Alterações comportamentais e neuromorfológicas induzidas por exposição de larvas de mandaçaia (Melipona quadrifasciata anthidioides) a imidaclopride

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tomé, Hudson Vaner Ventura
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26649
Resumo: Nos últimos anos, um declínio acentuado de colônias de abelhas tem ocorrido em diferentes partes do mundo. Dentre os vários fatores descritos na literatura pelos quais têm contribuido para esta diminuição, as aplicações de pesticidas assumem grande importância. Neste trabalho foram estudados efeitos letais e subletais do inseticida imidaclopride na abelha nativa sem ferrão Melipona quadrifasciata anthidioides mediante exposição larval. As abelhas foram submetidas à bioensaios de concentração-sobrevivência e à bioensaios focando efeitos subletais na neuromorfologia e no comportamento locomotor. O aumento da concentração do inseticida no alimento larval das abelhas causou alta mortalidade das abelhas ainda no estágio imaturo, sendo que a dose de 0,0056ug por abelha (menor dose testada) promoveu a morte de 60% das abelhas. Os tempos médios de sobrevivência refletiram o efeito da dose do inseticida, visto que doses superiores a 0,28ug por abelha causaram a morte de 100% das abelhas antes dos 21 dias. As abelhas que alcançaram o estágio adulto apresentaram efeitos subletais neuromorfológicos e comportamentais. Houve um menor desenvolvimento dos corpos cogumelares nas abelhas de quatro e oito dias de idade. Além disso, a atividade locomotora das abelhas nestas idades diminuiu à medida que se aumentou a concentração do inseticida no alimento larval. Assim, podemos verificar que a exposição do inseticida imidaclopride às larvas da abelha Melipona quadrifasciata anthidioides mesmo em baixas concentrações causa efeitos subletas em abelhas adultas, o que pode comprometer a sobrevivência de colônias.
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