Consumo de vitaminas do complexo B e prevalência de excesso de peso e depressão em brasileiros graduados (projeto CUME)
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | LOCUS Repositório Institucional da UFV |
Texto Completo: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/27771 |
Resumo: | A depressão e obesidade são doenças crônicas com alta prevalência em todo o mundo, além de estarem entre as principais causas de morbimortalidade. Elas se inter- relacionam e possuem fatores de risco comuns como uma ingestão alimentar inadequada. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a associação do consumo de vitaminas do complexo B (folato, vitamina B6 e vitamina B12) e prevalência de excesso de peso e depressão entre os participantes da Coorte de Universidades MinEiras (Projeto CUME). Neste estudo transversal, participaram 2.695 ex-alunos (801 homens/ 1894 mulheres, idade 36,2 ± 9,4 anos) da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A coleta dos dados se deu em duas etapas. A primeira etapa ocorreu mediante a aplicação de um questionário online, no qual foram respondidas questões relativas a características sociodemográficas, antropométricas, de estilo de vida e de saúde, bem como o diagnóstico autorrelatado de depressão. Um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) composto por 144 itens alimentares também foi completado de forma online. A segunda etapa ocorreu na forma de uma coleta presencial, com uma subamostra dos participantes residentes na cidade de Viçosa e região, para coleta de sangue e posteriores análises bioquímicas (homocisteína sérica e folato sérico). O IMC foi calculado a partir do peso (kg) e altura (m) autorrelatados. Foram classificados com excesso de peso adultos com IMC ≥ 25 kg/m 2 e idosos ≥ 28 kg/m 2 , como obesos adultos e idosos com IMC ≥ 30 kg/m 2 . As análises estatísticas foram realizadas no software SPSS ® versão 20.0. A prevalência de excesso de peso, obesidade e depressão foi de 38%, 10,1% e 12,1% respectivamente. Aqueles indivíduos no terceiro tercil de consumo de folato (≥ 511,12 μg/d) tiveram menor prevalência de excesso de peso e obesidade. Além disso, o folato sérico se associou positivamente com o folato da dieta (P de tendência = 0,032) e negativamente com a homocisteína sérica (P de tendência = 0,003). O maior consumo de folato também foi associado de forma negativa a prevalência de depressão na amostra total. Essas associações se mantiveram significantes para homens e participantes com idade < 40 anos, quando categorizamos a amostra por sexo e idade. Ademais participantes no terceiro tercil de consumo de folato apresentaram de forma geral melhores hábitos alimentares quando comparados ao primeiro tercil, com maior consumo de frutas, legumes e, leguminosas e derivados, resultado em maior ingestão de fibras e vitamina B6. Assim, concluímos que nesse estudo transversal um maior consumo de folato na dieta, dentro de um perfil alimentar mais saudável, esteve negativamente associado com o excesso de peso em participantes da linha de base do projeto CUME e a prevalência de depressão em homens e participantes com idade < 40 anos. |
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Oliveira, Fernando Luiz Pereira deSant’Ana, Helena Maria PinheiroBressan, JosefinaPereira, Gabriela Amorimhttp://lattes.cnpq.br/0693990652037117Hermsdorff, Helen Hermana Miranda2021-05-13T15:10:42Z2021-05-13T15:10:42Z2018-02-27PEREIRA, Gabriela Amorim. Consumo de vitaminas do complexo B e prevalência de excesso de peso e depressão em brasileiros graduados (projeto CUME). 2018. 70 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.https://locus.ufv.br//handle/123456789/27771A depressão e obesidade são doenças crônicas com alta prevalência em todo o mundo, além de estarem entre as principais causas de morbimortalidade. Elas se inter- relacionam e possuem fatores de risco comuns como uma ingestão alimentar inadequada. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a associação do consumo de vitaminas do complexo B (folato, vitamina B6 e vitamina B12) e prevalência de excesso de peso e depressão entre os participantes da Coorte de Universidades MinEiras (Projeto CUME). Neste estudo transversal, participaram 2.695 ex-alunos (801 homens/ 1894 mulheres, idade 36,2 ± 9,4 anos) da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A coleta dos dados se deu em duas etapas. A primeira etapa ocorreu mediante a aplicação de um questionário online, no qual foram respondidas questões relativas a características sociodemográficas, antropométricas, de estilo de vida e de saúde, bem como o diagnóstico autorrelatado de depressão. Um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) composto por 144 itens alimentares também foi completado de forma online. A segunda etapa ocorreu na forma de uma coleta presencial, com uma subamostra dos participantes residentes na cidade de Viçosa e região, para coleta de sangue e posteriores análises bioquímicas (homocisteína sérica e folato sérico). O IMC foi calculado a partir do peso (kg) e altura (m) autorrelatados. Foram classificados com excesso de peso adultos com IMC ≥ 25 kg/m 2 e idosos ≥ 28 kg/m 2 , como obesos adultos e idosos com IMC ≥ 30 kg/m 2 . As análises estatísticas foram realizadas no software SPSS ® versão 20.0. A prevalência de excesso de peso, obesidade e depressão foi de 38%, 10,1% e 12,1% respectivamente. Aqueles indivíduos no terceiro tercil de consumo de folato (≥ 511,12 μg/d) tiveram menor prevalência de excesso de peso e obesidade. Além disso, o folato sérico se associou positivamente com o folato da dieta (P de tendência = 0,032) e negativamente com a homocisteína sérica (P de tendência = 0,003). O maior consumo de folato também foi associado de forma negativa a prevalência de depressão na amostra total. Essas associações se mantiveram significantes para homens e participantes com idade < 40 anos, quando categorizamos a amostra por sexo e idade. Ademais participantes no terceiro tercil de consumo de folato apresentaram de forma geral melhores hábitos alimentares quando comparados ao primeiro tercil, com maior consumo de frutas, legumes e, leguminosas e derivados, resultado em maior ingestão de fibras e vitamina B6. Assim, concluímos que nesse estudo transversal um maior consumo de folato na dieta, dentro de um perfil alimentar mais saudável, esteve negativamente associado com o excesso de peso em participantes da linha de base do projeto CUME e a prevalência de depressão em homens e participantes com idade < 40 anos.Depression and obesity are chronic diseases with high prevalence worldwide, and are among the main causes of morbidity and mortality. They are interrelated and have common risk factors such as inadequate food intake. Thus, the present study aimed to evaluate the association of the consumption of vitamin B complex (folate, vitamin B6 and vitamin B12) and prevalence of overweight and depression among participants of the Coorte de Universidades MinEiras (CUME). In this cross-sectional study involved 2,695 former students (801 men / women in 1894, age 36.2 ± 9.4 years) of the Federal University of Viçosa (UFV) and Federal University of Minas Gerais (UFMG). Data collection took place in two stages. The first stage occurred through the application of an online questionnaire, in which questions were answered regarding sociodemographic, anthropometric, lifestyle and health characteristics, as well as the self-reported diagnosis of depression. A Food Consumption Frequency Questionnaire consisting of 144 food items was also completed online. The second stage took place in the form of a face collection, with a subsample of participants living in the city of Viçosa and region, for blood collection and subsequent biochemical analyzes (serum homocysteine and serum folate). BMI was calculated from self-reported weight (kg) and height (m). Adults with BMI ≥ 25 kg/m 2 and elderly ≥ 28 kg/m 2 were classified as overweight and adults and elderly with BMI ≥ 30 kg/m 2 were classified as obese. Statistical analyzes were performed in SPSS® software version 20.0. The prevalence of overweight, obesity and depression was 38%, 10.1% and 12.1%, respectively. Those individuals in the third tertile of folate consumption (≥ 511.12 μg / d) had lower prevalence of overweight and obesity. In addition, serum folate was positively associated with dietary folate (P for trend = 0.032) and negatively associated with serum homocysteine (P for trend = 0.003). The higher consumption of folate was also associated in a negative way with the prevalence of depression in the total sample. These associations remained significant for men and participants aged < 40 years, when we categorized the sample by sex and age. In addition, participants in the third tertile of folate consumption presented better eating habits when compared to the first tertile, with higher consumption of fruits, vegetables and legumes and derivatives, resulting in a higher intake of fiber and vitamin B6. Thus, we conclude that in this cross-sectional study a higher consumption of dietary folate, within a healthier dietary pattern, was negatively associated with overweight in the CUME project baseline participants and the prevalence of depression in men and participants with age < 40 years.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaObesidadeDepressãoFolatoVitamina B6Vitamina B12Bioquímica da NutriçãoConsumo de vitaminas do complexo B e prevalência de excesso de peso e depressão em brasileiros graduados (projeto CUME)Vitamin B complex intake and the prevalence of overweight and depression in brazilian graduates (CIMA project)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Nutrição e SaúdeMestre em Ciência da NutriçãoViçosa - MG2018-02-27Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf4318667https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27771/1/texto%20completo.pdf625a2bad5db8fff03bea398625937320MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/27771/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/277712021-05-13 12:11:45.276oai:locus.ufv.br:123456789/27771Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452021-05-13T15:11:45LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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