furcifer, Cer. hastifer e Cer. ruficornis; (iii) confirmamos a sinonimia de Cer. semipallidus com Cer. furcifer (Lawrence 1967); (iv) redescrevemos Cer. cornifer, Cer. hastifer, Cer. furcifer e Cer. ruficornis; (v) propomos uma chave de identificação para as espécies do grupo furcifer. Tendo como base esse grande número de sinonímias, a inclusão de novas espécies no grupo, com base apenas na morfologia do corno frontoclipeal e coloração do corpo, é contestada. Discute-se que estes dois aspectos, na verdade, são devido à variação intraespecífica entre os machos, além da ontogenia e outros fatores biológicos que levam também à formação de ecótipos. Apesar desta variação intraespecífica, o grupo furcifer apresenta grande homogeneidade morfológica entre as suas espécies. É provável que uma recente separação do grupo tenha ocorrido, o que pode ser uma explicação; este fator temporal associado com uma dieta especializada pode ter levado o grupo furcifer a um quadro de estase evolutiva. Esta hipótese pode explicar porque populações disjuntas de Cer. cornifer ainda não divergiram. Por outro lado, é possível que as diferenças entre as espécies do grupo furcifer sejam polimorfismos; A associação entre polimorfimos dentro de populações espacialmente separadas é um fator que pode levar a especiação. Neste contexto, as variações morfológicas verificadas no grupo furcifer, podem ser evidencias de que algumas linhagens agora estejam se divergindo. Este conhecimento demonstra que o grupo furcifer pode ser uma ferramenta muito útil em futuros trabalhos de filogeografia.
id UFV_bddc095c10adf85e2c97dffdf0383553
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/26962
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str 2145
spelling Gómez, Vivian Eliana SandovalMaddalena, Ítalo Salvatore de Castro Peccihttp://lattes.cnpq.br/0189839755454174Andrade, Cristiano Lopes2019-09-11T13:56:00Z2019-09-11T13:56:00Z2015-07-17MADDALENA, Ítalo Salvatore de Castro Pecci. Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae). 2015. 70 f. Dissertação (Mestrado em Entomologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2015.https://locus.ufv.br//handle/123456789/26962Poucos organismos são consumidores de Pycnoporus sanguineus, uma espécie de fungo tóxica devido a sua alta concentração de cinabarinas e outras substâncias tóxicas. Este fungo concentra elementos que geralmente estão em baixa concentração em ecossistemas terrestres (por exemplo, cádmio). Entre os animais que são capazes de consumir este fungo na região Neotropical, as espécies de Ceracis do chamado “grupo furcifer” parecem ser as mais freqüentes. No entanto, apesar da sua importância na ciclagem dos componentes de P. sanguineus, a taxonomia do grupo furcifer ainda não foi revisada. Sabe-se que o grupo foi proposto a mais de quarenta anos e desde então inclui oito espécies descritas: Ceracis cornifer (Mellié), Ceracis cylindricus (Brèthes), Ceracis furcifer Mellié, Ceracis hastifer (Mellié), Ceracis monocerus Lawrence, Cerarcis ruficornis Pic, Ceracis simplicicornis (Pic) e Ceracis unicornis Gorham. Porém a descrição e um estudo comparativo da terminalia masculina ainda não foram conduzidos. Além disso, pouco ou nada se sabe a respeito dos padrões de distribuição das espécies do grupo. A presente dissertação tem por objetivo esclarecer a taxonomia do grupo furcifer, prover novos dados sobre sua distribuição e discutir os possíveis padrões biogegráficos do grupo, levando também em consideração a sua relação com o fungo P. sanguineus. A partir de comparações morfológicas, morfométricas, dissecação e análise de terminálias abdominais de machos e estudo da literatura, o grupo furcifer agora é composto por apenas quatro espécies dispostas artificialmente em dois subgrupos: (i) Ceracis cornifer e Ceracis hastifer; (ii) Ceracis furcifer e Ceracis ruficornis. Com base em comparações da terminália masculina, nós (i) sinonimizamos Cer. cylindricus, Cer. monocerus, Cer. unicornis and Cer. simplicicornis com Cer. cornifer; (ii) designamos lectótipos para Cer. cornifer, Cer. furcifer, Cer. hastifer e Cer. ruficornis; (iii) confirmamos a sinonimia de Cer. semipallidus com Cer. furcifer (Lawrence 1967); (iv) redescrevemos Cer. cornifer, Cer. hastifer, Cer. furcifer e Cer. ruficornis; (v) propomos uma chave de identificação para as espécies do grupo furcifer. Tendo como base esse grande número de sinonímias, a inclusão de novas espécies no grupo, com base apenas na morfologia do corno frontoclipeal e coloração do corpo, é contestada. Discute-se que estes dois aspectos, na verdade, são devido à variação intraespecífica entre os machos, além da ontogenia e outros fatores biológicos que levam também à formação de ecótipos. Apesar desta variação intraespecífica, o grupo furcifer apresenta grande homogeneidade morfológica entre as suas espécies. É provável que uma recente separação do grupo tenha ocorrido, o que pode ser uma explicação; este fator temporal associado com uma dieta especializada pode ter levado o grupo furcifer a um quadro de estase evolutiva. Esta hipótese pode explicar porque populações disjuntas de Cer. cornifer ainda não divergiram. Por outro lado, é possível que as diferenças entre as espécies do grupo furcifer sejam polimorfismos; A associação entre polimorfimos dentro de populações espacialmente separadas é um fator que pode levar a especiação. Neste contexto, as variações morfológicas verificadas no grupo furcifer, podem ser evidencias de que algumas linhagens agora estejam se divergindo. Este conhecimento demonstra que o grupo furcifer pode ser uma ferramenta muito útil em futuros trabalhos de filogeografia.Few animals in the Neotropics are consumers of Pycnoporus sanguineus, a toxic fungus species due to high concentration of cinnabarins and other toxic substances. Such fungus components (e.g. cadmium and molybdenum) are generally concentrated in low concentration in terrestrial environments. Among the animals that are able to consume this fungus in the Neotropics, species of the Ceracis (furcifer) group, seem to be the most frequent. However, despite its importance in the cycling of P. sanguineus components, the taxonomy of the furcifer group has not yet been revised. It is known only the group was proposed more than forty years ago and since then, includes eight species described: Ceracis cornifer (Mellié), Ceracis cylindricus (Brèthes), Ceracis furcifer Mellié, Ceracis hastifer (Mellié), Ceracis monocerus Lawrence, Cerarcis ruficornis Pic, Ceracis simplicicornis (Pic) and Ceracis unicornis Gorham. However, the description and a comparative study of the male terminalia have not yet been conducted. In addition, little or nothing is known about the distribution patterns of the furcifer species group. This work aims to clarify the taxonomy of the furcifer group, providing new data on distribution and discuss its possible biogeographic patterns, also taking into account its association with P. sanguineus. As a result of morphological and morphometric comparisons, dissection and examination of male abdominal terminalia and study of the literature, we (i) synonymize Cer. cylindricus, Cer. monocerus, Cer. unicornis and Cer. simplicicornis with Cer. cornifer; (ii) designate lectotypes for Cer. cornifer, Cer. furcifer, Cer. hastifer and Cer. ruficornis; (iii) confirmed the synonym of Cer. semipallidus with Cer. furcifer (Lawrence 1967); (iv) provide a redescription of Cer. cornifer, Cer. hastifer, Cer. furcifer and Cer. ruficornis; (v) Propose an identification key for furcifer species-group. Now furcifer group consists of only four species artificially arranged into two subgroups: (i) Ceracis cornifer and Ceracis hastifer (ii) Ceracis furcifer and Ceracis ruficornis. Based on comparisons of male terminalia, four species (Cer. cylindricus, Cer. monocerus, Cer. simplicicornis and Cer. unicornis) were synonymized with Cer. cornifer, which is in actually a species widely distributed and with a disjunct distribution. Based on this large number of synonyms, we definitively contest the inclusion of new species in the group, based mostly in frontoclypeal horn and body coloration. We argued these two aspects, in fact, are due to male intraspecific variations, as well ontogeny and other biological factors, besides the occurrence of ecotypes. Despite this intraspecific variation, the furcifer group shows great morphological homogeneity among their species. We discuss a likely recent separation occurred in this group; this time factor associated with a specialized diet may have led the furcifer group to an evolutionary stasis. This hypothesis can explain why disjunct populations of Cer. cornifer has not diverged. Besides it is possible that the differences among specimens are polymorphisms; the association between polymorphisms within spatially separate populations is a factor that can lead to speciation. Thus, these morphological variations in the furcifer group, may be evidence that some populations currently must to be diverging. The knowledge provide here demonstrates that furcifer group is a very useful tool in future studies of phylogeography.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaBesouro - TaxonomiaCeracisCiidaePycnoporus sanguineusTaxonomia de Grupos RecentesSistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)Sistematics of Ceracis Mellié of the furcifer group (Coleoptera: Ciidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de EntomologiaMestre em EntomologiaViçosa - MG2015-07-17Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1110263https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26962/1/texto%20completo.pdf38b3e2403f5f4ef047a5f8bc76179b38MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26962/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/269622022-06-28 13:28:52.366oai:locus.ufv.br:123456789/26962Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452022-06-28T16:28:52LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.pt-BR.fl_str_mv Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)
dc.title.en.fl_str_mv Sistematics of Ceracis Mellié of the furcifer group (Coleoptera: Ciidae)
title Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)
spellingShingle Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)
Maddalena, Ítalo Salvatore de Castro Pecci
Besouro - Taxonomia
Ceracis
Ciidae
Pycnoporus sanguineus
Taxonomia de Grupos Recentes
title_short Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)
title_full Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)
title_fullStr Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)
title_full_unstemmed Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)
title_sort Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae)
author Maddalena, Ítalo Salvatore de Castro Pecci
author_facet Maddalena, Ítalo Salvatore de Castro Pecci
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt-BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0189839755454174
dc.contributor.none.fl_str_mv Gómez, Vivian Eliana Sandoval
dc.contributor.author.fl_str_mv Maddalena, Ítalo Salvatore de Castro Pecci
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Andrade, Cristiano Lopes
contributor_str_mv Andrade, Cristiano Lopes
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Besouro - Taxonomia
Ceracis
Ciidae
Pycnoporus sanguineus
topic Besouro - Taxonomia
Ceracis
Ciidae
Pycnoporus sanguineus
Taxonomia de Grupos Recentes
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Taxonomia de Grupos Recentes
description Poucos organismos são consumidores de Pycnoporus sanguineus, uma espécie de fungo tóxica devido a sua alta concentração de cinabarinas e outras substâncias tóxicas. Este fungo concentra elementos que geralmente estão em baixa concentração em ecossistemas terrestres (por exemplo, cádmio). Entre os animais que são capazes de consumir este fungo na região Neotropical, as espécies de Ceracis do chamado “grupo furcifer” parecem ser as mais freqüentes. No entanto, apesar da sua importância na ciclagem dos componentes de P. sanguineus, a taxonomia do grupo furcifer ainda não foi revisada. Sabe-se que o grupo foi proposto a mais de quarenta anos e desde então inclui oito espécies descritas: Ceracis cornifer (Mellié), Ceracis cylindricus (Brèthes), Ceracis furcifer Mellié, Ceracis hastifer (Mellié), Ceracis monocerus Lawrence, Cerarcis ruficornis Pic, Ceracis simplicicornis (Pic) e Ceracis unicornis Gorham. Porém a descrição e um estudo comparativo da terminalia masculina ainda não foram conduzidos. Além disso, pouco ou nada se sabe a respeito dos padrões de distribuição das espécies do grupo. A presente dissertação tem por objetivo esclarecer a taxonomia do grupo furcifer, prover novos dados sobre sua distribuição e discutir os possíveis padrões biogegráficos do grupo, levando também em consideração a sua relação com o fungo P. sanguineus. A partir de comparações morfológicas, morfométricas, dissecação e análise de terminálias abdominais de machos e estudo da literatura, o grupo furcifer agora é composto por apenas quatro espécies dispostas artificialmente em dois subgrupos: (i) Ceracis cornifer e Ceracis hastifer; (ii) Ceracis furcifer e Ceracis ruficornis. Com base em comparações da terminália masculina, nós (i) sinonimizamos Cer. cylindricus, Cer. monocerus, Cer. unicornis and Cer. simplicicornis com Cer. cornifer; (ii) designamos lectótipos para Cer. cornifer, Cer. furcifer, Cer. hastifer e Cer. ruficornis; (iii) confirmamos a sinonimia de Cer. semipallidus com Cer. furcifer (Lawrence 1967); (iv) redescrevemos Cer. cornifer, Cer. hastifer, Cer. furcifer e Cer. ruficornis; (v) propomos uma chave de identificação para as espécies do grupo furcifer. Tendo como base esse grande número de sinonímias, a inclusão de novas espécies no grupo, com base apenas na morfologia do corno frontoclipeal e coloração do corpo, é contestada. Discute-se que estes dois aspectos, na verdade, são devido à variação intraespecífica entre os machos, além da ontogenia e outros fatores biológicos que levam também à formação de ecótipos. Apesar desta variação intraespecífica, o grupo furcifer apresenta grande homogeneidade morfológica entre as suas espécies. É provável que uma recente separação do grupo tenha ocorrido, o que pode ser uma explicação; este fator temporal associado com uma dieta especializada pode ter levado o grupo furcifer a um quadro de estase evolutiva. Esta hipótese pode explicar porque populações disjuntas de Cer. cornifer ainda não divergiram. Por outro lado, é possível que as diferenças entre as espécies do grupo furcifer sejam polimorfismos; A associação entre polimorfimos dentro de populações espacialmente separadas é um fator que pode levar a especiação. Neste contexto, as variações morfológicas verificadas no grupo furcifer, podem ser evidencias de que algumas linhagens agora estejam se divergindo. Este conhecimento demonstra que o grupo furcifer pode ser uma ferramenta muito útil em futuros trabalhos de filogeografia.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-07-17
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-09-11T13:56:00Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-09-11T13:56:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MADDALENA, Ítalo Salvatore de Castro Pecci. Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae). 2015. 70 f. Dissertação (Mestrado em Entomologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2015.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://locus.ufv.br//handle/123456789/26962
identifier_str_mv MADDALENA, Ítalo Salvatore de Castro Pecci. Sistemática das espécies de Ceracis Mellié do grupo furcifer (Coleoptera: Ciidae). 2015. 70 f. Dissertação (Mestrado em Entomologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2015.
url https://locus.ufv.br//handle/123456789/26962
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26962/1/texto%20completo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26962/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 38b3e2403f5f4ef047a5f8bc76179b38
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1801212985708904448