Charlie Hebdo, secularização e escatologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mourilhe, Fabio
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: História, Histórias
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/hh/article/view/10927
Resumo: Este trabalho tem por objetivo tratar dos aspectos relacionados à prática e ao espírito do Charlie Hebdo por ocasião do assassinato de membros de sua equipe. Para atingir tal intento, consideramos de antemão a modernidade como aquela que se apropria do padrão escatológico cristão de forma secularizada, tal qual é apontado por Löwith, o que indica uma especificidade para as ideias de “fim da história” e “fim da arte” em Hegel. Os objetivos específicos incluem apresentar o semanário, delimitar as características e consequências do atentado, determinar os aspectos mais significativos indicados pela comissão sobre laicidade, analisar o extremismo islâmico e suas polarizações, e verificar o método específico do Charlie Hebdo de combate ao extremismo. A prática da secularização na França atual serviria para justificar e defender os posicionamentos assumidos no Charlie Hebdo. A escatologia moderna, presente nas ideias de fim da arte e fim da história, permite que nos aprofundemos na questão. Não se pode falar em um fim sem que se considere um começo, pois aqui há sobrevivência e morte. Com artistas que expõem sua opinião e, mesmo sabendo que correm risco, pagam com a própria vida, temos uma proximidade com a concepção do humor, como a destruição da arte por ela mesma.
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