Produção de biossurfactantes visando ao tratamento de borra oleosa
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10682 |
Resumo: | O presente estudo objetivou otimizar a produção de biossurfactantes por diferentes culturas bacterianas, em diferentes meios de cultura e com diferentes fontes de carbono, para aplicação no tratamento da borra oleosa sedimentada nos tanques de armazenamento de óleo combustível da RECAP (SP), pertencentes à Petróleo Brasileiro S/A (). Trinta e seis isolados, sendo 15 pertencentes ao Laboratório de Biodiversidade e Biotecnologia para o Meio Ambiente (BBMA) e 21 isolados da amostra de borra, foram avaliados quanto à produção de biossurfactantes. Dentre os 15 isolados com essa característica, foram selecionados cinco para a realização dos ensaios de otimização da produção de biossurfactantes. Os isolados foram identificados pela análise de ésteres metílicos de ácidos graxos (FAME) utilizando o sistema Sherlock da Microbial Identification System (MIDI, Newark, DE, EUA) como Pseudomonas aeruginosa (88A), Bacillus subtilis (155) e Arthrobacter sp. (201). Os isolados 111A e 191 não foram reconhecidos pelo sistema Sherlock. A concentração micelar crítica (CMC) dos biossurfactantes nos meios de cultura, após a remoção das células, foi estimada por quantificação da tensão superficial pelo método de du Nouy. A diluição micelar crítica ficou entre 0,01% e 1% do meio, indicando que as concentrações dos biossurfactantes nos meios estavam de 100 a 10.000 vezes acima de suas CMCs. A estabilidade das emulsões água- querosene, na presença dos biossurfactantes, variou de 30 a 70% após 42 horas, enquanto a estabilidade da emulsão formada pela mistura do surfactante sintético SDS e querosene foi de 45%. A produção de biossurfactantes variou significativamente com a composição do meio de cultura. A borra oleosa foi um indutor efetivo da produção de biossurfactantes. Os biossurfactantes produzidos na fase anterior foram utilizados para tratar a borra oleosa, visando a separação do óleo e do material inerte. O processo mostrou-se altamente eficiente em recuperar o óleo retido, chegando-se a 95% de redução do volume da borra. Os resultados mostraram que a utilização de biossurfactantes para o tratamento de borras oleosas pode ser uma tecnologia econômica e ambientalmente viável, considerando o pequeno volume de cultura microbiana requerido para o tratamento. |
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Borges, Arnaldo ChaerKasuya, Maria Catarina M.Silva, Luis Henrique Mendes daLima, Tânia Maria da SilvaTótola, Marcos Rogério2017-06-13T19:39:49Z2017-06-13T19:39:49Z2003-08-01Lima, Tânia Maria da Silva. Produção de biossurfactantes visando ao tratamento de borra oleosa. 2003. 69 f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2003.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10682O presente estudo objetivou otimizar a produção de biossurfactantes por diferentes culturas bacterianas, em diferentes meios de cultura e com diferentes fontes de carbono, para aplicação no tratamento da borra oleosa sedimentada nos tanques de armazenamento de óleo combustível da RECAP (SP), pertencentes à Petróleo Brasileiro S/A (). Trinta e seis isolados, sendo 15 pertencentes ao Laboratório de Biodiversidade e Biotecnologia para o Meio Ambiente (BBMA) e 21 isolados da amostra de borra, foram avaliados quanto à produção de biossurfactantes. Dentre os 15 isolados com essa característica, foram selecionados cinco para a realização dos ensaios de otimização da produção de biossurfactantes. Os isolados foram identificados pela análise de ésteres metílicos de ácidos graxos (FAME) utilizando o sistema Sherlock da Microbial Identification System (MIDI, Newark, DE, EUA) como Pseudomonas aeruginosa (88A), Bacillus subtilis (155) e Arthrobacter sp. (201). Os isolados 111A e 191 não foram reconhecidos pelo sistema Sherlock. A concentração micelar crítica (CMC) dos biossurfactantes nos meios de cultura, após a remoção das células, foi estimada por quantificação da tensão superficial pelo método de du Nouy. A diluição micelar crítica ficou entre 0,01% e 1% do meio, indicando que as concentrações dos biossurfactantes nos meios estavam de 100 a 10.000 vezes acima de suas CMCs. A estabilidade das emulsões água- querosene, na presença dos biossurfactantes, variou de 30 a 70% após 42 horas, enquanto a estabilidade da emulsão formada pela mistura do surfactante sintético SDS e querosene foi de 45%. A produção de biossurfactantes variou significativamente com a composição do meio de cultura. A borra oleosa foi um indutor efetivo da produção de biossurfactantes. Os biossurfactantes produzidos na fase anterior foram utilizados para tratar a borra oleosa, visando a separação do óleo e do material inerte. O processo mostrou-se altamente eficiente em recuperar o óleo retido, chegando-se a 95% de redução do volume da borra. Os resultados mostraram que a utilização de biossurfactantes para o tratamento de borras oleosas pode ser uma tecnologia econômica e ambientalmente viável, considerando o pequeno volume de cultura microbiana requerido para o tratamento.This work aimed at optimizing the production of biosurfactants by bacterial cultures for the treatment of oily sludge from fuel oil storage tanks at Capuava Refinery (RECAP-SP), Petróleo Brasileiro S.A. (PETROBRAS). Fifteen strains of the belonging to the collection of Laboratório de Biodiversidade e Biotecnologia para o Meio Ambiente (BBMA) and 21 strains isolated from oily sludge samples were evaluated for biosurfactant production. Among the biosurfactant producing isolates, five were chosen for the optimization of biosurfactant production. The isolates were identified as Pseudomonas aeruginosa (88A), Bacillus subtilis (155), and Arthrobacter sp. (201). The isolates 111A and 191 could not be identified. The critical micelar concentration (CMC) of biosurfactants in the culture media after cell removal was estimated by measuring surface tension of diluted samples by the du Nouy method. The critical micelar dilution ranged from 0.01% to 1%, indicating that the biosurfactant concentration in the medium was 100 to 10.000 times higher than its CMC. The stability of water-querosene emulsions in the presence of biosurfactants ranged from 30% to 70% after 42 hours, while the stability of the mixture of the synthetic surfactant SDS with kerosene was 45%. The xcomposition of the culture medium significantly affected the production of biosurfactants. The oily sludge was an effective inducer of biosurfactant production. The biosurfactants produced by the five isolates were used for oily sludge treatment, aiming at the separation of oil from inert materials. The process was highly efficient, resulting in 95% reduction of the oily sludge volume. The results showed that the use of biosurfactants for oily sludge cleanup operations can be an economically and environmentally attractive technology.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaProdução de biossurfactantesTratamento de Borra OleosaCiências AgráriasProdução de biossurfactantes visando ao tratamento de borra oleosaBiosurfactant production for oily sludge treatmentinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Biologia GeralMestre em Microbiologia AgrícolaViçosa - MG2003-08-01Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1166776https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10682/1/texto%20completo.pdf11dd9b16e2d384140dca5dd1a52031b2MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10682/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3541https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10682/3/texto%20completo.pdf.jpg75fd7ddb81f97453f5339208d90fd890MD53123456789/106822017-06-28 09:46:40.96oai:locus.ufv.br:123456789/10682Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-06-28T12:46:40LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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