Resiliência espacial em comunidades quilombolas: desafios relacionados ao uso e ocupação do solo em terras uso comum
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/28661 |
Resumo: | O uso e ocupação do solo em comunidades tradicionais muitas vezes está ligado a uma perspectiva de valorização do território para o uso de forma coletiva, contudo, as propriedades do entorno usualmente não seguem o mesmo padrão de uso, o que pode levar a conflitos e influenciar na mudança da perspectiva do que é a terra para os membros de comunidades tradicionais. A pesquisa ocorreu ao longo do ano de 2020 e pretende conhecer a dinâmica espacial de uso e ocupação de terra de comunidades quilombolas da Mata Atlântica e Floresta Amazônica e analisar quais os principais desafios vivenciados por estas comunidades do ponto de vista da resiliência espacial em terras de uso coletivo ou compartilhado. Uma está localizada na Zona da Mata Mineira, a comunidade do Buieié presente no município de Viçosa, e outra na Amazônia, a comunidade Santa Fé presente em Costa Marques em Rondônia. Para a análise, juntamente à revisão bibliográfica, foi usada a fotointerpretação de imagens do Google Earth Pro. Para a comunidade do Buieié foram usadas imagens dos anos de 2002 e 2020, a partir da fotointerpretação foram estabelecidas 6 classes: Floresta Nativa; Silvicultura; Agricultura; Pastagem; Construções rurais e Área Urbana, as classes que são de interesse do trabalho foram classificadas como “Demais classes”. Para a comunidade de Santa Fé, os anos analisados foram de 2005 e 2020, as classes foram: Floresta Nativa; Agricultura; Pastagem; Construções Rurais e Área Antropizada. Para os usos que não são relevantes para o estudo foi atribuído a classe “Demais classes”. Os cálculos e composição dos mapas foram feitos no software QGIS. Do ponto de vista da articulação das categorias analíticas as principais conclusões deste estudo são que as terras quilombolas são consideradas de uso comum principalmente pelo histórico de ocupação quilombola, em que a terra é usada coletivamente para cultivo de subsistência, por este modo de vida ir de encontro ao desenvolvimento rural que valoriza a produtividade e monocultivos e pela legislação que atribui o título de uso coletivo para essas comunidades, no entanto, nos dois casos estudados as comunidades passaram por longos períodos de instabilidades em relação a regulamentação fundiária. A comunidade de Santa Fé obteve o título em 2018, após dez anos de espera, e a comunidade do Buieié ainda aguarda o processo de titulação. Este fator intensifica a vulnerabilidade de comunidades tradicionais. Além disso, o padrão de ocupação das comunidades estudadas está diretamente ligado ao padrão do entorno. Em Santa Fé, envolta por extensos pastos, houve o aumento das áreas antropizadas, consequentemente, uma maior fragmentação florestal, maior índice de construções e de pastagem na área do remanescente de quilombo. No Buieié, houve um aumento nos plantios de eucalipto, assim como no entorno, há alta presença de cafezais e é perceptível um padrão de crescimento urbano no sentido da comunidade. Os dados obtidos apresentam uma baixa resiliência espacial, visto que a conectividade entre entorno e comunidade levou a uma fraca diversificação produtiva e uma menor interdependência entre os elementos. Palavras-chave: Comunidade quilombola. Resiliência. Uso e ocupação do solo. |
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Abreu, Marcos Vinicius SanchesAlves, Isa Rafaelahttp://lattes.cnpq.br/6349145758961666Silva, Nathália Thaís Cosmo da2022-02-11T18:11:29Z2022-02-11T18:11:29Z2020-11-03ALVES, Isa Rafaela. Resiliência espacial em comunidades quilombolas: desafios relacionados ao uso e ocupação do solo em terras uso comum. 2020. 106 f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2020.https://locus.ufv.br//handle/123456789/28661O uso e ocupação do solo em comunidades tradicionais muitas vezes está ligado a uma perspectiva de valorização do território para o uso de forma coletiva, contudo, as propriedades do entorno usualmente não seguem o mesmo padrão de uso, o que pode levar a conflitos e influenciar na mudança da perspectiva do que é a terra para os membros de comunidades tradicionais. A pesquisa ocorreu ao longo do ano de 2020 e pretende conhecer a dinâmica espacial de uso e ocupação de terra de comunidades quilombolas da Mata Atlântica e Floresta Amazônica e analisar quais os principais desafios vivenciados por estas comunidades do ponto de vista da resiliência espacial em terras de uso coletivo ou compartilhado. Uma está localizada na Zona da Mata Mineira, a comunidade do Buieié presente no município de Viçosa, e outra na Amazônia, a comunidade Santa Fé presente em Costa Marques em Rondônia. Para a análise, juntamente à revisão bibliográfica, foi usada a fotointerpretação de imagens do Google Earth Pro. Para a comunidade do Buieié foram usadas imagens dos anos de 2002 e 2020, a partir da fotointerpretação foram estabelecidas 6 classes: Floresta Nativa; Silvicultura; Agricultura; Pastagem; Construções rurais e Área Urbana, as classes que são de interesse do trabalho foram classificadas como “Demais classes”. 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A comunidade de Santa Fé obteve o título em 2018, após dez anos de espera, e a comunidade do Buieié ainda aguarda o processo de titulação. Este fator intensifica a vulnerabilidade de comunidades tradicionais. Além disso, o padrão de ocupação das comunidades estudadas está diretamente ligado ao padrão do entorno. Em Santa Fé, envolta por extensos pastos, houve o aumento das áreas antropizadas, consequentemente, uma maior fragmentação florestal, maior índice de construções e de pastagem na área do remanescente de quilombo. No Buieié, houve um aumento nos plantios de eucalipto, assim como no entorno, há alta presença de cafezais e é perceptível um padrão de crescimento urbano no sentido da comunidade. Os dados obtidos apresentam uma baixa resiliência espacial, visto que a conectividade entre entorno e comunidade levou a uma fraca diversificação produtiva e uma menor interdependência entre os elementos. Palavras-chave: Comunidade quilombola. Resiliência. Uso e ocupação do solo.The land use and land occupation in traditional communities is often linked to a perspective of the common use of the territory. The surrounding properties usually do not follow the same pattern of use, which can lead to conflicts and also can influence the change of the perspective of what land is for members of traditional communities. This study occurred in the year of 2020 and focuses on the spatial dynamics of land use and occupation of quilombola communities of the Atlantic Forest and Amazon forest and analyzes the main challenges experienced by these communities based on spatial resilience in collective or shared use lands. For this, we studied two communities: the community of Buieié, in Viçosa, in the Zona da Mata Mineira, and the community of Santa Fé, in Costa Marques, Rondônia, in the Amazon forest. Besides the literature review, we also used photointerpretation of images collected from Google Earth Pro to analyze changes in landscape from both locations. The community of Buieié was classified images of 2002 and 2020 through 6 categories: native forest; Eucalyptus; Agriculture; pasture; rural establishments and Urban Area. For the community of Santa Fé, the images of 2005 and 2020 were classified by: native forest; Forestry; Agriculture; pasture; rural establishments, and Anthropized area. The calculations and composition of the maps were done in the QGIS software. We concluded that the history of quilombola occupation still plays an important role in the common use of the community lands, the property is used collectively for subsistence farming. Since this way of life does not meet the standard rural development concept that enhances the productivity and monoculture, and because legislation protects their rights regarding the collective use of the land by providing certification, in both cases the communities have gone through long periods of instability concerning the regulation of land tenure. The community of Santa Fé obtained the certification in 2018, ten years after the beginning of the regularization process, and the community of Buieié is still waiting for the certification. This intensifies the vulnerability of traditional communities. Moreover, the pattern of land occupation of the studied communities is directly linked to the pattern of the surrounding areas. In Santa Fé, surrounded by extensive pastures, there was an increase in anthropized areas, leading to greater forest fragmentation, and a higher index of buildings and pasture in the area of the remaining quilombo. In Buieié, there was an increase in eucalyptus plantations, just as in the surrounding area, there are considerable coffee plantations and a noticeable pattern of urban growth towards the community. The data obtained revealed that the communities exhibit low spatial resilience since the connectivity between the surroundings and community led to a weak productive diversification and a lower interdependence between the elements. Keywords: Quilombola community. Resilience. Land use.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porUniversidade Federal de ViçosaQuilombos - Zona da Mata (MG : Mesorregião)Quilombos - AmazôniaComunidades de escravos fugitivosSolo rural - UsoExtensão RuralResiliência espacial em comunidades quilombolas: desafios relacionados ao uso e ocupação do solo em terras uso comumSpatial resilience in qulombola communities: challenges related to the land use and land occupation in commom landsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Economia RuralMestre em Extensão RuralViçosa - MG2020-11-03Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2557125https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/28661/1/texto%20completo.pdf82947c1cfc99cfbd5e45c5a18b8e58bcMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/28661/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/286612022-02-11 15:12:23.804oai:locus.ufv.br:123456789/28661Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452022-02-11T18:12:23LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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