Determinantes das alterações do peso corporal pós-parto: estudo prospectivo em nutrizes do município de Viçosa, MG
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/26579 |
Resumo: | A obesidade é considerada um problema emergente em saúde pública em diversos grupos etários e regiões do Brasil, sendo particularmente prevalente em mulheres. Para elas, a gestação e o período pós-parto, principalmente os dois primeiros anos, constituem momentos críticos em sua vida, pois tal período aumenta a exposição a fatores que podem levar à obesidade. Os fatores de risco para a retenção de peso pós- parto incluem o estado nutricional pré-gestacional, ganho de peso durante a gestação, paridade, lactação, nível de atividade física, perfil alimentar pós-parto, situação marital, mulheres com excesso de gordura corporal, de pele negra, com mais de 30 anos de idade e nutrizes de baixa condição socioeconômica. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a evolução de peso materno pós-parto, seus determinantes e sua relação com a prática do aleitamento materno, em mulheres residentes no município de Viçosa, Minas Gerais, acompanhadas por um período de seis meses pós-parto. Entre dezembro de 2011 e agosto de 2012 foi realizado uma coorte prospectiva durante os primeiros 6 meses pós-parto com coleta de dados socioeconômicos (renda, etnia, estado civil, escolaridade, local de moradia, número de pessoas no domicílio, condições de água e saneamento básico, classe socioecocômica ABEP, posse de imóvel de moradia, programas assistencialistas e tipo de serviço de saúde utilizado), obstétricos (idade, hábito de beber e de fumar atuais e pregressos, número de filhos, ordem da gestação, intercorrências gestacionais, número de consultas pré-natal, uso de suplementos e uso de medicamentos), antropométricos (peso pré-gestacional, peso no final da gravidez, ganho de peso gestacional, perda de peso no início da gestação, peso mensal, perímetro da cintura, quadril e braços, e percentual de gordura corporal), dietéticos (recordatório 24 horas mensal) e de atividade física direta (pedômetro) e indireta (IPAQ) de 200 nutrizes que atenderam aos critérios de elegibilidade do estudo com a finalidade de avaliar os determinantes da variação do peso pós-parto. A análise estatística foi feita utilizando a regressão linear simples e múltipla, seguido do teste VIF e Breush-Pagan para verificar a presença de multicolinearidade e heterocedasticidade, respectivamente. O ganho de peso gestacional associou-se inversamente à perda de peso pós-parto e diretamente ao ganho de peso. A menor classe socioeconômica, ausência de imóvel próprio e o menor número de pessoas no domicílio foram os fatores socioeconômicos determinantes para a perda de peso. A realização do parto normal,uso de chupeta e mamadeira, menor paridade, aleitamento na primeira hora de vida e o não sedentarismo da mulher também foram determinantes para a perda de peso. O maior IMC pré-gestacional e aos 6 meses, presença de intercorrência na gestação e a idade inferior a 20 anos foram fatores que contribuíram para o ganho de peso no período. Além disso, no primeiro e no sexto mês pós-parto constatou-se que a proporção de mulheres com sobrepeso e obesidade era significativamente superior às proporções no período pré-gestacional. Aos seis meses pós-parto 51,5% (n=51) das mulheres avaliadas apresentam perímetro da cintura aumentado, 30,3% (n=30) relação cintura-quadril de risco e 53,1% (n=51) possuíam elevado percentual de gordura. A análise múltipla da regressão de Poisson revelou que no primeiro mês pós-parto houve maior probabilidade de ter sobrepeso e obesidade entre mães adultas, mulheres com sobrepeso e obesidade pré-gestacional, nutrizes que tiveram elevado ganho de peso gestacional e que tiveram bebês macrossômicos em gestações pregressas. No sexto mês houve maior probabilidade de ter sobrepeso e obesidade entre nutrizes que tinham perímetro da cintura aumentado, portadoras de sobrepeso e obesidade no período pré-gestacional e mulheres com menor renda familiar em salários mínimos per capita. O ganho de peso gestacional é o fator que exerce o maior impacto na variação do peso pós-parto, além de estar relacionado a outros determinantes dessa variação. Este é passível de intervenção durante a assistência pré-natal nutricional em prol da saúde materna e infantil. A prática de atividade física no puerpério e o aleitamento materno na primeira hora de vida devem ser incentivados visto o seu impacto na perda de peso pós-parto. A idade materna e a renda familiar também estiveram associadas, assim como o elevado perímetro da cintura e do percentual de gordura corporal estiveram associados à obesidade materna. Além disso, tem-se evidenciada as dificuldades das nutrizes obesas para a perda de peso e mobilização da gordura no período pós-parto, sendo que o ciclo gravídico-puerperal pode promover o agravamento do quadro de sobrepeso e obesidade. Diante disso, ressalta-se a importância da assistência nutricional e médica pré-natal para fins de promoção do adequado ganho de peso materno, incentivo ao aleitamento materno e para o acompanhamento nutricional no período pós-parto. É importante destacar a importância das ações em prol do incentivo ao planejamento familiar e da assistência à mulher no puerpério. |
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Sant'Anna, Luciana Ferreira da RochaFranceschini, Sylvia do Carmo CastroRibeiro, Andréia QueirozAmorim, Paulo Roberto dos SantosAssis, Karine Franklinhttp://lattes.cnpq.br/5765624902060228Araújo, Raquel Maria Amaral2019-08-14T13:26:50Z2019-08-14T13:26:50Z2013-07-22ASSIS, Karine Franklin. Determinantes das alterações do peso corporal pós-parto: estudo prospectivo em nutrizes do município de Viçosa, MG. 2013. 144 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2013.https://locus.ufv.br//handle/123456789/26579A obesidade é considerada um problema emergente em saúde pública em diversos grupos etários e regiões do Brasil, sendo particularmente prevalente em mulheres. Para elas, a gestação e o período pós-parto, principalmente os dois primeiros anos, constituem momentos críticos em sua vida, pois tal período aumenta a exposição a fatores que podem levar à obesidade. Os fatores de risco para a retenção de peso pós- parto incluem o estado nutricional pré-gestacional, ganho de peso durante a gestação, paridade, lactação, nível de atividade física, perfil alimentar pós-parto, situação marital, mulheres com excesso de gordura corporal, de pele negra, com mais de 30 anos de idade e nutrizes de baixa condição socioeconômica. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a evolução de peso materno pós-parto, seus determinantes e sua relação com a prática do aleitamento materno, em mulheres residentes no município de Viçosa, Minas Gerais, acompanhadas por um período de seis meses pós-parto. Entre dezembro de 2011 e agosto de 2012 foi realizado uma coorte prospectiva durante os primeiros 6 meses pós-parto com coleta de dados socioeconômicos (renda, etnia, estado civil, escolaridade, local de moradia, número de pessoas no domicílio, condições de água e saneamento básico, classe socioecocômica ABEP, posse de imóvel de moradia, programas assistencialistas e tipo de serviço de saúde utilizado), obstétricos (idade, hábito de beber e de fumar atuais e pregressos, número de filhos, ordem da gestação, intercorrências gestacionais, número de consultas pré-natal, uso de suplementos e uso de medicamentos), antropométricos (peso pré-gestacional, peso no final da gravidez, ganho de peso gestacional, perda de peso no início da gestação, peso mensal, perímetro da cintura, quadril e braços, e percentual de gordura corporal), dietéticos (recordatório 24 horas mensal) e de atividade física direta (pedômetro) e indireta (IPAQ) de 200 nutrizes que atenderam aos critérios de elegibilidade do estudo com a finalidade de avaliar os determinantes da variação do peso pós-parto. A análise estatística foi feita utilizando a regressão linear simples e múltipla, seguido do teste VIF e Breush-Pagan para verificar a presença de multicolinearidade e heterocedasticidade, respectivamente. O ganho de peso gestacional associou-se inversamente à perda de peso pós-parto e diretamente ao ganho de peso. A menor classe socioeconômica, ausência de imóvel próprio e o menor número de pessoas no domicílio foram os fatores socioeconômicos determinantes para a perda de peso. A realização do parto normal,uso de chupeta e mamadeira, menor paridade, aleitamento na primeira hora de vida e o não sedentarismo da mulher também foram determinantes para a perda de peso. O maior IMC pré-gestacional e aos 6 meses, presença de intercorrência na gestação e a idade inferior a 20 anos foram fatores que contribuíram para o ganho de peso no período. Além disso, no primeiro e no sexto mês pós-parto constatou-se que a proporção de mulheres com sobrepeso e obesidade era significativamente superior às proporções no período pré-gestacional. Aos seis meses pós-parto 51,5% (n=51) das mulheres avaliadas apresentam perímetro da cintura aumentado, 30,3% (n=30) relação cintura-quadril de risco e 53,1% (n=51) possuíam elevado percentual de gordura. A análise múltipla da regressão de Poisson revelou que no primeiro mês pós-parto houve maior probabilidade de ter sobrepeso e obesidade entre mães adultas, mulheres com sobrepeso e obesidade pré-gestacional, nutrizes que tiveram elevado ganho de peso gestacional e que tiveram bebês macrossômicos em gestações pregressas. No sexto mês houve maior probabilidade de ter sobrepeso e obesidade entre nutrizes que tinham perímetro da cintura aumentado, portadoras de sobrepeso e obesidade no período pré-gestacional e mulheres com menor renda familiar em salários mínimos per capita. O ganho de peso gestacional é o fator que exerce o maior impacto na variação do peso pós-parto, além de estar relacionado a outros determinantes dessa variação. Este é passível de intervenção durante a assistência pré-natal nutricional em prol da saúde materna e infantil. A prática de atividade física no puerpério e o aleitamento materno na primeira hora de vida devem ser incentivados visto o seu impacto na perda de peso pós-parto. A idade materna e a renda familiar também estiveram associadas, assim como o elevado perímetro da cintura e do percentual de gordura corporal estiveram associados à obesidade materna. Além disso, tem-se evidenciada as dificuldades das nutrizes obesas para a perda de peso e mobilização da gordura no período pós-parto, sendo que o ciclo gravídico-puerperal pode promover o agravamento do quadro de sobrepeso e obesidade. Diante disso, ressalta-se a importância da assistência nutricional e médica pré-natal para fins de promoção do adequado ganho de peso materno, incentivo ao aleitamento materno e para o acompanhamento nutricional no período pós-parto. É importante destacar a importância das ações em prol do incentivo ao planejamento familiar e da assistência à mulher no puerpério.Obesity is an emerging problem in public health in different age groups and regions of Brazil, and is particularly prevalent in women. To them, pregnancy and the postpartum period, especially the first two years are critical moments in your life, as this period increases the exposure to factors that can lead to obesity. Risk factors for weight retention postpartum include nutritional status before pregnancy, weight gain during pregnancy, parity, lactation, physical activity level, dietary profile postpartum, marital status, women with excess fat body, black leather, with over 30 years of age and lactating women of low socioeconomic status. Given the above, the objective of this study was to evaluate maternal weight postpartum, its determinants and its relationship to breastfeeding in women living in Viçosa, Minas Gerais, followed by a period of six months postpartum. Between December 2011 and August 2012 was conducted a prospective cohort study during the first 6 months postpartum to collect socioeconomic data (income, ethnicity, marital status, education, place of residence, number of household members, water conditions and sanitation, class socioecocômica ABEP, possession of property for housing, welfare programs and type of health service), obstetric (age, drinking habit and current and past smoking, number of children, order of pregnancy, pregnancy complications, number of prenatal visits, use of supplements and medications), anthropometric (weight prepregnancy weight in late pregnancy, gestational weight gain, weight loss in early pregnancy, monthly weight, waist circumference, hip and arms, and percentage of body fat), dietary (24-hour recall monthly) and direct physical activity (pedometer) and indirect (IPAQ) 200 lactating women who met the eligibility criteria of the study in order to assess the determinants of variation Postpartum weight. Statistical analysis was performed using simple linear regression and multiple test followed by VIF and Breush-Pagan for the presence of multicollinearity and heteroscedasticity, respectively. The gestational weight gain was inversely associated with weight loss postpartum and directly to weight gain. The lower socioeconomic status, lack of own property and fewer people in the house were the socioeconomic determinants of weight loss. The realization of a normal birth, pacifier use and bottle-feeding, lower parity, breastfeeding in the first hour of life and not sedentary woman were also crucial to weight loss. The higher pre-pregnancy BMI and 6 months, presence of complications in pregnancy and age less than 20 years were factors that contributed to the weight gain in the period. Furthermore, in the first and sixth month postpartum was found that the proportion of overweight and obesity was significantly higher than the proportion in the pre-pregnancy. At six months postpartum 51.5% (n = 51) of the women studied have increased waist circumference, 30.3% (n = 30), waist-hip ratio and risk of 53.1% (n = 51) had high percentage of fat. The analysis of multiple Poisson regression revealed that in the first month postpartum were more likely to have overweight and obesity among adult mothers, women with overweight and obesity before pregnancy, nursing mothers who had high gestational weight gain and who have had babies in macrosomic pregnancies stunted. In the sixth month were more likely to have overweight and obesity among nursing mothers who had waist circumference increased, suffering from overweight and obesity in pre-pregnancy and women with lower family income in minimum wages per capita. The gestational weight gain is the factor that has the greatest impact on the variation of postpartum weight, besides being related to other determinants of this variation. This intervention is possible during prenatal nutritional support of maternal and child health. The physical activity postpartum and breastfeeding in the first hour of life should be encouraged because their impact on weight loss postpartum. Maternal age and family income were also associated, as well as the high waist circumference and body fat percentage were associated with maternal obesity. Furthermore, it has been demonstrated the difficulties of obese lactating for weight loss and fat mobilization in the postpartum period, and the pregnancy and childbirth can promote worsening of overweight and obesity. Therefore, it emphasizes the importance of nutritional assistance and prenatal care for the purpose of promoting appropriate maternal weight gain, breastfeeding promotion and nutritional monitoring in the postpartum period. It is important to highlight the importance of actions in favor of encouraging family planning assistance to women in the postpartum period.ing at home, in the workplace and in health services.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaObesidade em mulheresPeso corporalNutrição - AvaliaçãoPuerpérioComposição corporalAmamentaçãoNutriçãoDeterminantes das alterações do peso corporal pós-parto: estudo prospectivo em nutrizes do município de Viçosa, MGEvaluation of the determinants of evolution postpartum weight: prospective study in nursing mothers breastfeeding in the municipality of Viçosa, Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Nutrição e SaúdeMestre em Ciência da NutriçãoViçosa - MG2013-07-22Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1195497https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26579/1/texto%20completo.pdf55b0c0c9f41bf01b7af30ba98a9b17b0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26579/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/265792019-08-14 10:27:09.427oai:locus.ufv.br:123456789/26579Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-08-14T13:27:09LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a evolução de peso materno pós-parto, seus determinantes e sua relação com a prática do aleitamento materno, em mulheres residentes no município de Viçosa, Minas Gerais, acompanhadas por um período de seis meses pós-parto. Entre dezembro de 2011 e agosto de 2012 foi realizado uma coorte prospectiva durante os primeiros 6 meses pós-parto com coleta de dados socioeconômicos (renda, etnia, estado civil, escolaridade, local de moradia, número de pessoas no domicílio, condições de água e saneamento básico, classe socioecocômica ABEP, posse de imóvel de moradia, programas assistencialistas e tipo de serviço de saúde utilizado), obstétricos (idade, hábito de beber e de fumar atuais e pregressos, número de filhos, ordem da gestação, intercorrências gestacionais, número de consultas pré-natal, uso de suplementos e uso de medicamentos), antropométricos (peso pré-gestacional, peso no final da gravidez, ganho de peso gestacional, perda de peso no início da gestação, peso mensal, perímetro da cintura, quadril e braços, e percentual de gordura corporal), dietéticos (recordatório 24 horas mensal) e de atividade física direta (pedômetro) e indireta (IPAQ) de 200 nutrizes que atenderam aos critérios de elegibilidade do estudo com a finalidade de avaliar os determinantes da variação do peso pós-parto. A análise estatística foi feita utilizando a regressão linear simples e múltipla, seguido do teste VIF e Breush-Pagan para verificar a presença de multicolinearidade e heterocedasticidade, respectivamente. O ganho de peso gestacional associou-se inversamente à perda de peso pós-parto e diretamente ao ganho de peso. A menor classe socioeconômica, ausência de imóvel próprio e o menor número de pessoas no domicílio foram os fatores socioeconômicos determinantes para a perda de peso. A realização do parto normal,uso de chupeta e mamadeira, menor paridade, aleitamento na primeira hora de vida e o não sedentarismo da mulher também foram determinantes para a perda de peso. O maior IMC pré-gestacional e aos 6 meses, presença de intercorrência na gestação e a idade inferior a 20 anos foram fatores que contribuíram para o ganho de peso no período. Além disso, no primeiro e no sexto mês pós-parto constatou-se que a proporção de mulheres com sobrepeso e obesidade era significativamente superior às proporções no período pré-gestacional. Aos seis meses pós-parto 51,5% (n=51) das mulheres avaliadas apresentam perímetro da cintura aumentado, 30,3% (n=30) relação cintura-quadril de risco e 53,1% (n=51) possuíam elevado percentual de gordura. A análise múltipla da regressão de Poisson revelou que no primeiro mês pós-parto houve maior probabilidade de ter sobrepeso e obesidade entre mães adultas, mulheres com sobrepeso e obesidade pré-gestacional, nutrizes que tiveram elevado ganho de peso gestacional e que tiveram bebês macrossômicos em gestações pregressas. No sexto mês houve maior probabilidade de ter sobrepeso e obesidade entre nutrizes que tinham perímetro da cintura aumentado, portadoras de sobrepeso e obesidade no período pré-gestacional e mulheres com menor renda familiar em salários mínimos per capita. O ganho de peso gestacional é o fator que exerce o maior impacto na variação do peso pós-parto, além de estar relacionado a outros determinantes dessa variação. Este é passível de intervenção durante a assistência pré-natal nutricional em prol da saúde materna e infantil. A prática de atividade física no puerpério e o aleitamento materno na primeira hora de vida devem ser incentivados visto o seu impacto na perda de peso pós-parto. A idade materna e a renda familiar também estiveram associadas, assim como o elevado perímetro da cintura e do percentual de gordura corporal estiveram associados à obesidade materna. Além disso, tem-se evidenciada as dificuldades das nutrizes obesas para a perda de peso e mobilização da gordura no período pós-parto, sendo que o ciclo gravídico-puerperal pode promover o agravamento do quadro de sobrepeso e obesidade. Diante disso, ressalta-se a importância da assistência nutricional e médica pré-natal para fins de promoção do adequado ganho de peso materno, incentivo ao aleitamento materno e para o acompanhamento nutricional no período pós-parto. É importante destacar a importância das ações em prol do incentivo ao planejamento familiar e da assistência à mulher no puerpério. |
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